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Os dias passaram rapidamente, Adora se empenhou em esquecer Shadow Weaver e não remoer nenhuma história na qual não sabia de toda a verdade. No tempo certo, abordaria isso com Catra, se ela se sentisse segura em falar, reviver o passado pode ser traumático, e não correria o risco de instabilizá-la logo agora que estavam se ajeitando, ainda mais reviver um estresse depois do episódio do quase ataque cardíaco, Catra estava sensível, respeitava isso e jamais colocaria em risco a vida de sua filha novamente. Acompanhou todas as aulas de maternidade seguintes, sempre se divertindo ao ver que Catra estava empenhada em apreender, mesmo que não demonstrasse isso, mas no fundo sabia que ela gostava das aulas. Se divertia fazendo aquela bagunça com Mara durante as curtas horas das aulas, deixando Hope e Catra de cabelo em pé. Mas sempre fazia a alegria da sala. Correu atrás de algumas coisas, e isolou o quarto que usava de escritório, contratando um arquiteto e decorador para cuidar do quarto que estava reformando, não queria criar nada com Catra, então apenas disse a ela que o cômodo estaria passando por reformas, a gata não disse nada, mas ela sabia que a loira estava fazendo dele o quarto da bebê, além dela começar a comprar coisas de beber e guardar lá dentro, decidiu por si mesma deixar Adora resolver isso do jeito que ela quisesse.

Para Catra tudo estava sendo um passo de cada vez, conversava bastante com Mara, agora mais aberta em compartilhar assuntos de gestação, não era mais tão difícil pensar sobre. No último ultrassom confirmaram o sexo do bebê, saber como ela estava e ouvir os batimentos cardíacos da bebê o que fez seu coração pular do peito mais uma vez. Dividia os dias entre ir para o trabalho ajudar Entrapta, e ficar em casa quando sentia que não era um bom dia, Adora sempre a ajudava com isso, falando em Adora, sentia a loira diferente, mas não era um diferente ruim, ela apenas passou a conversar de um outro modo na qual estava acostumada, parecia ser mais carinhosa nas falas, e tudo o que faziam juntas havia um brilho no olhar da loira, ela amanhecia mais sorridente a cada dia, ela se aproximava mais, a tocava mais, em formas de abraços ou um simples bater de ombros, ou em como todas as noites acariciava sua barriga e conversava com sua filha, gargalhavam mais juntas, até mesmo quando seu humor de grávida a deixava quase inacessível Adora chegava e iluminava seu dia, ela a beijava todos os dias quando chegava do trabalho, era intenso, era bom. Cuidava para que jamais viciasse naqueles toques, naqueles beijos, mas o que ela nem mesmo sabia, era que talvez já estivesse, talvez já fosse viciada em Adora.

***

– Okay, vamos lá! – Dra Razz se preparava para mais um ultrassom, colocou o gel na barriga da gata, e tanto ela quanto Adora esperavam ansiosas pelo momento – Certo, aí está – apontou para as imagens em preto e branco na qual agora dava para ver um pouco melhor o bebê aconchegado no útero – Estamos pesando 700gm, e medindo 30,5cm o que é o dobro desde a última vez, ela evoluiu bem, vamos manter a dieta equilibrada.

– Quando ela vai chutar Razz? Por que tá demorando tanto? Quando vai ser? Ela não chuta! – Adora perguntou afobada, desde que Catra mencionou sobre o bebê se mexer, vem esperando por isso ansiosamente – Tipo nunca.

– Alguns bebês demoram mais, é normal – a médica falou e riu da cara da outra – Quando você menos esperar, vai acontecer!

– Eu sei, eu sei é que, eu tô tão animada com isso! – quase saltou de alegria, fazendo a senhora rir e Catra revirar os olhos.

– Como estamos queridinha? – perguntou para Catra, a dando os papéis para ela se limpar.

– Estou começando a ficar cansada por qualquer coisa que eu vá fazer, e às vezes quando eu levanto ou até mesmo quando vou levar um copo d'água na boca, parece que eu vou me desequilibrar e cair, eu sei que ela está bem – acariciou a barriga já um pouco mais elevada do que antes e sorriu – Eu sinto isso! Mas tenho medo de cair e machucá-la?

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora