Never tear us apart

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O final de semana foi incrível, mais do que poderia admitir, quando resolveu seguir o conselho de Mara, Catra desacelerou e pode curtir os dois últimos dias sem sentir todo aquele peso que sentia em suas costas, apenas focou em Adora e se permitiu mais. A loira a levou para conhecer o mar, o que particularmente odiou, mas ela estava tão feliz andando pela orla da praia com a mão atrelada a sua, a brisa fresca batia em seu rosto dando contraste ao mormaço de fim de tarde, o sol se pondo fazia o mar ter um aspecto alaranjado, o belo sorriso acompanhado pela bochechas avermelhadas de Adora aquecia seu coração, se sentia tão leve e tão em paz que até parecia um sonho.

Mas como seria quando voltassem de volta para a rotina? Tinha ciência que sentia algo por Adora, mas como externar isso? Como saber se ela fazia o que fazia por ela mesma ou era tudo apenas em prol daquela bebê que crescia em seu ventre? Era confuso demais, optou por se auto perseverar e ser ela mesma. Então quando voltaram tudo voltou a ser como era antes. Aquele clima de que nenhuma das duas se dava liberdade o suficiente para se aproximarem, Adora além de tratar como se sempre estivesse em cima do muro, numa linha tênue beirando ao precipício ou ao paraíso, estava diferente, um pouco mais avoada do que o normal, a loira se afundou no trabalho e apenas conversaram informações necessárias do dia-a-dia. Já fazia três dias que voltaram de Salineas, e por Etheria! Estava sentindo falta daquele contato com Adora, geralmente a loira que tomava iniciativa para esse tipo de coisa, abraços, beijos, ou um simples olhar que dizia tudo. Não era boa em demonstrar, por isso agradecia internamente que Adora sim, porém parecia que a loira estava sempre com um pé atrás, como se quisesse dizer algo mas perdesse a coragem no meio do caminho. Tentou não ficar muito ansiosa sobre isso.

– Cada unidade é evidenciada por camadas, cada qual em suas próprias quadrículas numeradas. Vocês irão receber uma determinada área por metro quadrado e serão responsáveis pela própria escavação. Entretanto, estarei acompanhando tudo de longe junto às câmeras atreladas ao uniforme e ferramentas de vocês! Então não pensem que podem me engabelar, não querem me ver furiosa! – Catra bateu as mãos na mesa, rosnando alto, para sua nova equipe, deixando todos de olhos arregalados, como uma persona tão pequena poderia ser tão assustadora! Deu mais algumas instruções e dispensou todos. Não podia estar no projeto, mas acompanharia de longe.

Após todos saírem da sala, se dirigiu aos computadores, fazendo todos os cálculos possíveis e estudando a área que seria explorada, sempre tomando cuidado para não ser perigoso para a equipe. Entrapta precisava daquele minério, era seu trabalho consegui-lo. Depois de horas de trabalho, um dos robôs da magnata veio lhe trazendo um lanche que segundo Entrapta era nutritivo para o bebê, mas na verdade era só uma barra de cereal seca e sem gosto e água. Respirou fundo e engoliu aquilo, caso não comesse teria que aturar meia hora de sermão científico da amiga dizendo todas as propriedades nutricionais daquilo e como a ajudaria, tanto de sua saúde quanto de sua prole, sim, era assim que Entrapta chamava sua bebê. Falando no diabo... a mesma acaba de entrar na sala dos computadores.

– Catra! Contate sua equipe, diga que daquele minério, preciso de uma amostra da terra tanto da superfície, como do solo envolta do metal – falou sem olhar para a outra com um tablet na mão. Colocou o fone de ouvido e voltou sua atenção a dois dos computadores da sala – Quantos pesquisadores estão em campo?

– Sete! – Catra respondeu.

– Preciso de amostra de todos – falou digitando mais rápido.

– Já emiti as novas ordens! Recebendo amostras em 12 segundos – informou girando a cadeira e indo para o meio da sala onde havia um mesa desenvolvimento com tecnologia 3D e hologramas, a própria Entrapta havia desenvolvido.

Assim que recebeu foi a vez de Entrapta ir até a mesa e analisar as amostras, tudo que a amiga fazia, era sólido e rápido, Entrapta era boa no que fazia e inquestionavelmente muito inteligente, um gênio para falar a verdade, tanto que o que limitava ela era a própria tecnologia, por isso ela sempre pesquisava mais e mais e desenvolvia mais tecnologia avançada. Era de se admirar.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora