Trial

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Observando os papéis em mãos, os agentes humanos dentro da van quase queriam chorar. Pessoas desaparecidas, um possível homicídio e um milhão de possíveis localizações.

Os demônios de pé em um círculo do lado de fora por outro lado, pareciam estar tendo o momento de suas vidas. Vestidos com os trajes bem acolchoados que Lan Xichen havia providenciado, ninguém parecia apavorado.

— Ah ótimo, o que vamos ser da próxima vez? Guardas de trânsito?! Olhe essa situação, Wangji. O seu irmão enlouqueceu? Estamos fazendo o trabalho da polícia, me sinto em treinamento outra vez!— Song Lan —apesar de muito claramente revoltado— já havia levado broncas o suficiente para compreender que enquanto continuassem culpando, diminuindo ou excluindo os seres do lado de fora da van, as coisas só piorariam para eles. Portanto, a mudança começara em seu tom e para onde ele aponta as frustrações... Que naquele momento era para o seu pobre melhor amigo e companheiro de equipe sentado no chão da van.

— Nós conseguimos fazer isso, eles disseram que a gente só precisa fazer um bom trabalho em equipe, se provarmos que temos um bom trabalho em equipe nós vamos trabalhar de novo... Não é?!— O tom determinado com que Nie Mingjue começou a frase, morreu assim que a afirmação se tornou um questionamento.

— Mn.

— Ele realmente deveria estar aqui ? — Song Lan apontou o cabo da faca que segurava na direção de Xiao Xingchen e Lan Wangji encolheu os ombros.

— Ele decidiu.

"Morte." A voz suave do Xiao ecoou baixo na cabeça dos agentes e todos viraram para o demônio ao mesmo tempo. Era uma ameaça?

— O que?— Song Lan pulou da traseira da van sendo seguido pelos parceiros e notou todos os demônios muito mais alertas que quando haviam chegado, 5 minutos antes.

— O cheiro. — Wei Wuxian fechou os olhos e inalou profundamente, surpreendendo aos humanos presentes com um brilho intenso no vermelho quando eles se abriram novamente. — Muita, muita morte.

Não eram apenas os olhos de Wei Wuxian que brilhavam tão intensamente, de costas uns pros outros, os demônios pareciam carregar luminárias dentro de seus globos oculares, aquela rua inteira de repente cheirava a morte.

— Onde? — Nie Mingjue perguntou cético e Jiang Cheng balançou a mão no ar como quem pede silêncio.

— Precisamos que vocês vão embora. — Mo Xuanyu se desesperou por um segundo e Song Lan soltou uma lufada de ar pelo nariz, caçoando. — Não existem regras na guerra, se eles ferirem vocês, não há punição, vão embora.

— Oh, não. Muito obrigado, não vamos deixar vocês fugirem só para levarmos serm...— Antes que Nie Mingjue pudesse completar a frase, algo que só poderia ser descrito como o barulho mais assustador que um ser humano poderia ouvir na vida ecoou por toda a rua escura e deserta em que eles estavam.

Wei Wuxian foi o primeiro a ter o corpo arremessado contra um dos prédios provavelmente abandonados, o dano causado no edifício era suficiente pra prejudicar a estrutura, mas  Wuxian voltou de dentro do buraco recém criado com uma expressão um tanto quanto neutra enquanto batia nas roupas novas.

Mo Xuanyu tornou a olhar para o grupo de humanos no carro e respirou fundo, mirando a direção de Jiang Cheng em busca de respostas.

— Vá para o meio e fique quieto. — Xuanyu deslizou o polegar verticalmente pelo meio da testa e esperou que os irmãos fizessem o mesmo antes de empurrar desesperadamente os humanos consigo para dentro de um dos prédios, ele sabia o que significavam as instruções, escolher um cômodo no meio da construção, colocar os talismãs nas paredes e fazer silêncio. 

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