Depois de ter cumprido sua missão como cupido, Titan voltou para Levi e Brianna como um filhote.
Disposto a se aposentar da vida de cupido, ele estava decidido a ter o que sempre sonhou, uma família.
Mas como seu coração é seu maior instinto, as coi...
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DANTE
Ela sorriu e ali estava a minha chance.
Titan andou o tempo todo marchando ao meu lado ignorando as recentes mordidas de repreensão, eu estava começando a me apegar naquele encrenqueirinho da madrugada e sabia que não podia, afinal, o cachorro nem era de Viena.
Na Gelateria comprei duas casquinhas e um copinho com sorvete a base de água e fruta, animaizinhos adoravam aquilo em dias quentes, e como veterinário que sou afirmo que não tem problema algum, a menos que tenham açúcares.
Viena aproveitou para deixar alguns panfletos pelo caminho, àquela altura Vernazza inteira já devia estar com panfletos estampados com uma foto de Titan.
Nos sentamos na praia, Viena tirara uma grande toalha da bolsa e estendera sobre o deck de madeira. Era renovador estar ao lado dela, mesmo que não tivéssemos trocado muitas palavras desde que decidimos o sabor dos gelatos.
— Bonita a sua fita de cabelo — puxei assunto sem saber o que dizer e Viena riu.
— Não é mais tão fácil conversar quando nos conhecemos a tanto tempo e nos odiamos mais da metade desse tempo né.
Tive de concordar.
Titan deitou de barriga para cima no colo de Viena aproveitando o Sol ardente.
— Você continua pescando? Como fazia com o seu tio...
— Sim, na verdade eu vou estar à frente das pescas esse verão antes de assumir a clínica veterinária no outono.
— Eu sabia que se tornaria veterinário.
— Você meio que ordenou que eu fosse veterinário quando tínhamos seis anos. — provoquei.
— Eu estava certa, não estava? — sorri.
A manhã passou num sopro, quanto mais conversávamos, mais rápido o tempo passava, Viena me contara sobre suas aventuras além do Atlântico e sua faculdade de artes performáticas. Ela sempre fora muito completa e excêntrica, sempre muito apaixonada e contagiante, não era de se duvidar que conseguiria o que tanto queria, ser uma professora numa escola de Vernazza, sempre fora seu sonho, ensinar, contagiar e mudar o mundo, ou pelo menos algumas das gerações seguintes. Ela falava extasiada e eu me perdia em suas dissertações.
Depois, ela me perguntou sobre tudo da faculdade que eu fizera, se era tão mágico como eu achava que seria, e realmente era. Lhe contei sobre tudo que tive vontade esses anos todos, contei também sobre muitas das cartas que escrevi e não enviei, afinal ela sempre fora minha amiga de confissões e eu sentia falta de poder lhe contar todos os meus passos. Contei também sobre a experiência engraçada que tive com uma vaca que saiu correndo pelo prado e acabou me jogando no banhado — eu estava com a corda presa no meu pulso e ela acabou me arrastando por uns quinhentos metros — Viena ficou assustada, depois riu e zombou por eu não ter conseguido manter a vaca no lugar, eu me juntei a ela.
