Takes two to tango
"Você ama a primavera."
"Onde você conseguiu isso? Meu manual pessoal?"
Matt sorriu largamente com sua resposta. Ele se sentou no lugar vazio ao seu lado, subindo no sofá o mais barulhento possível, determinado a atrapalhar seu tempo de leitura. Você bufou alto em suas travessuras, levantando seu braço sem palavras como um convite para ele enterrar a cabeça em seu estômago. Ele não perdeu tempo - era um crime ignorar este convite - cantarolando ansiosamente enquanto inalava seu cheiro familiar.
"Eu tenho, na verdade. Ele vem em braille, muito útil."
"Cale a boca!" você o empurrou sem entusiasmo com uma pequena risada. "Estou lendo agora. Você não pode ficar quieto?"
"Só estou dizendo," ele sorriu, ignorando completamente sua pergunta enquanto seu dedo girava sua camisa distraidamente. "Que você ama a primavera, e eu entendo por que você ama."
"Diga. Estou ouvindo."
Matt levantou a cabeça e sorriu. Ele sabia que você não estava ouvindo - você estava distraída na melhor das hipóteses. Você nunca foi feita para ouvir o mundo, incluindo ele, quando havia um livro enfiado em sua mão.
"A primavera é linda. Bem, pelo menos, para mim, cheira muito doce."
"Uh-hum."
"Muitas e muitas e muitas flores estão florescendo nesta temporada. Você ama flores."
"Sim."
"Tempo perfeito para um suéter."
"Certo."
"E é um ótimo momento para se casar, você não acha?"
O ar parou com você - seus ombros e seu dedo ficaram rígidos. Matt reprimiu uma risada enquanto lentamente sentiu seu olhar deslizar para ele, dedos afrouxaram seus apertos em seu livro, e o baque suave do livro encontrou a almofada indicando que você havia mudado completamente sua atenção.
"Me casar?" você soou como se estivesse presa entre diversão e perplexidade.
"Seria lindo," Matt se sentou em seu colo, encarando você totalmente. "Imagine uma pequena festa no jardim com flores cheirosas. Seria colorido e um dia lindo para o meu nariz."
Você solta uma pequena risada. "Matt Murdock, você está planejando se casar na primavera?"
"Eu tô", disse Matt com tanta sinceridade e seriedade quanto ele conseguiu reunir no momento.
Você revirou os olhos - Matt poderia dizer quando você fez isso - e sorriu. Você balançou a cabeça enquanto pegava seu livro novamente, o dedo rapidamente enfiado na última página de onde parou. "Bem, com certeza espero que você me apresente a sua parceira."
"Não é preciso isso. Você já a conhece."
"Qual delas? Tenho dificuldade em acompanhar sua longa lista de amantes.
"Ei!" ele riu, cutucando seu lado bem no ponto que ele sabia que faria você se contorcer. Você deu um tapa na mão dele. "Eu não tenho uma longa lista de amantes. Eu não sou tão famoso."
"Você não é?" havia um sorriso em sua voz. Você virou sua página de forma desagradável. "Estou surpresa. Tem certeza de que não tem uma longa lista de amantes? Amantes secretas?
Matt balançou a cabeça, tirando o livro de sua mão e colocando-o suavemente na mesa de centro. Ele não jogou, veja bem. Afinal, ele não era um selvagem. Além disso, ele não gostaria de enfrentar sua ira por ser descuidado com as coleções especiais que você chama de livros.
