Cap. 3

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Capítulo 03 - Um presente divino, domando um cavalo precioso

O som de cascos de cavalo vieram de fora da tenda. Todas as três crianças aguçaram suas orelhas.

A pessoa que chegou era um dos guardas próximos de Sukhbaru. Sukhbaru foi caçar com um grupo de pessoas no fundo das planícies gramíneas alguns dias atrás; ele deve ter chegado.

"Khatun, o Khagan deseja que o príncipe Agula vá até lá."

"O que houve?"

"Khatun pode relaxar, o Khagan capturou um precioso cavalo Fergana*. Ele é um pouco intenso, alguns treinadores habilidosos não conseguiram dominá-lo..."(TN: Fergana é o nome de uma espécie de cavalo originado na Ásia Central e foi uma das primeiras importações importantes da China.)

Furong acenou em concordância. Sem chamar por eles, Agula já havia trazido Xiao-Die para fora da tenda pela mão, seguida por Bayin.

"Mãe, eu quero levar a meimei também."

Vendo a hesitação de Furong, Agula apertou a mão de Xiao-Die em segredo. A última cooperou agindo de maneira mimada: "Mamãe, mamãe~."

"Então... seja cuidadoso."

"A mãe pode ficar tranquila, os cavalos definitivamente não irão machucar ninguém enquanto eu estiver por perto. O pai também estará lá."

Bayin disse também: "Khatun pode relaxar. Ainda não existe um cavalo nas planícies gramíneas que meu Anda não possa conquistar."

Todos na tribo Chengli sabiam: seu príncipe Agula tinha um talento milagroso que foi garantido pelos céus. Não importava quão intenso o cavalo era, ele instantâneamente se tornaria obediente uma vez que estivesse nas mãos da Agula.

Quando Agula estava aprendendo a montar pela primeira vez, quando tinha três anos de idade, Sukhbaru ordenou que alguém trouxesse um pônei para ela. Todavia, Agula clamou pelo Vento Negro, o corcel de seu pai. O precioso cavalo de Sukhbaru apenas reconhecia um mestre. Qualquer um que andasse perto levaria um chute e apenas Sukhbaru podia tratá-lo todos os dias. Inesperadamente, Agula simplesmente alisou o pescoço do Vento Negro e ele se ajoelhou no chão, permitindo que Agula montasse em suas costas...

De início, Sukhbaru pensou que seu cavalo era inteligente e reconheceu sua família. Mas enquanto Agula crescia, Sukhbaru percebeu com surpresa: não importava quão intenso o cavalo era, eles poderiam se tornar obedientes uma vez que estivesse nas mãos de 'seu filho'. Agula disse que: ela poderia ouvir o coração dos cavalos.

Sukhbaru levou seu filho para o sumo sacerdote, o qual disse que isso era um presente divino. Apenas aqueles de alma pura escolhidos pelas divindades poderiam aproveitar o poder da natureza e escutar atentamente o coração dos cavalos.

A multidão circulou o prado. No meio da área, existia alguns guerreiros bem construídos balançando laços em suas mãos, 'combatendo' o cavalo.

Agula deu uma olhada melhor: era uma poderosa égua vermelha grávida. Seu corpo era gracioso, seus membros eram fortes e grandes. Mesmo que estivesse cansada e ofegante, existia uma inimizade inflexível em seus olhos. Uma pequena camada de vermelho manchou a grama abaixo da égua. O coração de Agula se preencheu com prazer: era realmente um cavalo Fergana!

A multidão abriu espaço uma vez que viram Agula. Ela apertou o braço ao redor da Xiao-Die, então apertou a barriga do cavalo em que estava montada para entrar no círculo.

Um guerreiro veio em direção para carregar Xiao-Die. Agula e Bayin desmontaram de seus cavalos e depois se ajoelharam em um joelho na frente de Sukhbaru: "Pai."

Jing Wei Qing Shang - [Pt-Br]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora