Capítulo 17 - Explicações E Exigencias

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Narrador ON

Emma sentia o peito subir e descer em uma velocidade mais rapida do que sua mente podia controlar. 

Ela já não tinha mais o controle, essa era a palavra.

Controle.

Neal estava a sua frente, diante de alguns passos e ela não tinha controle para fazer nada que o tirasse dali. Henry estava a frente das mães como um fiel escudeiro e Gold gesticulava algo com as mãos que ela não entendia muito bem o que ele falava, já que tudo a sua volta não emitia som algum, como uma estática interminável.

Regina sentia as mãos frias de Emma apertarem a suas enquanto olhava toda aquela confusão acontecendo em sua sala. Institivamente uma de suas mãos, mesmo segurando a de Emma, foi direcionada ao ventre como uma forma de proteger a filha. A morena sabia que a filha de alguma forma sentia tudo o que se passava em sua volta e sempre que isso se passava logo em seguida acontecia algo que fizesse aquela discussão que a estava estressando parasse. 

Henry: Você... É o filho perdido do Gold. - Seu olhar está em Neal. - O filho que você procura a anos. - Gold olha para Henry surpreso que ele soubesse daquela história. - Está no livro. Bea, queria ir para longe junto com você, construir uma nova vida, mas você desistiu...

Neal: Como um bom covarde que sempre foi! Me deixou passar por aquele portal sozinho. Preferiu o poder ao próprio filho! - A raiva de Neal era clara e todos ali conseguiam ver isso.

Henry: Tal pai, tal filho. - Henry fala amargamente.

Neal: Sua situação foi completamente diferente garoto. Eu não sabia se quer que Emma estava grávida e muito menos sabia onde ela estava.

Henry: Era só procurar na cadeia, ela ficou lá até que eu nascesse. - O tom sarcástico de Henry fez Regina se sentir orgulhosa, afinal era um traço totalmente seu e de sua personalidade que o garoto aparentemente tinha aprendido, e muito bem. - Você desistiu de participar da minha vida no momento em que minha mãe foi presa por uma coisa que VOCÊ fez. Reclama tanto do seu pai por ter sido um covarde em te abandonar? Até agora não vi diferença nenhuma entre vocês.

Regina: Emma querida... Você tem que se levantar. - Regina se levantou puxando Emma e trazendo a loira para ficar de pé novamente.

Emma: Eu quero ele fora daqui. - Foi a única coisa que ela pronunciou. Regina sentiu a raiva saindo por aquelas palavras. Emma claramente se segurava para não chutar Neal até o hall do prédio. 

Neal: Eu só vou sair daqui depois que você me explicar o porque não me procurou para falar que estava grávida. - Emma sorriu em sarcasmo e passou em sua mente o rolo de filme onde continha sua lembrança do abandono de Neal.

Emma: Você quer saber o porque? - Ela caminhou poucos passos, mas nunca soltando a mão de Regina. - Eu descobri que estava grávida na cadeia. Você por um acaso tem noção do que é isso? Eu, uma pessoa que pulou de sistema em sistema descobrir que uma vida crescia dentro de mim em um cubículo de concreto onde você sentia o cheiro da própria urina! - Neal baixou a cabeça e Henry se agarrou a Regina apoiando seu queixo no ombro da mesma. - Eu dei a luz em um hospital meia boca e não tive coragem de olhar para o meu próprio filho! E quer saber o porque eu não o olhei? Porque não o carreguei? Porque eu quis que ele tivesse algo melhor do que eu poderia dar. Se eu olhasse para Henry, eu não conseguiria mais solta-lo de meus braços, e eu não queria que o meu filho passasse uma infância em uma cela junto a mim, pagando por uma coisa que o pai dele fez! - A loira suspirou profundamente sentindo o seu coração acelerado e suas mãos suavam frio. - Quer saber o porque eu não te procurei? Porque eu queria que o Henry tivesse algo melhor que um pai que deixou a mãe dele a própria sorte. Você não merece o Henry como seu filho e nunca vai merecer. E caso você não tenha percebido; - Ela aponta para Regina e Henry. - Eu agora tenho uma família, uma família do qual eu me orgulho de dar ao meu filho. Uma família que eu darei a minha filha quando ela nascer.

Gold: Eu acho melhor você ir embora Bae. - Gold se pronunciou. - Ou melhor, Neal. 

Neal: E quem você pensa que é para me expulsar?

Gold: Em sua concepção eu não sou ninguém. Mas como avô de Henry, vejo que sua presença não está fazendo bem a ele. - Gold caminhou, subindo um pequeno degrau que dividia a sala de estar com a sala de jantar. - Eu fui um covarde com você. Mas nunca pensei que meu filho iria abandonar de forma mais covarde ainda a mulher que dizia amar.

Neal cambaleou em completa confusão e se afastou sobre os olhares de todos naquele lugar. Seus dedos suados tocaram o botão que abria a porta do elevador e rapidamente ele adentrou aquela caixa de metal. 

Quando as portas se fecharam, Henry liberou suas lágrimas que a tanto tempo queriam sair.

Regina: Shhhh, calma meu pequeno príncipe. Tudo vai ficar bem, tudo vai se resolver. - Emma caminhou até onde Gold estava e parou analisando o rosto do mais velho. 

Emma: Obrigada por ficar do nosso lado. 

Gold: Só lhe peço uma coisa miss Swan. Que me deixe fazer parte da vida de meu neto. - Gold olha para Henry no mesmo momento. O homem sentiu no peito um certo alivio de ter encontrado o filho, mas nada se comparava aquele pequeno sentimento que crescia pelo neto em seu peito.

Emma: Fique tranquilo. Enquanto nos ajudar e mostrar que não tem más intenções, pode ter o tempo que quiser com Henry. - Gold apertou forte a mão da loira e em silencio se direcionou para o mesmo caminho que Neal tinha feito a minutos atrás. - Vocês estão bem? - Regina podia perceber um pouco ainda da ansiedade mas também da preocupação de Emma com eles. Emma passa a mão pelos cabelos de Henry, bagunçando as mechas lisas dos menino e beijou seu ombro abraçando ambos logo em seguida.

O celular de Regina começa a tocar e infelizmente a morena tem que desfazer aquele abraço. Caminhando até o aparelho que estava sobre a mesa de jantar, vibrando e fazendo um barulho irritante sobre a mesa, ela viu o nome de Lena no visor e tratou logo de atender.

Regina: Lena? Tudo bem? - Regina sabia que quando algo era realmente serio a Luthor ligava diretamente para seu telefone pessoal, já que sempre em casos menores ela simplesmente gostava de aparecer pessoalmente segurando seus saltos e uma boa garrafa de vinho.

Lena: Regina... Me explique mais ou menos o que acontece quando se sai de Storybrooke sem os feitiços que você e Emma saíram? - Regina estranhou a pergunta e mesmo com certo receio a respondeu.

Regina: O máximo que acontece é a perda de memoria, mas de resto apenas isso? Aconteceu alguma coisa?

Lena: Se eu te disser que sua mãe está internada aqui no hospital você acreditaria? - A prefeita se espantou com o que a amiga tinha dito.

Regina: Minha... M-Minha mãe? - Emma imediatamente olhou para Regina assim como Henry que secava as lágrimas naquele momento. - O que a-aconteceu? - A morena sentia suas mãos tremulas.

Lena: Eu não sei, sua irmã simplesmente apareceu com ela aqui em National City e agora sua mãe está internada. 

Regina sentiu o telefone caindo de suas mãos em incredulidade do que tinha acabado de escutar. Emma a segurou quando seu corpo se desequilibrou e Henry logo correu até a chave do Mercedes para entregar a loira.

"Ela está aqui mamãe! Ela achou a gente"

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Eita que esse povo não tem um segundo de paz, misericórdia. 

Parece que alguém ama a Emma não é meismo? E parece que alguém ama a Regina.

Beijos, e até o próximo cap.



Sempre Vou Te EsperarWhere stories live. Discover now