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— Isabela era minha melhor amiga

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— Isabela era minha melhor amiga. — ele começa. — Éramos tão próximos que todos achavam que namorávamos, mas nunca passou de amizade, sempre fomos sinceros um pro outro e deixamos claro que sempre seria amizade. Fomos em uma festa de halloween, essa é a festa mais esperada pro tudo mundo... Bebemos muito, acabamos nos beijando e transando. No outro dia que acordei e olhei pro lado, pensei que tudo que tínhamos construído tinha acabado. Mas conversamos e resolvemos esquecer aquilo, continuamos a ser amigos. — ele passa a mão pelos cabelos. — Mas aí o Piettro entrou na escola, eu o conhecia pela fama de usar e deixar. Não é atoa que ele foi expulso da antiga escola por conta disso, todas meninas se juntaram pra contar sobre o abuso que elas sofreram na mão dele. A primeira vítima na nova escola foi a Isabela.

— Ela não sabia sobre tudo que ele tinha feito? Você não a avisou?

— Ela sabia sobre tudo, mas ele veio com o mesmo papo que lançou pra você... Que tinha mudado e queria fazer diferente, e ela acreditou. — ele sorriu. — Uma das coisas mais preciosas da Isabela era o coração bom, ela perdoava todo mundo e não sabia falar um simples não. O que foi ruim pra ela nesse sentindo... Eu falei sobre tudo que ele tinha feito, até chamei uma das meninas que ele abusou pra conversar com ela, mas não adiantou muita coisa. Na verdade só piorou nossa relação. Ela dizia que eu estava confundindo as coisas, que eu não queria a felicidade dela por que eu tinha me apaixonado. Mas não era verdade, eu só queria o bem dela Any.

— Eu sei disso.

— Teve uma festa, que eles foram juntos e ele abusou dela. Ela entrou em uma depressão profunda, não saia de casa, não comia, não falava com ninguém. Eu ia todo dia lá, mas ela nunca abria a porta... Eu resolvi ligar, mas ninguém atendia. Até que, recebi uma mensagem dela, pedido desculpas por tudo que ela disse, que ela não tinha me escutado e acabou sofrendo as consequências. Falou que iria me amar pra sempre. — Ele começou a se tremer e os olhos encher de água.

Fui até a cozinha peguei um copo de água e o entreguei, ele bebeu de uma vez quase se engasgando.

— Calma Josh... Não precisa continuar.

— Não, a maioria não sabe a história toda... Eu preciso desabafar. — respirou fundo. — Fui na casa dela no outro dia, e bate como sempre, mas ninguém atendia. Resolvi arrombar, chamei pelo seu nome mas ela não respondeu, fui até o quarto dela e tampei os olhos. — ele dá uma risada fraca. — lembro até hoje o que eu disse "se tiver pelada, pelo amor de Deus me avisa pra eu sair". — o sorriso dele se desfaz. — Ninguém respondeu, abri os olhos e vi ela caída no chão desacordada, com vários potes de remédios do lado. Eu entrei em desespero quando vi ela daquele jeito.

— E os pais dela?

— Ela morava sozinha praticamente, os pais dela eram sócios dos meus pais, viviam viajando... Por isso nos aproximamos e viramos amigos. — ele abaixa a cabeça. — Levei ela pro hospital, mas já era tarde... Ela tinha se suicidado. Foi como se uma das minhas irmãs tivesse morrido, eu jurei pra mim mesmo que iria matar o Piettro. Eu saí do hospital e fui atrás dele, mas ele já tinha fugido. Fiz uma ocorrência na polícia, eles o acharam mas de alguma forma ele conseguiu se livrar. Ainda não sei como, eu chamei todas as garotas que ele abusou e mesmo assim a polícia disse que ele era inocente.

— Ele não pode se livrar tão fácil assim. — Sussurrei.

— Você ia amar a Isabela, iriam virar amigas rápido.

— Como ela era?

— Uma nerd popular. — ele deu risada. — Ela era ruiva, tinha sardas, o estilos dela era bem confuso, mas amava usar vestidos e botas. Era a melhor aluna da escola, era a líder do Grêmio e chefe das cheerleader's Lion. Um amor de pessoa, e como eu falei não sabia falar um simples "não".   Era bem difícil ver ela triste, mesmo que o dia dela fosse uma bosta ela sempre estava fazendo os outros sorrir. Ela amava coelhos e melancia, e por mais que ela fosse toda meiga... Ela amava andar de moto. As vezes eu andava com ela, e quase morria do coração. — dou um sorriso. — Vai fazer dois anos que ela se foi... E sempre que posso vou no cemitério ver ela.

— Pois, na próxima vez que for, me avise, quero ir junto com você... Claro se não se importa.

— Podemos ir agora? Eu fui semana passada, mas tô com saudades dela.

— Claro, vou só pegar minha bolsa e calçar um sapato. — me levanto mas, ele seguro meu braço.

— Obrigada por me ouvir. — ele dá um sorriso sem mostrar os dentes.

Pego sua mão e deixo um beijo, dou um sorriso antes de subir pro meu quarto.

Ele é mais forte do que eu imaginava.

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PRONTO. POSTEI O QUE VOCÊS TANTO QUERIA.

Se poderem votar e comentar, eu agradeço. Aliás já foram ler Lições para Virgens??

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