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Chego em casa cansado

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Chego em casa cansado. Depois de um longo treino e uma longa tarde de estudo com Any, finalmente posso descansar. Sem meus pais em casa fica ainda melhor.

Segundo eles, iriam embora hoje pela manhã... Ainda bem, não precisei me despedi e esperar até o próximo mês para essa baboseira de "saudades" voltar.

Nossa vida sempre será assim, eles nunca se importaram com a gente e nunca vão se importa.

A gravidez não foi planeja... Foi um acidente na adolescência. Minha mãe engravidou com apenas dezessete anos, e meu pai assumiu, como já tinha dezoito, meu avô fez ele começar a trabalhar na empresa para tomar vergonha na cara e virar homem.

Por isso que eles não se importaram tanto com a nossa infância, fomos criados pela minha avó no Canadá, e com quinze anos viemos para Los Angeles "morar" com os dois.

Eles não passaram nem uma semana com a gente, e já foram viajar, ficamos sobre cuidado da governanta, até ela ficar doente e falecer.

Sina, como a mais "velha", começou a cuidar da gente, mesmo que nossos país mandassem dinheiro, Sina começou a trabalhar em uma botique, e todo dinheiro que eles mandavam, depositavamos no banco, para alguma emergência.

--- Ah, meu filho que bom que chegou, está com fome?

Oi!? Como assim eles ainda estão aqui, não iam embora? Era só o que me faltava.

--- Vocês não ia embora?

--- Bom, seu pai foi --- ela se sentou ao meu lado --- Pensei muito no que você me disse, e não irei mais nas viagens, vou trabalhar daqui de casa mesmo.

Meu maior pesadelo se tornou realidade.

Me levantei, peguei minha mochila e comecei a subir as escadas, em direção ao meu quarto.

--- Está tudo bem?

--- An... Aham

Entrei no meu quarto, peguei meu celular e disquei o número da Sina.

--- Porra Josh, eu estou no trabalho, sabe que não posso falar no celular no horário do meu expediente. --- ela fala assim que atende

--- Desculpe Sina, mas preciso que você saiba quem ainda está aqui.

--- Não me fala que...

--- Mãe não foi embora, somente o pai

--- Puta que pariu, mas que merda, não aguento mais eles aí em casa.

--- Pelo menos você tem a casa do Noah para dormir, e eu?

--- Mas eu sei o que eles estão tramando... Estão tentando se redimir com a gente, depois que você falou a verdade para eles, ouvi eles conversando sobre somente ele viajar e ela ficar em casa.

--- Eu não sei se vou aguentar Si.

--- Vamos ter que aguentar essa mocréia juntos. --- suspira

--- Vou deixar você trabalhar.

--- Daqui a pouco chego aí, vou brincar Jô na casa da Shiv.

--- Tudo bem, tchau

--- tchau.

Entrei no banheiro e fui tomar meu banho, a vida não podia ficar pior?.

--- O que você tem Josh? Está tudo bem? --- olho para a morena do meu lado

--- Tá... Tá sim, desculpe

Voltei a fazer a atividade, mas ela puxo meu livro e me encarou.

--- Você não está bem, primeiro que, quando você está agoniado começa a bater esse lápis sem parar, e segundo, seus cálculos estão todos errados --- sorrio

--- Você repara bastante.

--- Bom, pouco tempo com você já percebi suas manias --- ela dá de ombros --- Mas então, o que você tem?

--- O clima lá em casa não está nada bom.

--- Hum... Vamos parar por hoje, que tal um sorvete?

Sorri com a idéia e assenti. Ela calçou um tênis e logo depois saímos da casa dela. Tinha uma praça por perto, e um sorveteria pedimos nossos sorvertes e depois de um tempo chegou.

--- Meus pais nunca se importam comigo e minhas irmãs --- comecei --- Foi um acidente na adolescência a gravidez da minha mãe, quando tínhamos três anos, eles nos mandaram para a casa dos meus avós, onde fomos criados até os quinze. Depois viemos para Los Angeles morar com eles, bem... Não era morar, já que eles não paravam em casa.

Sua mão tocou a minha apertando.

--- Sinto muito Josh... Sei o que é uma infância sem os país --- ela deu um sorriso sem mostrar os dentes

--- Depois que eu falei umas verdades para eles dois, agora eles resolveram tentar se redimir com a gente, meu pai viaja e minha mãe fica em casa --- suspiro --- Eu não suporto ela, Sina sempre cuidou da gente, e agora ela quer "voltar" a ser nossa mãe, quando a gente já está praticamente saindo de casa?

--- Eu não sei o que falar --- ri pelo nariz --- Perdi meus pais quando era uma criança, não passei por isso, fui criada pela minha madrinha, vulgo, mãe da Sabina... Se eu tenho alguma figura materna, com toda certeza é dela --- ela da um sorriso

--- Você é muito forte, por mais que ache que não, passou por muita mais coisa que eu passei, meu problema não é o dobro do que você passou. --- falo sincero

--- Obrigada --- ficou um silêncio até o celular dela apitar --- Sabina está atrás de mim, tenho que ir.

Nós levantamos, fui surprendido quando ela me abraçou, eu retribuir sentindo o cheiro de morago em seus cabelos.

--- Somos amigos Josh, pode contar comigo para qualquer coisa. --- ela sorri e sai andando

Amigos?... Amigos!

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   ᵛᵒᵗᵉ✩         ᶜᵒᵐᵉⁿᵗᵉ✍︎       ᶜᵒᵐᵖᵃʳᵗⁱˡʰᵉ➪

A Boba e o Popular - Reescrevendo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora