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Depois de se passar o dia de ontem, decido que hoje não vou ser a Princesa, hoje eu serei eu mesma, Akira, visto minha roupa  nova e peço peço ajuda de mamãe.

- Mãe, me ajuda por favor - digo em voz baixa quando estou perto dela, só tem ela na sala e ninguém mais.

- você já vai? Espera só um minuto - ela vai em sua estante e pega uma caixinha linda que devo admitir que estou bastante curiosa.

- O que é isso? - pergunto e ela dá um lindo sorriso tirando da caixinha uma pulseira linda e parece também ser antiga.

- Isso é uma herança de família querida, quero que use sempre, e passe em diante assim que se casar e ter filhos - por que está falando isso agora? Nem ao menos tem uma data certa para me casar.

- mas, não deveria usar somente quando eu estiver no Palácio? - quando uso nas ruas, tenho medo de ser roubada ou algo assim.

- Use-a sempre, queria muito vê-la cumprindo com a honra da família - concordo e a uso, ela é linda, com pedras verdes e algumas dourada menores, impecável.

Mamãe me ajuda a sair do Palácio com um véu em meu rosto e dizendo aos guardas que ninguém poderia saber disso, e eles simplesmente obedecem, nunca poderiam desobedecer a ordem da Rainha.

Finalmente livre para viver e sentir o ar gratificante de novo, eu somente corro igual a uma louca pelas ruas como sempre faço, mas vou direto a barraca onde uma garota da minha idade trabalha, ela não sabe que sou a Princesa Vênus, por isso acho que tenho uma amizade verdadeira.

- Olá Myra, como passou? - pergunto a ela e ela se assusta percebendo que estou ali, ela nem ao menos teve a atenção que deveria ter, eu dou uma gargalhada.

- Que susto Akira, você tá louca? - coloca a mão no coração e eu percebo melhor o que ela estava fazendo mas não sei descrever.

- o que está fazendo? - que conversa mais estranha, ninguém responde a pergunta de ninguém.

- contando as moedas que ganhei hoje, não recebi o bastante pra ajudar minha família com a casa, mas vou trabalhar mais por hoje, não custa nada. - sinto muito pelo que todas as famílias passam, nem ao menos sei como é, mas infelizmente só poderei fazer algo quando for a rainha.

- Sinto muito Myra, mas quer que eu ajude você? Eu posso anunciar... - penso melhor no que ia falar - posso anunciar as pessoas que passam, não quero que você não consiga.

- quero sim, além de estar com pouco dinheiro, tenho muitos alimentos ainda pra vender - ela dá um sorriso e pega uma plaquinha, ela é ligeiramente muito... artística, não chamaria atenção de ninguém. - o que foi?

- Eu quero lhe fazer outra placa, essa não irá chamar atenção o bastante, você tem pincéis? - ela concorda e abre uma bolinha com vários pincéis, parecem velhos, mas daria um jeito.

- você sabe como fazer? - me pergunta quando percebe que estou pensando em uma maneira diferente de chamar atenção.

- Eu sei sim, mas preciso apagar tudo isso para conseguir fazer o que eu estou querendo - ela abre os olhos e não diz nada, percebo que ela tem um valor especial

- pode fazer, essa foi papai que fez antes de morrer, então já tá bem desgastada - fico triste por ela, mas não sei como a ajudar com isso.

Simplesmente reformei toda aquela placa, coloquei cores, escrevi com a melhor letra que consigo, desenhei sinais para que vejam em qual cabana está, e vou logo fazer o meu serviço.

- VENHAM, VEJAM SÓ, A BARRAQUINHA DE DOCES ONDE ENCONTRAM TODOS OS TIPO PARA VOCÊS E ATÉ MESMO SEUS FILHOS.
ALÉM DE DOCES TEM TAMBÉM BELOS TIRA-GOSTOS INCRÍVEIS FEITO POR UMA PESSOA INCRÍVEL.  - várias pessoas começam a perceber a barraquinha e Myra fica super animada, deixo a barraquinha em um lugar onde possam ver e começo a andar pela frente a barraca. - OLÁ SENHORITA, VENHA VER DELICIOSOS LEGUMES E FRUTAS DELICIOSAS, OLHE SÓ MEU JOVEM, ESTA DE DAR AGUA NA BOCA, SE QUE ESPERIMENTAR VENHA VER, FICARÃO SURPRESOS COM TAMANHA QUALIDADE.

A barraguinha começa a movimentar, e percebo que mira não iria dar conta, ela está super animada por tamanho número de pessoas que começaram a chegar.
Vou logo a ajudar a vender o que os clientes pediam, alguns me elogiaram, outros só compraram e foram embora, outros nem ao menos compraram, eram só vizinhos de barraquinha que estavam com olhos gordos pela nossa barraquinha.

- Veja só Akira, arrecadei mais de o dobro do que eu tinha, muito obrigada, muito obrigada mesmo, conte comigo para o que precisar. - ela me abraça e eu estranho um pouco, não sabia que o abraço seria tão bom, sou proibida de ter abraços no Palácio.

- Parabéns Myra, tudo por sua causa - retribuo o abraço e escutamos uma tosse perto da barraca. - nos soltamos e nos viramos vendo um lindo homem com cabelos louros, com maxilar definido e sei que é de família pelas roupas que usa, depois que percebemos bem vimos seguranças ao seu lado e nos reverenciamos em sua frente, não sei por que eu fiz isso, eu não preciso.

- Olá, gostaria de saber se vende joias nesta barraca - ele pergunta e por algum motivo acho que já escutei essa voz antes.

- Nos já vendemos quase todas, mas sobram esse conjunto de rubi, brincos e colar, seria ótimo se encontrássemos para que fossemos embora - diz Myra e eu somente observo

- Bom, é mesmo feito de Rubi? - ele pergunta vendo de perto a caixinha com proteção para que não pudesse ser passado para quem não devia

- Sim senhor - Myra diz

- Eu quero, irá ser um presente a minha noiva - ele diz dando um saco de moedas, Myra já iria pegar o troco quando ele diz - não precisa, vejo que são honestas e trabalham bem, parabéns pelo serviço.

- Obrigada - Myra agradece

- Vejo que é romântico com sua noiva, devo dizer parabéns por ser um exemplo a todos também - ele parece estranhar, mas não mais que eu, ele é estranhamente conhecido, deve ser amigo da minha família.

- Bom, obrigado, e espero que tenham sucesso - ele da um sorriso encantados e me olha no fundo dos olhos, eu desvio o olhar não conseguindo o encarar e ele vai embora.

- você viu como ele te olhou? - Me finjo de desentendida

- não, não vi, venha vou lhe ajudar com isso - digo me referindo a arrumar a barraca

- pode até fingir, mas eu vi - ela sorri e começa a arrumar tudo, eu a ajudo e recebo um convite dela. - Você quer ir a minha casa? Quero lhe apresentar a minha mãe - lhe dou um sorriso e aceito de bom grado o sorriso

- claro que sim.

- que legal, lá vamos conversar sobre algumas coisas...

Nilue - Vinnie Hacker Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin