Capítulo 5

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Boa leitura!

O sol batendo direto em  meu rosto dolorido me dava duas certezas: eu tinha bebido o peso do meu  corpo em álcool, mas pelo menos estava em casa

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O sol batendo direto em meu rosto dolorido me dava duas certezas: eu tinha bebido o peso do meu corpo em álcool, mas pelo menos estava em casa. Sabia pela orquestra batendo em meus ouvidos e pela mania que eu sempre tive em dormir com as cortinas abertas.

Tateei minha cama com a esperança de não ter ninguém ao meu lado e respirei fundo quando confirmei que não. Eu estava de bruços, espalhada demais para o meu próprio gosto e com a cabeça próxima da beirada. Com um mínimo olhar, encontrei um balde aguardando aquilo que só agora percebi querer muito. Vomitar.

"O que diabos aconteceu?"

Eu devia ter meus 16 anos na primeira vez que bebi tanto que não consegui me lembrar no outro dia. Isto me deu tanta dor de cabeça - literal e metaforicamente - que eu decidi nunca repetir. No meu casamento com o Daniel cheguei perto, mas vomitei tantas vezes na festa que acabei me recuperando. Naquela noite eu sabia que precisava de muita vodka pra encarar um vestido de princesa e um futuro marido, ainda que ele não fosse tão chato assim.

Agora, aos 36 anos, encosto na minha cabeceira enquanto penso que diabos eu tinha na cabeça pra me submeter àquela tortura. Talvez fosse o castigo por algo que fiz, porque ter uma balada eletrônica tão alta nos ouvidos às 10 da manhã não podia ser presente.

Massageei as têmporas tentando me lembrar dos meus passos do dia e noite anterior. Quanto mais eu me esforçava, mais doía. "Oh, Deus, custava ter um filme mental pra gente ver cada merda que fez no outro dia? Não custava! Você criou a família do presidente! Devia ter um desejo realizado só pra compensar!"

Mais uma vez tentei abrir meus olhos e encarar o mundo. Talvez a Tinker pudesse me dar respostas, já que a única coisa da qual eu me lembrava era de tentar desenhar a nova coleção antes de admitir pra mim mesma e todos os seres do universo que aquele não era o meu dia.

Eu já devia saber que assim que o café da manhã começa errado, devo ficar na cama. Depois da fatídica conversa com a minha mãe sobre Emma Swan, surtei com a Tinker, tomei 1 litro de suco de maracujá, tentei soar me exercitando e dei uma leve choradinha - essa parte a gente finge que nunca existiu. Por fim, só dormi ouvindo barulho de chuva na TV - ou por causa do tarja preta, ninguém nunca vai saber.

Tinker foi muito legal comigo, passou a noite na minha casa, me apoiou no café da manhã e respeitou minha decisão de fingir que nada tinha acontecido. Acordei, vesti minha melhor roupa, passei um reboco no rosto e fui trabalhar. Plena por fora, rivotril pra dentro.

Os dias passaram e eu quase podia acreditar em meu próprio enredo de negação. Ao invés de me estressar umas quinze vezes por dia, consegui me manter afundada no trabalho, organizando ideias para o lançamento da nova coleção de moda pet e, claro, esperando pelo dinheiro que devia cair logo.

A outra parte de mim ignorava fielmente as mensagens de dona Cora Mills, porque eu precisava de um momento. Eu sei que aquilo não era sobre mim, que minha irmã era prioridade e que deveria manter um pouco mais de maturidade diante de um problema como este. A questão é que minha história com a Emma não foi um casinho de colegial, um sexo gostoso de uma noite ou uma troca de olhares em uma festa por aí.

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⏰ Ostatnio Aktualizowane: Mar 18, 2022 ⏰

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