XX. "cadê o senhor jiminnie?"

Start from the beginning
                                    

Jimin foi mais ágil e rapidamente colocou embaixo da língua. O rapaz abriu a garrafa d'água, e abertou seu rosto novamente. Despejou o líquido. 

Park engoliu toda a água, mas fingiu uma falsa tosse, daquelas insperadas quando se desvia o percurso da água em sua garganta. 

— Abre a boca dele, veja se ele engoliu. 

Jimin abriu a boca. Levantou a língua, já não estava com a cápsula. 

Ela estava debaixo do solado do seu sapato, sendo amassado pelo seu allstar preto. 

Sentiu o rolar da cápsula cilíndrica se desmanchar no tapete e comemorou vitória pelo feito na mente. 

— O que vocês me deram? — Finjiu medo em sua voz. Esperava que fosse algum sonífero, algo parecido como os famosos "Boa noite, cinderela", tal qual Ketamina ou Diazepam.

— Boa noite, rosinha. — Os homens riram em conjunto. 

Jimin repousou a cabeça no vidro. Teria que fingir adormecer. Então amoleceu o corpo, desmanchou as costas no assento e permaneceu calado. 

Um péssimo momento para tal silêncio e relaxamento. Ele estava com o coração acelerado pela adrenalina e impulsionou seus pensamentos vagarem em direção à Gaia e Jungkook. 

Ele era um agente. Dar as costas era algo que deveria ser mais fácil do que estava sendo. 

Ainda sentia os apertos de Jungkook em seu corpo. Seu cheiro estava em sua pele e aquele sorriso aberto com os olhos brilhando durante o banho era o que atormentava Jimin.

Meu deus, como faria de tudo para voltar no tempo e ter de novo aquelas palavras sujas, aquele toque brusco e...Coração acelerado. 

Aquela explosão mantida na garganta de tanto enlouquecer e querer gritar ao mundo: Ei, eu gosto de você. Você pode partir meu coração quantas vezes quiser, assim como Maxon disse, ou quase isso.
Ou melhor, poderia ser como aquela música do Justin Bieber que diz que contanto que o amasse, ele poderia fazer de tudo, mas não estava numa situação onde príncipes existiam ou que músicas faziam sentido.

Entretanto, foi só conhecer Jungkook que tais coisas pareciam ter coerência. 

Coisas bregas faziam sentido depois de conhecer Jungkook.

Ele bregava Jungkook de volta. 

E tudo se acomodava no fundo do coração quando pensava que ele estaria dando uma segunda chance para o mafioso. Uma chance para aquela garota que ama tanto o pai.

Ele estava seguindo o caminho certo. Tinha que estar. Já havia dado às costas. 

Ele superaria. Na verdade, esperava que sim. Apenas tinha rastros de Jungkook em si e o matava por dentro saber que não podia voltar no tempo para dizer mais coisas, fazer mais coisas.  

Então aquela era a sensação de estar apaixonado e apegado em alguém? Era torturante. 

Enquanto pensava em Jungkook e nas suas decisões, vinha a voz de Félix. Não sabia se os homens que o raptavam haviam pêgo seu celular, já nem o sentia. Com o impacto no chão, talvez estivesse até mesmo sem funcionar. 

POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jjk + pjmWhere stories live. Discover now