Propósitos

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Catarina Sinclair

No ano de 1954, eu nasci. Bem, é claro que não fui fruto de um relacionamento amoroso. Contudo, eu posso sentir amor e empatia pelas pessoas. Meu surgimento o seria possível se não fosse ele, Lorde Voldemort, o homem que estou destinada a casar e carregar seus filhos, além de fornecer a ele tudo o que um " homem merece ".

Pelo menos foi isso que me explicaram quando completei meu décimo sexto aniversário. Eu definitivamente não usaria a frase: " tudo o que um homem merece " de forma positiva, afinal, não que eu ja tenha convivido com muitos homens, na verdade, nenhum, mas já vivi o bastante com papai para repudiar esta frase e ter o padrão oposto dela em minha mente, bem, pelo menos para alguns deles.

Eu fui criada para amar e servir ao Lorde Slytherin. Não tenho outra opção a não ser servir a ele dá forma mais fiel, rígida e árdua possível. Digamos que eu estudei todos os dias de minha vida sobre ele, por obrigação, é claro. O que disponibilizaram de sua vida fora tão entediante para mim, que eu poderia dormir ao ler novamente o texto de seus " grandes feitos " .

Eu nunca fui a hogwarts, apesar de ter recebido minha carta e mais algumas cartas privadas do diretor, pedindo para que eu comparecesse ao recinto com o intuito de iniciar meus estudos lá. Contudo, como uma das especificações que o lorde das trevas fez, eu deveria ter uma aprendizagem prematura, vigorante, árdua e duradoura. O que quer dizer que simplesmente, mesmo antes de eu completar meu décimo primeiro aniversário, eu ja sabia coisas que nem mesmo bruxos experientes sabiam.

Mesmo não compactuando com o senso maldoso de meu lorde, eu adoro magia das trevas. Sua arte refinada e perigosa. Não deve ser utilizada, deve ser apreciada. Embora o que eu disse não possa parecer minucioso, eu acredito que a arte das trevas também deveria ser estudada, é claro, com o seu limite. Nem todos são perfeitos. Além disso, tudo parece mais interessante quando é proibido.

Conforme eu contava, fui projetada para ser a esposa e mãe perfeita. Sei simplesmente todo o meu futuro antes mesmo de acontecer sem ter algum tipo de visão. Eu simplesmente não tenho opção. Exceto a morte, claro.

Eu jamais convivi com homens que não fizessem parte de minha família. Em bailes, meus pais trancavam-me em meu quarto. Na verdade, acredito que o homem mais próximo que eu já apreciei a presença, fora meu irmão mais velho, quando eu dormi ao seu lado enquanto chorava em seus braços a noite toda, em meu aniversário de doze anos. Kauel sempre foi muito receptivo comigo. Apesar de nossa diferença de dez anos, sempre fomos muito amigos e pacientes um com o outro. É o que dizem: " uma causa importante une o povo " .

Como recentemente completei meu vigésimo sexto aniversário, finalmente fui convidada a jantar com meu noivo. É realmente muito irreal a diferença em nossas idades, mas eu escolhi conviver com isso, já que sua aparência me agrada.

Eu e o Lorde Slytherin não tivemos muitos encontros. Talvez seis encontros ao longo de minha vida. Mas um que eu nunca vou me esquecer, foi quando completei meu vigésimo primeiro aniversário. Em uma noite, eu resolvi deixar a janela aberta para o ar frio entrar, que o inverno parecia estar a caminho, e eu adoro o inverno. Consequentemente, ao deitar sobre minha cama novamente, meus olhos vagaram até ao lado de meu espelho, encontrando ninguém mais ninguém menos do que meu futuro marido. Ele me secava de jeito que eu sentia algo estranho, até mesmo a saliva ousou esconder-se do homem, deixando minha boca totalmente seca.

-- Você cresceu muito rápido... - Disse ele com frieza, aproximando-se de mim com sutileza, enquanto meus olhos atentos perseguiram cada passo seu. -- Catarina Sinclair... - Segurou com leveza meu queixo, inclinado-o para cima. -- Já fazem vinte e um anos desde que eu ordenei que você fosse minha esposa. - Eu somente o observava pasma. -- Eu gostaria muito de leva-la para jantar algum dia. Ainda vou conhece-la melhor do que você mesma. - Se afastou com calma, enquanto seus olhos percorriam através de minha alma.

Eu não posso negar, não consegui dormir o resto da noite, e também fiquei muito empolgada e feliz, além de animada por receber sua visita. Hoje meus pensamentos são outros, afinal eu estava esperando até ontem que ele me chamasse para jantar, desde então já fizeram cinco anos. Sim, o tempo voa, não?

Haviam duas horas desde que eu o esperava em um dos restaurantes bruxos mais refinados do mundo. Não havia ninguém , nenhum cliente ou atendente. Eu estava mais do que bem vestida. Na verdade, eu nunca me encontrei tão bonita quanto esta noite.

Minhas unhas bem feitas batucavam a mesa sob o fino tecido da toalha branca que estava sobre ela. A comida ja havia esfriado e eu também já havia degustado pelo menos metade da garrafa de vinho. Tudo o que eu quero é ir embora, então escuto a porta do recinto se abrir, colocando-me de pé imediatamente.

E lá estava ele, o homem que mais tarde viria a ser meu esposo. Ele me observava com um semblante severo e frio, ajeitando a gravata de seu terno elegante. Com poucos segundos pude sentir seu cheiro adentrar minhas narinas. Ele caminhou de forma elegante até mim, então parou rente ao meu corpo, assentindo enquanto eu curvava sutilmente meu corpo em sua direção, formando uma reverência.

-- Boa noite. - Disse ele segurando minha mão e selando seus labios contra o dorso dela. -- Eu agradeço pela paciência. Sinto por não comparecer na hora marcada. Eu devo dizer que minha ocupações me desviaram do relógio. - Eu sorri docemente, enquanto o homem se dirigia até meu assento afastando-o em uma forma de cavalheirismo.

-- Boa noite, milorde. - Minhas palavras frias chamaram sua atenção enquanto ele se sentava do outro lado da mesa, rente a mim. -- Não deve se preocupar comigo, vou espera-lo até que possa comparecer. Entendo que seu tempo é limitado e... - Segurei minha taça de vinho, sendo interrompida por ele.

-- Não devemos falar disto. Eu quero conhece-la... Permita-me conhece-la esta noite, sim? Acredito que já saiba algumas coisas sobre mim... - Retirou sua varinha apontando para o balcão aonde agora dois atendentes esperavam seu chamado. -- Por favor, leve isto daqui e nos traga comida fresca. - Seus olhos estavam sobre o pobre garçom. -- Ah... Não se esqueça de uma garrafa de vinho, também... - Seus olhos voltaram a analisar os meus. -- Me diga, Catarina, o que gosta de fazer? - Indagou inclinando sua postura em direção a mim.

-- Bem, eu adoro ler. Contudo, passo a maior parte de meu tempo estudando sobre o senhor, milorde. - Ele suspira voltando seus olhos para outra direção.

-- Eu estava ansioso para conhece-la... Nunca tivemos uma conversa tão duradoura, não? - Sua mão ficou sobre a mesa, próxima a minha.

-- Bem... Sim, mas ainda me recordo de sua visita há alguns anos... - Algo havia se intensificado em seu cativante olhar. -- Devo dizer que esperava que está conversa chegasse mais cedo. - Bebi um gole do líquido presente em minha taça.

-- Fascinante, senhorita Sinclair... Você bebeu metade da garrafa de vinho e não está bêbada? - Pude perceber como ele mudou o foco do assunto. -- Eu devo proibi-la de beber? - Senti minha boca secar, e por algum motivo eu tinha medo dele e do que ele era capaz de fazer comigo. -- Eu passei esses últimos anos esperando-a crescer e tornar-se uma mulher linda, forte e madura o suficiente. E bem... - Ele fez uma grande pausa. -- Minha saliva não foi gasta em vão... Olhe para você. - Eu senti sua mão tocar a minha, entrelaçando-se a ela como uma cobra se enrola no pescoço de sua vítima.

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O que vocês acharam????

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Não sintam raiva de Catarina... Ainda deve haver muitas surpresas ao longo da história

Criada Para Isto - Tom RiddleDonde viven las historias. Descúbrelo ahora