Capítulo 16🌙

2.6K 316 91
                                    


 Marylin


Encaro os mapas, as plantas da corte noturna, as quais eu mesma fiz, um plano para conseguir adentrar Velaris com o exército illyriano, sem sermos vistos.

Estou armando esse plano há dois meses, e espero que não tenha acontecido nada de ruim nestes dois meses de planejamento.

Meu coração ainda está dolorido, sem saber sequer como o meu pai está, suas sombras ainda comigo, me rondando, me protegendo, como se ele lhes tivesse ordenado que ficassem comigo e que não permitissem que nada de ruim acontecesse comigo.

Eu inspiro fundo, está pronto, com todas as certezas, está pronto.

— Já sabem o que fazer. —encaro os illyrianos— Vamos invadir Velaris, com a força de um Deus.

Eles assentiram sérios e eu lancei uma rede de poder sob o exército, eu troquei a mandíbula, com esforço gigantesco. Um, dois...

Eu os atravessei e em seguida me atravessei, os illyrianos neste momento estão surgindo no céu de Velaris, camuflados por meu poder, e eu, estou diante da prisão.

Engulo em seco, já estive aqui inúmeras vezes, mas saber quem está preso aqui...

Minha garganta ocilia, não vou chorar,  me torno sombra e vento, rastejando para dentro sem ser detectada, em minha forma sombra, posso ver guardas primaveris, para lá e para cá em uma marcha constante.

Eu passo deles, ouvindo sua conversa.

— O encantador não disse onde está a filha. —um deles disse— Mandamos um torturador hoje mais cedo para a cela quinze, ele não disse uma palavra.

— O nosso senhor ficará furioso, e a princesa Flora mais ainda. -outro xingou.

— Se o espião não falar, teremos que arcar com as consequências.

Cela quinze.

Sei onde fica, eu atravesso, surgindo nos corredores frios e escuros, caminho por ele, passando por portas pesadas de ferro, contando cada uma, até que... Paro diante dela, a cela quinze.

Como uma agulha eu penetro a camada de magia, a desativando sem danos, sou atravessada para dentro daquela cela escura, vendo mais a diante, um macho de joelhos, as asas baixas assim como a sua cabeça.

Levo a mão a boca, contendo o soluço, poucas sombras o rondam, pois boa parte delas está comigo.

— Papai. -sussurro.

O macho treme, erguendo devagar a cabeça.

— Marylin?

— Papai. -balbucio.

Eu surjo da escuridão, as sombras recuando, encaro os olhos avelã brilhantes, cheios de dor e cansaço.

— Você está aqui... —ele sussurra— está viva, não está presa..

Ele empalideceu.

— Não deveria estar aqui, eu mandei as sombras te protegerem. -ele diz.

— Eu não obedeceria de toda a forma. -me ajoelho diante dele.

Eu o abraço, o mesmo enterrando seu rosto em meu ombro, suas mãos e pés acorrentados. 

Eu rosnei para as correntes.

— Vou te tirar daqui. -murmuro.

— Você tem que acabar com Tamlin. -ele nega.

— Vou fazer isso. —afirmo— quando eu libertar a minha família.

Corte De Sombras E EclipseWhere stories live. Discover now