Marylin
Encaro os mapas, as plantas da corte noturna, as quais eu mesma fiz, um plano para conseguir adentrar Velaris com o exército illyriano, sem sermos vistos.
Estou armando esse plano há dois meses, e espero que não tenha acontecido nada de ruim nestes dois meses de planejamento.
Meu coração ainda está dolorido, sem saber sequer como o meu pai está, suas sombras ainda comigo, me rondando, me protegendo, como se ele lhes tivesse ordenado que ficassem comigo e que não permitissem que nada de ruim acontecesse comigo.
Eu inspiro fundo, está pronto, com todas as certezas, está pronto.
— Já sabem o que fazer. —encaro os illyrianos— Vamos invadir Velaris, com a força de um Deus.
Eles assentiram sérios e eu lancei uma rede de poder sob o exército, eu troquei a mandíbula, com esforço gigantesco. Um, dois...
Eu os atravessei e em seguida me atravessei, os illyrianos neste momento estão surgindo no céu de Velaris, camuflados por meu poder, e eu, estou diante da prisão.
Engulo em seco, já estive aqui inúmeras vezes, mas saber quem está preso aqui...
Minha garganta ocilia, não vou chorar, me torno sombra e vento, rastejando para dentro sem ser detectada, em minha forma sombra, posso ver guardas primaveris, para lá e para cá em uma marcha constante.
Eu passo deles, ouvindo sua conversa.
— O encantador não disse onde está a filha. —um deles disse— Mandamos um torturador hoje mais cedo para a cela quinze, ele não disse uma palavra.
— O nosso senhor ficará furioso, e a princesa Flora mais ainda. -outro xingou.
— Se o espião não falar, teremos que arcar com as consequências.
Cela quinze.
Sei onde fica, eu atravesso, surgindo nos corredores frios e escuros, caminho por ele, passando por portas pesadas de ferro, contando cada uma, até que... Paro diante dela, a cela quinze.
Como uma agulha eu penetro a camada de magia, a desativando sem danos, sou atravessada para dentro daquela cela escura, vendo mais a diante, um macho de joelhos, as asas baixas assim como a sua cabeça.
Levo a mão a boca, contendo o soluço, poucas sombras o rondam, pois boa parte delas está comigo.
— Papai. -sussurro.
O macho treme, erguendo devagar a cabeça.
— Marylin?
— Papai. -balbucio.
Eu surjo da escuridão, as sombras recuando, encaro os olhos avelã brilhantes, cheios de dor e cansaço.
— Você está aqui... —ele sussurra— está viva, não está presa..
Ele empalideceu.
— Não deveria estar aqui, eu mandei as sombras te protegerem. -ele diz.
— Eu não obedeceria de toda a forma. -me ajoelho diante dele.
Eu o abraço, o mesmo enterrando seu rosto em meu ombro, suas mãos e pés acorrentados.
Eu rosnei para as correntes.
— Vou te tirar daqui. -murmuro.
— Você tem que acabar com Tamlin. -ele nega.
— Vou fazer isso. —afirmo— quando eu libertar a minha família.
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Corte De Sombras E Eclipse
FantasyMarylin, a filha do encantador de sombras, a filha do illyriano mais temido e poderoso de pythrian, uma jovem encantadora assim como o seu pai, vive sua vida tranquila, não tão tranquila, escondida nas sombras, se mostra um pouco mais sociável que o...