Corte De Sombras E Eclipse

Capítulo 9🌙

Nyx

Seis meses, seis malditos meses.

E que malditos meses...

— Nem adianta, a floresta está envolta pelo o meu escudo, não vai conseguir atravessar, voar para fora ou romper. -diz Marylin atrás de mim.

Pior que é verdade, não consigo nem usar a ligação.

Maldita seja.

Ela caminha por mim, pisoteando a neve.

Este é o inverno mais longo do ano, já faz meses e não passou a não ser que....

Estejamos na corte invernal.

Mas ela tem casa aqui? Como?

Eu pisco, não, ela não fez isso.

— Ames?

— Que é? -ela questiona, com as mãos nos bolsos.

— Me diga que aquela cabana não é a mesma que você....

— Eu o que? -bate os cílios.

— Que você e os gêmeos....

— Sim. —ela concorda— a cabana é minha já faz muito tempo, e sim, foi lá que perdi a virgindade com os gêmeos.

Eu rosno baixo.

— E me trouxe para cá?

— É uma cabana, Nyx, não um bordel. —fala— por enquanto...

Eu sacudi a cabeça, incrédulo.

— Não acredito que me trouxe para a maldita cabana onde dois macho te tomaram e....

Ela se virou, me calando com os seus lábios nos meus.

Eu prenso ela contra um pinheiro, um pouco de neve caindo em nós. Minhas mãos tateiam o seu corpo e as suas o meu.

— Você fala demais. -ela murmura, os lábios tremendo pelo o frio.

— Ames... -a chamo.

Seus olhos estão pesados e quase fechados.

— Ames, está me ouvindo?

Suas pernas cedem e ela cai em meus braços.

— Ames! -exclamo o seu nome.

A mesma se encontra inconsciente em meus braços.

— Calma, você vai ficar bem. - a ergo em meu colo.

A única coisa a qual consigo é atravessar para a cabana de novo, adentrando a mesma , a deitando em sua cama e tirando suas roupas.

— Ames, me responde apor favor. -imploro.

Silêncio, sua respiração está fraca.

— Ames, se você ficar bem, eu juro que fico, juro que me uno a você, mas não me deixa. -a sacudi.

Silêncio, o desespero me invade e eu corro para a cozinha, procurando algo que ajude a acordar ela.

— Ames.. -chamo, passando uma compressa de ervas de cheiro forte próximo ao seu nariz.

Eu fungo, uma lágrima escorrendo por minha bochecha.

— Por que você não acorda? —me vejo choramingar— Ames?

Ames, um apelido que lhe pus na infância, para irritá-la, mas não a irritou.

— Ames! Ames! -cantarolo alto ao redor dela.

A garotinha pisca, me encarando.

— É Marylin, Nyx. -ela diz.

— Ames! Ames! —grito— você se chama Ames!