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Ravena

Olho pra trás vendo o Matador correr junto com os outros caras e sinto meu estômago revirando, um gosto amargo na boca é o que mais tá me incomodando no momento.

O carro começa a andar mais rápido e o Piauí pede pra eu me abaixar por conta dos tiros que estavam cada vez mais perto da gente.

Ele para o carro em frente a minha casa e começa a me escoltar até lá dentro.

Piauí: Fica abaixada, não levanta de jeito nenhum e não fica perto das janelas por que os tiros podem atravessar.- eu concordo sentindo um nó na minha garganta aumentando.- Tá me entendendo?

Ravena: Tô sim.- ele pega a arma e vai saindo mas antes dele sair eu chamo a sua atenção.- Toma cuidado por favor, irmão, e cuida do Marlon.- ele sai fechando tudo me deixando lá.

Ouço tiros, grito, choro desesperado do lado de fora e fico deitada no chão do meu quarto com a mão na minha barriga me sentindo mal pra caralho  com essa situação, ficar me preocupando pra caralho com o Marlon lá fora e eu grávida tendo que passar por essas coisa.

3 horas se passam e os tiros tinham diminuído mas não tinham acabado, liguei várias vezes pro Marlon e pro Piauí mas nada deles responderem, a Bruna também não tinha noticias e minha crise de ansiedade já tava querendo atacar.

Pra isso não acontecer eu levantei e fui fazer uma lasanha, a cozinha me acalma e nesse momento eu tava precisando muito. Parece até escroto eu tá fazendo isso sendo que do lado de fora um monte de gente tá morrendo, mas eu coloquei meu filho como prioridade, minhas crises de ansiedade são horríveis.

Coloquei a lasanha no forno e ouvi um barulho na porta da rua, fiquei olhando pra porta esperando que fosse o Marlon ou o Piauí querendo entrar, mas eles nunca batem.

Matador

Alex: PATRÃO.-  Ele grita apontando a arma pra cima e eu olho ao redor vendo todos os meus soltados apontando também.

Olho pra cima e sinto minhas pernas vacilarem quando eu vejo a Ravena em cima de uma laje sendo praticamente arrastada por alguns policiais.

Pego minha arma apontando pra eles também com todo ódio que eu tenho dentro de mim.

Matador: SOLTA ELA AGORA PORRA.- Grito sentindo meu pulmão protestar por causa do grito.

Um dos policiais tirou o capacete e meu sangue gelou quando eu vi quem era a pessoa.

Delegado Cunha: e a cena se repete.- ele aponta a arma pra cabeça da Ravena e força ela pra se ajoelhar no chão.- Tá lembrado de mim, Matador?

Matador: Solta ela agora se tu não quiser ter tua cabeça arrombada.

Delegado Cunha: Talvez você não se lembre de mim, mas vai lembrar da minha filha.- Sorriu mostrando a foto da Marina.- Lembra que a um tempo atrás VOCÊ...- Apontou o dedo pra mim enquanto apontava a arma pra Ravena.- Você matou a minha filha grávida a mando do Rei, seu filho da puta.- Fiquei calado.- Lembra quando era você no meu lugar e era você que tava com uma arma apontada pra uma grávida?

Matador: Eu lembro sim de você, Cunha.- dou um passo pra frente.-  E lembro da tua filha também, bora descer pra gente conversar.- engatilhei a arma.

atrás das máscaras (MORRO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora