PRESENTE:
Ainda de olhos fechados, estou com os ouvidos atentos a televisão ligada em um canal qualquer. Fico desta forma durante algum tempo enquanto ouço a televisão e passos de alguém no quarto, andando de um lado para o outro, mexendo em algo que certamente estava ligado a mim, e por isso desconfio de que seja a enfermeira. Meu corpo está todo dolorido, senti ao movimentar um pouco meu braço. Não queria lembrar de nada do que me ocorreu, mas aos poucos a cena do acidente até o momento em que tudo ficou escuro, começou a dominar a minha mente.
Foi algo que me causou pânico e nunca havia sentido algo parecido, desde quanto tirei minha habilitação. Então, agradeço por estar vivo, e fico imaginando quantas pessoas, não tiveram a mesma chance e as vezes os acidentes nem foram culpas delas, como esse que também não havia sido culpa minha. Sabemos muito bem, quem tramou mais uma tentativa de se ver livre de mim. E felizmente não conseguiram.
Arrependo-me de ter aberto os olhos de uma vez, porque a luz os incomoda e por isso sou obrigado a fechá-los para outra vez os abrir devagar. Realmente estou no hospital, não era apenas um pesadelo. Olhando para a maneira que estou agora, queria mesmo que fosse e que quando acordasse de fato, estaria na minha casa, na minha cama e ao lado da mulher que eu amo. A enfermeira percebeu que acordei e abriu um sorriso bonito em seus lábios. Ela tem cabelos escuros e curtos, na altura do ombro, e apresenta uma estatura mediana. Em sua roupa branca, está destacado no lado esquerdo, o seu nome, bordado com linhas pretas: Lina.
ESTÁ A LER
antes que seja tarde
RomanceDesde que Maya Grace se mudou com a família para a pequena cidade de Doverwood, ela faz parte da vida de Dean Cameron. Mas nunca se enxergaram com outros olhos, apenas se viam como amigos. Até que um momento, no baile de primavera, Dean percebe que...