Capitulo 15 - Jack Sinclair

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            Um mês depois de assinar o contrato

 

            - Ela não pode se apaixonar por mim Jorge. Expliquei isso pra ela. Ela sabe fazer os outros acreditarem, mas noto que isso está indo pro lado real entende?

            - Corte de uma vez isso Jack! É só um ano. O que é um ano? NADA!

            - Sim, mas nunca fiquei com uma mulher por tanto tempo...

            - Sei disso. Ela sabe que quando acabar esses 364 dias ela terá que ir embora.

            Olho pra paisagem urbana pela janela do meu escritório. – Não quero fazê-la sofrer...

            - Então faça ela desgostar de você... A trate mal, a ignore, faça ela perceber que você não é o príncipe e sim o lobo...

            - Farei isso...   

 

 

            Meses antes do roubo

 

            - Pare de pensar com tanta freqüência nela! Que merda! – falo pra mim mesmo enquanto ando de um lado para o outro em minha sala.

            - Senhor... Desse jeito irá ficar tonto... – Jorge me analisa de sua cadeira.

            - Eu sei! Eu não deveria pensar nela desse jeito... Ela não é minha esposa de verdade. Eu prometi para mim mesmo que não tentaria nada, mas ela, mesmo não sabendo, me provoca...

            - Acho que é falta de... – ele faz um gesto com a mão – sexo.

            Paro e reflito um pouco. Quando foi a última vez que fodi alguém?

            - MERDA! Não faço isso desde que a fiz assinar aquele maldito contrato!

            - Exatamente... Entao... Já que não irá fazer nada com ela, até porque ela só tem 18 anos...

            O corto. – Jorge... – sorrio pra ele – Olhe pro mundo atualmente! Você acha que existe quantas virgens no mundo? Provavelmente só as recém nascidas! – levanto os braços pra cima deixando cair em minha cabeça.

            - Sim Jack, mas veja... – diz alisando seu bigode.

            - Não irei fazer nada com ela e ponto final! Você mesmo disse para parar de incentivá-la...

            Ele levanta e vem marchando em minha direção.

            - Entao arrume alguém pra você comer, porque o seu estado de bolas roxas já deve estar no limite! E se você conseguir vê-la nua não sei o que será capaz de fazer com a pobre coitada! Está me entendendo?

            Saio de perto dele e olho as pessoas lá embaixo. – Sim Jorge... Vou procurar me aliviar longe dela...

            [...]

            Sento ao seu lado e a vejo dormir. Tão serena e doce. Nem parece a fera que me enfrenta quase todos os dias. Às vezes a lembro das regras do contrato porque as coisas que ela faz me assustam, ela me assusta. Não sei se é algo negativo ou positivo. Quando fico perto dela é como se eu ficasse em paz, tranqüilo. Toda a raiva que sentia desaparece. Tenho medo disso. Não posso me acostumar com ela... Logo ela irá embora e tudo voltará ao normal novamente. Tenho certeza disso.

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