●● Capítulo 2 ●●

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O QUE DEIXEI PARA TRÁS.

CAPÍTULO 2

Perdida

Dias atuais

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Dias atuais

Rio de Janeiro

Quando Rebecca desceu do ônibus interestadual ela sentiu uma nostalgia lhe tomar por inteiro. Antes de finalmente ir morar em São Paulo com a mãe, ela havia passado por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Porém sua passagem foi rápida e desordenada. Ela e sua mãe só queriam fugir o mais rápido possível de seu pai.

Wagner estava louco e queria de qualquer maneira matá-las.

Porém, ela não estava ali para passar férias ou visitar parentes. Rebecca estava ali buscando uma cura para seu filho. Na semana anterior, Felipe parou de responder aos tratamentos da quimioterapia, o tratamento estava ficando caro e ela já não tinha mãos dinheiro e nem cabeça para ficar trabalhando o dia todo na esperança de quando fosse a noite  o hospital ela pudesse receber uma notícia boa.

Ela estava com medo e isso era certo.

Ela nunca achou que depois de anos ela tivesse que se encontrar com ele, não depois de tudo que aconteceu. Rebecca esperava criar seu filho sozinha sem ajuda de ninguém como sempre foi. Mas parecia que o destino não queria isso. 

Procurar por Gebriel seria fácil já que o rosto do rapaz estava em vários autidoors espalhados pela cidade fazendo propagandas de marcas esportivas e algumas do time rubro negro. Ela só tinha que conseguir falar com ele o que já se mostrava impossível.

A alguns dias ela tinha mandado uma mensagem no direct do Instagram dele, porém ele nem mesmo havia visualizado. Tentou com a irmã mais nova e até mesmo a mãe. Porém, nada adiantou, ninguém lhe respondeu. Sua única saída era pegar suas últimas economias e partir em uma viagem até ali. 

Ela nem mesmo tinha lugar para ficar, ela atravessou o Brasil apenas com a cara e a coragem, nada mais.

O problema era ela achar a casa de Gabriel e ele querer falar com ela, no mínimo ele acharia que ela era uma fã maluca que estaria acampada da porta do condomínio de luxo na qual agora ele vivia. Quando o uber parou  frente ao conjunto de mansões extremamente grandes, ela sentiu um frio na barriga. Ela não estava acreditando que teria que fazer isso.

E se ele não acreditasse nela e a chamasse de golpista ou algo do tipo?

Ela via pelos jornais o quão mudado ele estava. Até mesmo as mulheres na qual ele se envolvia era completamente diferente dela, elas eram mais alguns protótipos de mulheres como Stefhany do ensino médio. Loiras, olhos claros e corpo violão. 

Rebecca não representava nada daquilo, ela só uma mulher como qualquer outra. Ela não tinha uma barriga sarada e nem tinha o cabelo super hidratado. Ela nem mesmo conseguiu entrar na faculdade de gastronomia na qual ela sonhava desde pequena. A gravides precoce aos dezesseis fez ela abdicou de todos os seus planos para o futuro. Enquanto ele conseguiu tudo que queria.

O QUE DEIXEI PARA TRÁS ● GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora