passado: dean cameron.

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Depois que nos soltamos do abraço, pudemos ver Diana entregando o buquê de rosas nas mãos de mamãe, que agradeceu com outro abraço e um beijo em sua testa. Sou eu o próximo alvo de vovó, que quase me esmaga ao envolver seus braços em volta do meu corpo e me apertar fortemente.

— É impressionante o quanto você está cada dia mais lindo. — ela olha em meus olhos, colocando uma de suas mãos em meu rosto e esboça um sorriso em meus lábios.

— Você diz isso todas as vezes que me vê. — respondo com humor.

— Porque só a verdade sai dessa boca aqui. — fez gestos, e uma gargalhada alta escapa.

— Senti saudades. — confesso e isso a faz me abraçar outra vez.

— Eu também, querido.

As duas entraram para dentro e antes que eu pudesse acompanhá-las, vovô John me pede para ajudá-lo a pegar os presentes de Natal. Eram cerca de quatro sacolas, o que me deixou assustado, o que não ganhávamos de presentes no ano inteiro, ganhávamos na época de Natal. Ao perguntar o porquê de tantos presentes, ele revela que nem todos eram para nós, porque Jude e o Asilo Springs entraram na lista de presentes deles este ano.

O brownie que mamãe havia preparado pela manhã para recepcioná-los foi servido na sala de estar. O prato ficou em cima da mesa de centro e podíamos pegar no momento que desejávamos enquanto conversávamos sobre diversos assuntos. É claro que vovó perguntou sobre como estava a minha vida e minha resposta foi simples: complicado. Minha resposta não foi muito bem entendido e por isso contei sobre Preston e Maya Grace. Nossa relação já não era mais segredo para ninguém. E o que ouvi, foi exatamente a mesma coisa que todos já haviam falado.

Minha mente logo se recordou de quanto encontrei Preston e Angel ao saímos do Elliot's Bar depois de toda comemoração ao aniversário da namorada de Lee. Foi a primeira vez desde o jogo de lacrosse que o cumprimentei. Fiz isso para mostrar que já estava melhorando e aceitando tudo o que aconteceu, mas isso não era o suficiente para a nossa amizade voltar ser a mesma, e isso é péssimo. Por mais que é normal as coisas acontecerem e as amizades darem uma estremecida, as duas partes tinham culpa. Ele por mentir e eu por sustentar.

Deitado na minha cama, digitei diversas formas de mensagens para ele, pedindo desculpas, pedindo para que pudéssemos nos encontrar para conversarmos, só que nenhuma foi enviada. Eu realmente não sabia como fazer isso.

Vovô John e eu estávamos jogando baralho quando a campainha tocou. Da cozinha, ouvi a voz da minha mãe gritando para que eu atendesse, e me sentindo obrigado acabei indo. Ao abrir a porta, surpreendo-me ao ver Preston. Ele estava de costas, com os olhos focados na rua, e pelo braço sendo movimentado, percebo que está estralando os dedos, mostrando que estava dominado pelo nervosismo. A camisa branca que vestia não havia uma marcada de amassado e a calça jeans escura é larga em suas pernas. Respiro fundo antes de chamá-lo pelo nome:

— Preston? — no mesmo segundo ele se vira, ainda estralando os dedos. — O que está fazendo aqui?

Bullock não esboça nenhum sorriso.

— Dean... É... Nós podemos conversar? — perguntou, mostrando receio.

Antes de ouvir alguma resposta minha, ouço novamente a voz de minha mãe gritando:

— QUEM É DEAN?

— O PRESTON. — não desvio por nenhum segundo meus olhos de seu rosto.

Não demorou muito para que Viola esteja ao meu lado e perceber sua presença me assusta um pouco.

— Preston, querido. Que bom que está aqui. — abriu um sorriso em seus lábios. — Quer entrar? — oferece, mas ele nega.

— Não, Viola, eu apenas quero conversar com o Dean. — para ela, Preston sorri.

antes que seja tardeWhere stories live. Discover now