Retorno do afogado

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Izuku midoriya estava se debatendo no líquido em que caiu.
Chamar de líquido pode ser errado, a substância que o permeava era viscosa e parecia uma cola, mas mesmo assim escorria facilmente por seus dedos.
Midoriya tentava desesperadamente sair da poça em que estava mas ele apenas se afundava mais e mais.
Ele era uma criança inteligente, ele entendia que o que acabará de acontecer era simplesmente impossível.
Afinal, ele pulou de um prédio, como ele estava se afogando?
Mas ele escolheu ignorar estes pensamentos e tentar "nadar" para fora do líquido.
Ou era essa sua intenção, antes que líquido começa-se a queimar sua pele.
Midoriya gritou.
Ele nunca havia sentido tanta dor antes.
E é importante ressaltar que a dor e uma constante na vida dele.
Entre as explosões literais de seu amigo, as agressões dos outros alunos, Midoriya já sentiu muita dor na sua vida.
Mas agora?
Sua pele parecia estar queimando, o líquido em contato com sua pele parecia estar a derretendo.
E então ele fez a única coisa que sua mente pensou.
Ele começou a gritar.
A pior coisa que ele podeira ter feito.
O líquido começou a entra pela boca de Midoriya e desceu por sua garganta.
E então veio ainda mais dor.
A mesma sensação que Midoriya sentia na sua pele, ele começou a sentir dentro do seu corpo.
Ele estava sentindo seu corpo se desfazer aos poucos.
Existe até um ponto de dor que um ser humano aguenta antes de desmaiar.
E Midoriya chegou a esse ponto.
Aos poucos ele sentia sua consciência se esvair.
"...eu só queria acabar com a dor...porque devo sofrer tanto..."
Antes de desmaiar o último sentimento de Midoriya foi tristeza.
O lugar em que Midoriya estava se afogando era conhecido em Remant como Grimm líquido.
Uma substância misteriosa que cria grimms.
E estes Grimms são criaturas que são criadas e se alimentavam das emoções negativas dos humanos.
Tristeza, raiva, insegurança e todos os outros.
Eles eram os maiores inimigos de Remnant.
Afinal eles existiam apenas para causar dor e destruição aos humanos.
E os poucos que entraram em contato com o tal grimm líquido ou tiveram uma morte dolorosa, ou se tornaram aberrações grimm.
Com apenas uma exceção.
Ou duas.
Ao invés de começar a ser despedaçado pelo grimm líquido o corpo de Midoriya passou a absorve-lo?
Sim, depois de desmaiar a corpo de Midoriya começou a absover todo o líquido para dentro de si mesmo.
Curando suas antigas cicatrizes e mudando sua aparência.
Em sua própria consciência Midoriya não estava mais sentindo dor, não, no lugar disso ele estava vendo algumas criaturas assustadoras e bem variadas "nascendo" se pode dizer assim.
Essas criaturas saiam de uma poça igual a em que ele se afogou, esses monstros eram totalmente pretos tirando algumas partes de seus corpos como no rosto que tinha um tipo de osso branco com marcações vermelhas.
E seus olhos tinham uma esclera preta com a pupila vermelha vibrante.
O mais assustador em seus olhos eram a total falta de qualquer sentimento que não seja uma promessa de violência, um olhar de puro ódio..
Mas Midoriya os vendo achou alguma beleza nessas aberrações da natureza.
Izuku não sabe quanto tempo ficou desmaiado, mas por todo o tempo ele viu inúmeros grimm, como ele aprendeu que as criaturas se chamam nascerem.
Ele viu as criaturas virarem alguns tipos de corvos, cobras, gorilas, lobos e outros que eram apenas indescritíveis.
Mas então, tudo ficou preto novamente e Midoriya voltou a sentir dor, não a extrema de antes, mas sim uma dor de cansaço.
Aos poucos ele foi retomando a consciência e então se sentiu deitado no chão.
Ele começou a tossir e se debater então  abriu os olhos viu o céu e também o prédio do qual ele pulou.
-então...fou tudo..foi tudo real...
Eu murmuro com a voz trêmula, e fico apenas deitado no chão olhando para o céu.
-...Kachan...sempre esteve certo...eu sou um Deku mesmo...
Eu aperto minha mão com força e sinto uma leve dor nas palmas.
-..eu não consigo nem me matar...
Digo enquanto levanto minha mão e trago para minha visão.
-Mas...oque?!
Eu exclamo ao ver minha mão.
Primeiro eu vi minha pele que estava branca, não o branco normal mas um sim branco como a neve recém caída.
Outra coisa que percebi foi que por todo o meu braço até até minha mão algumas das minha veias estavam totalmente negras totalmente que sobressaem mais ainda na minha pele. 
E por fim minhas unhas estavam também pretas e um pouco mais pontudas do que eram antes.
-...o que aconteceu comigo...
Eu murmuro em choque e começo a me levantar devagar.
Depois de ficar em pé eu decido ir buscar ajuda, médica de preferência, para saber o que aconteceu.
-Mas...primeiro vou ver minha mãe...
E então começo a andar devagar e apoiado na parede por estar com o corpo meio dolorido.
Ao me aproximar das ruas mais movimentadas eu começo a me sentir estranho.
Eu consigo sentir alguns sentimentos no ar.
Raiva, ansiedade, medo.
Eu os sinto e os reconheço quase de forma palpável.
Sinto minha cabeça doer um pouco com o excesso de emoções que me atinge.
Mas o que realmente faz minha cabeça doer não são os efeitos dessas emoções em mim.
Mas sim que quando recebo as emoções algo dentro de mim se agita a parece querer lutar para sair e ao perceber que eu não estou deixando, continua lutando, mas também parecer pedir permissão.
E minha dor vêm de tentar forçar e deixar isso onde quer que ele esteja.
Enguanto eu me aproximo das ruas mais movimentadas eu sinto as emoções com ainda mais força e o que quer que seja que esteja querendo sair se anima ainda mais em suas tentativas.
E com isso eu tropeço e quase caio no chão se não fosse por uma mulher que me segurou.
- Você está bem jovem?
Ela pergunta e quando eu levanto minha cabeça para a agradecer eu sinto medo vir dela.
A mulher parece desconfortável com o meu olhar.
Eu fico confuso até ver meu reflexo na lateral de um prédio.
Meu rosto também estava branco como a neve.
"Ao que parece meu corpo todo está assim então..."
Meu cabelo ainda era verde e fofo mas havia alguns fios brancos escondidos no seu meio.
Mas o nervosismo da mulher veio dos meus olhos, que também me chocaram.
Eram os olhos que as criaturas de grimm tinham.
Minha esclera estava preta e minha pupila estava em vermelho brilhante e com veias pretas como as dos meus braços aos lados dos meus olhos, eles eram algo realmente desconfortáveis e a assustadores de ser ver.
Meu único alívio foi que que violência pura dos grimm não estava presente no meu olhar.
"Espera...grimm!"
-...s...sim obrigado...
Eu respondo dando um sorriso tímido para a mulher que parece menos nervosa com meus olhos mas logo depois sai apressada.
Eu continuo andando para casa fazendo questão de me afastar o máximo possível das pessoas.
Depois de chegar em um ponto afastado eu decido fazer um teste.
Eu paro de tentar segurar o que está tentando sair e dou "permissão" para sua saída.
Com o canto do olho vejo que minha sombra parece se expandir e se tornar mais escura e mais líquida.
Eu percebo que agora a um círculo em volta de mim.
Um círculo formado de grimm líquido.
Não consigo evitar e tremo com um pouco de medo.
A dor ainda está muito fresca na minha memória.
Meu medo parece animar o líquido que começa a borbulhar.
E então sob meu olhar atento algo começa a se formar no líquido e sair.
Primeiro sai um a ponta bico branco feito de um material liso que é visivelmente resistente.
E continua saindo e se formando a partir do líquido, o bico vai saindo e eu vejo que é a cabeça de uma ave.
Depois de alguns segundos sua cabeça sai toda e seu corpo começa a se formar.
Sua cabeça e quae igual a de um corvo, apenas com uma máscara branca com desenhos vermelhos diversos e quadro olhos vermelhos brilhantes.
Ao ver isso eu fiquei em choque.
Era um Nevermore, uma das criaturas de grimm que tinha visto antes.
Eles são reais.
A cabeça do Nevermore se virou para mim e seus quatro olhos encararam os meus dois.
E eu me surpreendi.
Não havia malícia ou violência no seu olhar.
Havia quase que um sentimento de intimidade e confiança.
Meus braços se moveram sozinhos ao esticar minha mão em direção ao Nevermore, que virou virou cabeça confuso mas logo depois colou seu bico na minha mão.
A máscara branca em seu rosto era lisa e gelada.
Eu passei minha mão pelo resto de seu corpo a medida que ia saindo.
Primeiro nas penas do seu pescoço que eram macias mas resistentes e por fim eu passei a mão para sentir as penas de sua assa que eram mais duras e pareciam cortantes.
Eu dei um passo para trás quando o Nervermore se formou por completo.
Ele tinha o tamanho de carro e suas assas deviam ter um envergadura de uns 10 metros.
Ele me encarava em pé nas suas duas garras.
Depois de alguns segundos ele se aproximou de mim e passou sua cabeça por debaixo da minha mão.
Eu mecanicamente começei a fazer carinho nele.
-Você...você e meu...meu quirk?
O Nevermore me olha e inclina a cabeça em dúvida, mas grasna em resposta.
Eu começo a chorar.
-...depois de tanto tempo...tanto...
Eu abraço o Nevermore que abre as asas levemente meio assutado.
-...Kachan estava..certo...
Eu dou uma risada sem graça.
Eu fico abraçado no Nevermore por um tempo.
-Oh meu Deus! Ha tantas coisas que quero testar! Será que eu posso chamar mais? Tem um limite? Só existem aguele que vi antes?
Eu murmuro várias perguntas ao mesmo tempo e só sou interrompido por outro grasnar do nervermore.
-Des...desculpa...
Eu o encaro.
-...ma..mas eu preciso falar com minha mãe antes de qualquer coisa...
Analiso o tamanho dele.
-...tem como você ficar menor...?
Ele grassa como se estivesse ofendido.
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Inko Midoriya estava preocupada.
Seu izuku ainda não estva em casa.
Ela sabia da intimidação que seu filho sofria por não ter uma peculiaridade.
Então esses atrasos realmente a preocupam.
Inko ouviu a porta da sua casa se abrir.
-Mãe!
Ela se alíviou na hora ao ouvir a voz.
-Izuku! Onde você estava....
Ela para no meio da pergunta ao ver Izuku.
Ele estava diferente, muito diferente.
Primeiro era sua pele que estava branca como a neve, fazendo as sardas no seu rosto ainda mais chamativas, depois as veias negras que estavm por todo seu braço, nas mãos suas unhas estavam também negras.
E o pior eram os olhos pretos e vermelhos que pareciam cruéis e viciosos e até me deixavam com medo de olhar.
Eu até duvidei que fosse o meu Izuku.
Mas aí eu vi seu sorriso caloroso como o sol.
Só meu Izuku teria um sorriso assim.
-Eu acho que descobri minha peculiaridade!
Ele diz animado e então entra voando pela porta um corvo 2 vezes maior que o normal.
Mas esse corvo parecia uma versão tirada de um pesadelo do animal.
 Eu fiz a coisa mais lógica que pensei.
  Inko gritou e desmaiou.

The Grimm heroTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang