Harry Potter Continuação - Brigitte Coulomb e o Báculo de Mercúrio - Livro 1/7

C.1P.7 - O Cerco se Fecha

- Mas a última sexta-feira 13 foi em Agosto do ano passado. - resmungou Gora - Por que só hoje que essa notícia saiu?

Brigitte improvisou, percebendo que estava calada demais e excessivamente monossilábica, em sua tentativa de não levantar mais suspeitas do que já o fizera:

- Como disse no jornal, esta era uma informação sigilosa do Ministério, e só vazou hoje.

A moça mostrou um ar de preocupação:

- Os jornalistas do The Daily Chronicles sempre são perseguidos e com frequência são presos ou desaparecem.

- Não é de se admirar que a reportagem não cita o nome dos jornalistas. - completou Jim, sob a concordância de todos.

Jasmine estava entusiasmadíssima com a conversa.

Ouviu-se um som de batidas na porta, e Gora escondeu o jornal, enquanto Jim, murmurando que era o elfo doméstico no caminho, a atendeu.

- Srta. Brigitte, minha senhora Layla Dumbledore a está chamando, e a senhorita Jasmine também.

Gora entregou o jornal para a garota, de modo que o jovem elfo doméstico dos Dumbledore's não percebesse, pedindo-lhe que colocasse o jornal de volta, e acrescentou que estava morta de sono. 

Jim permaneceu sentado à escrivaninha com a irmã, observando as duas se retirarem, com um olhar que fingia não demonstrar inquietação.

Saindo do quarto e seguindo o elfo, mais lentamente dessa vez, é que Brigitte pode reparar nos belos archotes acesos ao longo do corredor que ligava o quarto de Gora ao outro corredor de onde viera.

 Somente agora que ela notou que, se não fosse pelo som dos passos apressados de Jasmine quando ela a seguiu para descobrir onde estava Gora, ela jamais teria encontrado o caminho sozinha, de tão ampla que é a mansão dos Dumbledore's norte-americanos.

- Jasmine, pode vir comigo, querida? E..., Brigitte, seu pai quer falar com você no escritório de Thomas.

- Obrigada. - respondeu Brigitte, tentando demonstrar que estava animada, o que não era o caso, pois ela não fazia ideia de onde se situava o tal escritório do Sr. Thomas Dumbledore.

As três seguiram pela porta oposta a da varanda de onde haviam "desembarcado" da viagem, entrando em um estreito corredor repleto de archotes acesos. Um corredor igual ao anterior, com paredes de granito cinza-escuro.

Ao alcançarem uma das portas, a mulher e Jasmine se despediram, fechando-a, e deixando a garota sozinha, sem saber por qual caminho seguir.

Brigitte percebeu que parecia que todos estavam fazendo um jogo com ela. Primeiro, Gora e Jim, com aquele olhar como de quem estavam loucos para que ela saísse logo do quarto, provavelmente para fofocar alguma coisa sobre o comportamento dela, que obviamente, por mais que ela se esforçasse, não era nem de longe igual ao da verdadeira filha do cônsul.

Desta vez, Jasmine e a Sra. Dumbledore a abandonam sozinhas no corredor e, na cabeça da garota, provavelmente devem estar fazendo o mesmo que os irmãos: cochichando alguma coisa sobre seu comportamento, sotaque, personalidade incomum e vocabulário.

Tornou-se prioridade, em sua cabeça preocupada com essas coisas, encontrar o tal escritório o mais habilmente possível, para não levantar mais suspeitas. A ameaça da Bruxa Inglesa de que ela e seus pais seriam torturados e mortos num altar de sacrifício, caso ela falhasse em sua missão de se passar pela garota verdadeira lhe atormentava a cada segundo.

Havia outra porta à sua esquerda, e a opção de prosseguir pelo corredor repleto de outras portas, e que conduzia a outro corrdor no final. As opções eram infinitas. Se ao menos ela encontrasse aquele jovem elfo domético, pensou, ela poderia inventar uma desculpa e pedir para este lhe levar ao escritório com facilidade.