Brigitte e sua irmãzinha acordam na manhã seguinte com sua cama sacolejando, assim como Jim Dumbledore, os três buscando Gora com o olhar, tentando entender a situação.
- Aqui! Atrás de mim, todos! – sussurrou Gora, de trás de um dos armários, com a varinha em punho, apontada para a porta.
Ouviu-se o som de passos vindos do corredor, mas certamente não eram de Fofoca, e nem eram típicos da Sra. Kazimura.
O assoalho de madeira velho resmungava com as pisadas, tornando impossível prever quem era seu dono, mas não eram firmes como os da mulher, e nem discretos como os do elfo doméstico. Era de alguém pesado.
Prontamente, os três se protegem atrás da terceiranista de Ilvermorny , a Escola de Magia dos EUA, onde a moça estuda.
Brigitte já sabia usar seu relógio de pulso, presente de aniversário dado pela Bruxa Inglesa aos 8 anos. Agora eram 07 da manhã do dia 29 de dezembro de 2021.
A porta, em vez de se abrir, simplesmente é incinerada pelo lado de fora, partindo-se em mil pedacinhos chamuscantes, e mal pôde se distinguir quem era o invasor, pois a fumaça lhe encobria totalmente.
- Humm. – disse a voz do homem – Prudente... interessante. E não me atacou. Mas me mirava firme com sua varinha. Está melhorando, Gora.
- Tio Coulomb! – disseram aliviados Gora e Jim, correndo para abraça-lo ao ouvirem sua voz. O mesmo fez a menininha, chamando-o de papai.
Brigitte Coulomb engoliu em seco e não saiu de onde estava. Ficou assustada com a brincadeira do homem alto e forte, de cabelos loiros, que estava de pé sobre o que restou da porta. Apesar dos abraços que recebera, o homem era altivo, e não parecia demonstrar carinho ou afeto por ninguém.
- Agora me soltem. Andem. Vão se lavar e tomar o café.
Morpheus Coulomb acenou com a cabeça em tom de aprovação para Brigitte, por ter notado que ela se comportara como ele a educou. Sem abraços. Sem demonstrar fraquezas nem afeto. Sem perguntas idiotas. Pelo menos foi isso o que a Bruxa Inglesa lhe instruiu a fazer.
Só que na verdade, a garota não agiu como os outros porque estava assustada.
Quando Brigitte passou do lado do homem, trêmula de medo, ele a segurou com firmeza no braço, e lhe lançou um olhar grave:
- Espere aqui. – disse, soltando-lhe o braço a seguir.
O homem conferiu o corredor, fazendo uma pausa para se certificar de que os outros três já tinham saído de vista e perguntou:
- A Kazimura está dizendo coisas estranhas de você. A história da mulher... o que foi aquilo?
Brigitte não estava mais reconhecendo a si mesma. Ela teve uma ideia, como num relâmpago... e lhe pareceu boa dessa vez:
- Foi por causa do Fofoca. Ele nos chantageou de novo.
- Explique.
- O senhor sabe como ele é. Estávamos brincando, quebramos umas coisas, daí ele apareceu e disse que íamos lavar a louça se ele consertasse tudo por nós, e então inventei uma história para não ter que lavar a louça e ficar de castigo sem jantar para evitar outro castigo, que seria pior, afinal, lavar louça por três vezes a noite toda é muito pior que qualquer castigo que a Sra. Kazimura pudesse nos dar. Apenas foi uma decisão lógica. Nem Gora entendeu meu raciocínio porque não tive tempo de explicar para ela.
A garota ficou satisfeita por ter aprendido a falar bem rápido quando morou durante um ano no Chile, pois os sul-americanos que falam espanhol o fazem muito rápido, e mal dá para entender as palavras quando pronunciadas. Depois daquela experiência naquele país, ela passou a treinar a falar inglês tão rápido quanto os chilenos falam espanhol.
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Harry Potter Continuação - Brigitte Coulomb e o Báculo de Mercúrio - Livro 1/7
Fanfiction23 anos depois de Harry Potter se tornar Auror, Brigitte, de dez anos, passa a espionar para a Nova Ordem da Fênix. (História betada por Carlaisa24) (Eu, Beedle, o Bardo, juro solenemente que sou o Legenda Pirata, e que não farei nada de bom)