Capítulo LVIII

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O amor é uma fonte inesgotável de
reflexão, profunda como a eternidade, alta
como o céu, vasta como o universo.

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Bella parecia qualquer outra coisa menos a minha irmã.

Os olhos vermelhos, a pele pálida e a postura estranhamente altiva fizeram meu corpo retesar na hora e todos os meus pelos se arrepiarem. Talvez fosse meu trauma com recém-criados, ou apenas o instinto do lobo, mas tudo o que mais quis foi me transformar e vazar dali o mais rápido que podia.

Mas consegui ignorar isso. Dei um passo a frente, olhando com atenção aquela figura estranha, procurando pela pessoa que eu conhecia e suspirei. O cheiro adocicado e irritante fazendo meu nariz coçar. Não tinha por que eu ter medo, aquela ali era minha irmã. Mesmo que totalmente diferente, era Bella.

A mesma Bella de sempre.

— Agora entendo o que diziam sobre o cheiro dos lobos. — A primeira pessoa a quebrar o silêncio, estranhamente, é Bella, um meio-sorriso no rosto enquanto me olha com diversão. Franzo as sobrancelhas para ela. — Vocês fedem muito.

— Como se vocês cheirassem a rosas. — Jacob devolve, um sorriso zombeteiro na boca. — Eu não esperava que parecesse tão... você. Exceto pelos olhos assustadores.

Bella ri. Parecem sinos tocando, a própria perfeição. Uma melodia tão divina que, se eu fechasse os olhos, poderia pensar que eram malditos querubins de fraldas rindo no meu ouvido.

— O humor também é uma novidade. — Finalmente consigo dizer, tombando a cabeça para o lado. — Como você está?

Bella me olha atentamente, e consigo ver que sua mente está indo de zero a mil em apenas um segundo. E, quando finalmente chega a uma resposta que a agrade — o que não demora a acontecer - ela parece estar mais feliz do que jamais esteve. E isso faz com que tudo valha a pena.

— Nunca estive tão bem.

Eu podia ver que isso era a mais pura verdade. Humana, Bella sempre parecera fora do lugar, como se aquilo não fosse o que ela estava destinada para ser. Mas agora, com o veneno dos vampiros correndo pela veia, ela parecia realizada. Ela finalmente tinha tudo o que quisera na vida. Um marido, uma filha, uma família da qual se encaixasse.

Sempre soube que apesar de nos amar, Bella jamais se sentiu completamente à vontade comigo e Charlie. Ou até mesmo com Reneé.

— Posso ver que sim. — Sorri, feliz por minha irmã.

Feliz que, mesmo metendo a gente em tantos problemas – e porra, foram muitos mesmo! –, agora tudo tinha ficado em paz.

Aconteceu em segundos. Seus braços finos me envolveram, a porcelana gelada abraçando meu corpo quente e senti meu corpo arrepiar. A lembrança voltando a minha mente, os meus ossos reclamando com a dor fantasma e me encolhi, lágrimas juntando nos meus olhos.

Quanto tempo levaria até que eu pudesse abraçar minha irmã sem sentir que minha vida estava em perigo? Que eu seria esmagada?

Bella. — Supliquei, e tão rápido quanto ela me abraçou, ela me soltou, um olhar culposo em minha direção. — É difícil.

— Eu sei. Me desculpe. Não pensei direito, apenas queria te abraçar e... aconteceu. — Mordeu seu lábio, em uma mania humana que provavelmente não iria perder. Delicadamente e devagar suas mãos pousaram em meus braços, e estremeci com a diferença de temperatura. — Edward me contou o que aconteceu quando eu... Você sabe. Morri. Eu não sei como agradecer vocês — ela olhou para Jacob, que nos olhava com seu sorriso de presas a mostra — por tudo o que fizeram por Reneesme. Pelos Cullen. Por mim.

Dei de ombros, já que era um traço da família Swan não saber lidar com momentos sentimentais.

— Presinhas é a coisa mais linda que já vimos. Não há como não protegê-la. — Jake diz, vindo até nós e colocando sua mão quente na altura das minhas costas. — Mesmo que ela adore ficar me mordendo.

Bella sorri, e seu olhar é atraído até a porta, onde Edward está com a pequena coisinha nos braços. Nunca imaginei que fosse ver essa cena, mas lá estava lá.

O olhar maternal, como se ela pudesse matar e morrer por aquele pedacinho de híbrida.

Olhei para Jacob, e ele entendeu. Aquele era um momento só deles, onde Bella iria conhecer sua filha, sem toda a dor da morte no parto. Morte de Bella, no caso. Indiquei a saída e ele assentiu.

— Preciso ir falar com Charlie. — Coloquei a mão em cima da de Bella em meus braços, e ela voltou seus olhos vermelhos para mim. — Aproveite sua família, Hells Bells.

Chegando em casa, a viatura de Charlie não estava na garagem. Suspirei, vendo a melhor forma de contar para ele que precisaria ficar afastado por alguns dias, talvez um mês, para que Bella pudesse construir um mínimo auto-controle que fosse. Assim que estacionei meu carro, os dedos de Jacob vieram para os meus, entrelaçando-os em cima do câmbio. Procurei seus olhos, sabendo que neles encontraria todo o apoio que eu precisava.

— Charlie vai entender. Ele é um homem sensato. — Sua voz rouca ecoa pelo carro e suspiro, assentindo. — Está tudo bem, baby. Agora é um momento para aproveitar a calmaria.

— Eu sei. — Fecho os olhos, levantando o queixo e ficando com a cabeça erguida para cima. — Sinto como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. E ao mesmo tempo como se eu finalmente pudesse respirar depois de um mergulho longo.

— A vida é assim, amor.

Abro os olhos, conectando nossos olhares e sinto todo o amor e afeto preencher meu corpo. Jacob era meu sol, eu podia senti-lo iluminando tudo ao meu redor e trazendo calor. Era como uma lufada de ar fresco. Ar que eu precisava, mais do que tudo.

Tiro o cinto e rapidamente vou para o seu colo, grudando nossos lábios. O beijo é lento, cheio de sentimentos sendo passados por nossa ligação. Cheio de amor e finalmente posso respirar fundo. Finalmente posso aproveitar minha vida, meu namoro. Ir à escola, ter uma vida relativamente normal.

— Eu te amo. — Digo assim que nossas bocas se desgrudam, olhando-o como uma criança pronta para brincar.

Jake sorri preguiçoso, suas mãos grandes agarrando minha bunda. Os dedos acariciando minha pele por cima da calça e sinto um arrepio subindo ao meu corpo.

— Você é tudo o que eu preciso. — Ele diz, em um sussurro, encostando sua testa na minha. — Falar que te amo não é o suficiente, Ada. Você é simplesmente o ar que eu respiro, é o meu nascer do sol e o pôr dele. Você é a minha vida. 

[ n o t a s ]

olá minhas gostosuras. sentiram minha falta? demorei mas apareci KKKKK desculpa o sumiço, não foi intencional!

só nesse fim e começo de ano, eu mudei de trabalho, mudei de casa, minha vida deu um giro de 360 graus e ainda tá tudo meio corrido.

mas prometo aparecer por aqui sempre que der, por que Evanescent é meu xodózinho! 💜

Obrigada por não desistirem de mim, amo vocês demais!!!

até o próximo e beijinhos!

𝐄𝐕𝐀𝐍𝐄𝐒𝐂𝐄𝐍𝐓, 𝑡𝑤𝑖𝑙𝑖𝑔𝘩𝑡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora