Capítulo 13

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Os dias corriam como as águas ligeiras de um rio

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Os dias corriam como as águas ligeiras de um rio. O clima ameno da primavera deixava toda Londres em alerta. Apesar da agitação da cidade, quase não saí de casa nas duas semanas seguintes ao último baile em que eu comparecera. Nesse meio tempo, eu me aproximara de Anthony e passara a me afeiçoar a ele. A preocupação que ele sempre demonstrava comigo me fazia pensar que ele seria um ótimo marido para mim. Tinha convicção de que os Beaufort não iriam se opor ao matrimônio.

Anthony era sempre calmo e nada mudava o seu temperamento. Gostava de ler e era sempre muito preocupado com meus pais. Eu gostava dele, apesar de ter consciência de que ele nutria por mim um sentimento maior que apenas amizade. Ele era exatamente a categoria de homem com quem eu queria me casar antes; calmo, amigo, companheiro e cúmplice. Por que será que agora isso já não fazia sentido para mim?

Eu havia descoberto em uma de nossas conversas frequentes que apesar da pouca idade, ele era viúvo. Quando me contou sobre sua esposa e a doença que a levara, seu semblante estava carregado de dor e tristeza. Comovi-me com a forma bonita como ele falava sobre os gostos da antiga esposa e como eles cultivaram uma amizade bonita no casamento. Era o que eu queria para mim.

Cheguei a Londres convicta de que me casaria por ainda ser jovem, mas depois mudei de ideia ao pensar que teria que abandonar meus pais de novo. Mas eu tinha que pensar primeiramente em mim. Não era novidade para ninguém que um dia papai e mamãe iriam morrer, e se eu não casasse o que seria de mim? Por não ter herdeiros homens o título e a fortuna passariam para algum parente distante, um primo ou um sobrinho dos Beaufort. Eu não poderia ficar mais uma vez de penetra, vivendo e usufruindo de coisas que não seriam mais minhas. Casar era a coisa mais racional a se fazer.

Eu estava bordando em meu quarto, sentada perto da janela a admirar a beleza de Mayfair quando duas batidas foram desferidas contra a porta do meu quarto. Levantei-me e abri a porta, mas ao ver de quem se tratava também não hesitei em abrir um sorriso. Era o Sr. Clarke, ele trazia um livro nas mãos.

— Entre, Anthony. — O autorizei dando dois leves passos para trás.

— Ainda não me acostumei com esses encontros nos seus aposentos. — Ele riu fechando a porta atrás de si. — Por que não conversamos na sala de visitas, ou até mesmo no jardim?

— Você sabe que aqui é bem mais confortável e não estamos fazendo nada que nos comprometa. Não se preocupe com os empregados, eles são discretos.

Ele assentiu, parecendo ceder a minha insistência. Sentou-se em minha cama e retomou a leitura do livro que estávamos lendo juntos, ou melhor, ele estava lendo para mim. Enquanto ele focava na leitura e na narração dos acontecimentos de um romance impossível entre um casal de classes diferentes; eu continuava o meu bordado. O episódio, como já vinha acontecendo a alguns dias, continuou por talvez uma hora.

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