Capítulo 4

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Acordei decidida a falar com papai sobre meu dote

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Acordei decidida a falar com papai sobre meu dote. Levantei-me cedo por medo de ele sair para alguma reunião de negócios antes de eu conseguir falar com ele. Bati na porta do escritório e ele disse que eu podia entrar. Sentei-me na cadeira em frente à sua mesa. Eu não sabia porque ao certo, mas eu estava nervosa.

— Vim falar sobre meu dote.

— Pois, bem. Pode falar, estou escutando-a.

De repente as palavras pareceram querer fugir de minha boca. Imaginei que quando eu falasse a palavra dote ele já diria se o daria em minhas mãos ou não. Abri a boca duas ou três vezes antes de conseguir falar:

— Quero saber se eu o possuirei.

— Irá. — Não evitei sorri. — Mas só quando se casar de novo.

— Mas... Eu... Pensei...

Murchei a cara e fiquei estática. Papai soltou uma gargalhada alta, que preencheu todo o ambiente de uma forma doce. Como quando o som do piano se apossa de um cômodo te fazendo vibrar por dentro.

— Estou brincando, Florence. Claro que seu dote é seu já que seu marido não o aceitou. Sua mãe conversou comigo a respeito de sua ideia sobre um novo casamento. Você tem certeza que é isso que quer?

Assenti um pouco cabisbaixa.

— Bom... Então, não serei eu a pessoa a impedi-la de seguir sua vida. Mas tenho uma condição para a entrega do seu dote.

— Condição? Nunca falamos sobre condição alguma.

— Sei, eu sei. O que acontece é que eu decidi isso agora.

O olhei de soslaio. Papai conseguia me deixar nervosa. Meu coração batia em um ritmo descompassado de nervoso.

— Continuará morando conosco.

— Como? — Pensei não ter ouvido direito.

— Não irá comprar e nem alugar casa alguma. Ficará conosco até se casar de novo. É difícil entender?

— Mas, papai...

— Não tente debater comigo, minha decisão já está tomada. Eu já passei muito tempo longe de você, agora tenho a aproveitar antes que seu futuro marido a roube novamente de nós. E eu gosto da luz que você e sua irmã traz para a casa quando estão aqui.

Assenti. É lógico que eu não lhe negaria a oportunidade de ficar perto de sua filha. Eu também estava com saudades e queria ao máximo ficar com eles dois.

— Tudo bem, nos vemos na semana.

— Na semana? Para aonde vai?

— Irei à casa de campo com a sua mãe. Preciso tratar de alguns negócios e pedi para a sua mãe me ajudar com alguns problemas.

O Despertar de Florence Where stories live. Discover now