Kneel | Tom Riddle - Português

𝟓𝟏

Tom Riddle era um personagem singular e ninguém podia negar isso, especialmente ela, pois, sabia tudo sobre seus planos e fantasias sombrias. Às vezes ela desejava que ele fosse apenas um garoto ambicioso normal, mas na realidade, ela não o amaria se ele não fosse o único Tom Riddle, com todas as suas falhas e imperfeições. Por causa disso, as coisas sempre seriam muito complicadas entre eles. Foi muito emocionante no momento, mas e se ela mudasse ou ele mudasse? Eles ainda se sentiriam atraídos um pelo outro se fossem normais?

A bruxa limpou a garganta, não querendo pensar mais sobre isso. Tudo estava ótimo entre eles, então ela decidiu apenas aproveitar enquanto durasse. Porque com Tom Riddle, ela sabia que as coisas eram boas demais para ser verdade. Algo ruim ia acontecer, ela sentiu.

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O resto de seu dia foi bastante calmo desde o momento em que ela conseguiu esconder sua marca em sua bochecha. Antes disso, havia muitos olhares e perguntas irritantes. Almoçava com os amigos e mais algumas aulas depois disso, sempre pensando no que a esperava no final do dia.

Tom ia fazer sua primeira Horcrux, mas não estava nervoso como seu parceiro. Em vez disso, ele estava mais animado com este novo passo de sua vida. Tudo mudaria e ele mal podia esperar para começar a realizar todos os seus planos. E, claro, ele estava mais do que satisfeito por ter o apoio e a ajuda de Seraphina.

Os dois jantaram juntos no Salão Principal, apenas algumas palavras foram trocadas, pois sua mente estava muito ocupada pensando no que aconteceria a seguir.

"Onde você está fazendo isso?", Seraphina perguntou depois de limpar a boca com o guardanapo, os olhos no prato.

"Na câmara", ele respondeu, terminando com sua comida.

"Na Câmara Secreta?", ela perguntou com uma carranca.

"Obviamente", disse ele, "Onde mais poderíamos fazer isso em particular?"

Ela deu de ombros, "Eu não sei, mas é tão frio lá. Não sabemos quanto tempo ficaremos lá e não estou com vontade de pegar um resfriado hoje". Ele revirou os olhos, "Leve um suéter extra com você, então".

"Ugh", ela largou o garfo e a faca no prato, "Eu não posso acreditar que concordei em fazer isso. E se algo acontecer? Como você pode não ficar nervoso?", ela perguntou, olhando para seu rosto calmo.

Ele deu de ombros, "Estou pronto para enfrentar as consequências. É um risco que estou disposto a correr para ser imortal. Você deveria fazer o mesmo, Seraphina", ela não disse nada, "Você terminou de comer?"

"Sim", ela disse, não sentindo mais fome. A antecipação dos planos dele a consumia lentamente e ela não conseguia parar de pensar se algo de errado acontecesse.

Ele se levantou da mesa e os dois saíram do Salão Principal em silêncio. Eles caminharam pelos corredores em direção ao banheiro feminino no primeiro andar, "Você está nervosa?", Tom perguntou assim que abriu a porta do banheiro.

Ela engoliu em seco, "Eu estou".

Ele parou de andar quando eles já estavam perto da grande pia para se virar e olhar para a expressão nervosa dela, "Venha cá, querida", ele abriu os braços para ela e ela não hesitou antes de se colocar diante dele e permitir que ele circulasse seus braços ao redor dela.

Com um suspiro, Seraphina deixou cair a cabeça em seu ombro, sentindo aquele conforto específico que ela só conseguia encontrar em seus braços.

Ele beijou o lado de sua cabeça e acariciou suas costas acima de suas vestes escuras, "Por que você está tão preocupada?" Tom raspou contra seu cabelo, "Você não confia em minhas capacidades?"