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𝐕 𝐈 𝐍 𝐍 𝐈 𝐄

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𝐕 𝐈 𝐍 𝐍 𝐈 𝐄

Eu estava fora de controle.

Ver Chelsea depois de dias foi como ter puxado uma alavanca em mim. A saudade extrema que eu sentia pareceu multiplicar, e só olhá-la nos olhos e ter beijado sua testa não foi o suficiente. Não me trouxe alívio. Tê-la tocado mesmo que minimamente fez meu corpo reagir de maneiras inesperadas. Eu não fazia ideia de que seria assim, de que eu a desejaria tanto somente em vê-la.

Eu desejava cada parte dela.

Depois que assumi para mim mesmo meus sentimentos por Chelsea, tudo mudou. Tudo se intensificou. A saudade, o desejo e a necessidade do toque. Antes, a influência que CheCha exercia sobre mim não passava de mero carinho fraternal. Eu sabia que eu sentia algo a mais, mas ignorava. Eu não deixava aquilo vir à tona, então minhas reais intenções se mantiveram adormecidas. Largadas até que eu as libertasse. Agora, tudo é muito intenso. Agora que as aceitei, não consigo controlá-las. Não consigo domá-las. Eu estou apaixonado por aquela garota e desejo mais que tudo torná-la minha.

Minha CheCha.

Durante o jogo, eu ansiava arrancar Bryce do meio de nós. Queria tocar a mão dela, enroscar meus dedos em seu cabelo e acarinhar seus fios compridos. Queria seu carinho, queria qualquer coisa vinda dela. A cada minuto, eu olhava para o lado, para avistá-la torcendo para o irmão. Seu sorriso se alargava a cada cesta dos Canadians Wolves, e suas covinhas... Eu estava hipnotizado! Eu estava totalmente entregue àquele sentimento que fazia meu coração bater descompassado no peito.

No final do terceiro período, houve um intervalo no qual Bryce saiu para ir ao banheiro. Estiquei meu braço sobre o encosto da poltrona dele, mas não toquei em Chelsea, por mais que fosse minha vontade. Ela conversava com Martina, não quis atrapalhar.

Fiquei olhando para todos os cantos do estádio, aquele lugar era um sonho. Olhei para o grande telão que ora ou outra focava em pessoas aleatórias na torcida e me surpreendi quando me vi, e vi Chelsea. Fiquei admirando ela daquele outro ângulo, ela falava sem parar. Abri um sorriso perante a sua tagarelice, e então me estiquei para cutucar seu ombro.

Seu olhar colidiu com o meu, subitamente.

Apontei com o queixo para o telão. Ela olhou para nossa imagem, dando um leve sorriso. Meu coração se encheu com esperança de que talvez naquela noite eu a beijaria pela primeira vez. De que talvez conseguisse lhe fazer minha dali a poucas horas.

Observei Chelsea retomar a conversa com a amiga. Suspirei, cheio de inquietude. Não sabia o que fazer para ter sua atenção sem forçar a barra. E eu não forçaria a barra com CheCha. Não a culpo por não querer me dar ouvidos, eu agi com imaturidade enquanto eu poderia ter sido sincero. Eu evitei que meus sentimentos por ela ficassem palpáveis pois eu sentia medo. Medo das consequências de nós dois juntos, do reflexo da nossa união num futuro próximo. Não queria e nem quero fazê-la sofrer, mas não sinto mais medo. Não sinto medo do que sinto, pois sei que é profundamente verdadeiro e único.

COMO NOS FILMES ✘ VINNIE HACKER Where stories live. Discover now