A Retaliação dos Esquecidos - SUPERCORP/KARLENA

Terror e pesadelo

2 meses atrás – Nova York
 

Um mês havia se passado desde o primeiro dia de aula de Kara e a mesma se adaptou muito bem. A curiosidade dos alunos sobre ela se dissipou e ninguém mais a olhava quando passava no corredor, exceto por uma pessoa... Lena.
 

A morena sempre a seguia com o olhar e era desta aluna que Kara queria se manter longe, mas algo a impedia de fugir dos olhares que acontecia toda vez quando estavam no mesmo lugar. Poderia estar em um estádio lotado, seus olhos se encontrariam como coisa do destino. E toda vez era como se não houvesse mais ninguém ao redor.
 

- Daqui a pouco a loirinha some do tanto que você olha. – Sam comentou tirando Lena do seu transe.
 

- Não sei do que você está falando. – Respondeu sonsa.
 

- Faz um mês que vocês ficam nessa troca de olhar é nada.
 

- Ela é a garota que me salvou de ser morta por um poste.
 

Assim que a Luthor terminou de falar, Sam arregalou os olhos e engasgou com o suco que estava bebendo. A tosse chamou a atenção de Kara e Alex que passaram a observar a cena um tanto engraçada:
 

Lena batia fortemente nas costa da amiga e abanava o rosto vermelho da mesma com uma bandeja. Minutos depois, Sam tranquilizava a respiração e bebia um copo de água que um garoto havia colocado na mesa.
 

- Sério? – Perguntou estática.
 

- Posso ter olhado por poucos segundos, mas eu jamais esqueceria aqueles azuis. Tão único e límpido.
 

- Único? – Sam zombou, mas Lena não percebeu e continuou seu monólogo.
 

- É como se toda vez que nos olhamos, podíamos ler a alma uma da outra.
 

- A gente não devia respeitar o relacionamento alheio, Luthor?
 

- Uma pena. – Lena usou as palavras que a amiga havia dito outro dia.
 
 

- Vai falar com ela. – Sam incentivou.
 

- Ela nem deve se lembrar de mim.
 

Sua amiga ia retrucar, mas o sinal tocou indicando o fim do intervalo. Lena deu o assunto por encerrado e saiu do refeitório para suas aulas.
 

E assim seguiu sua semana. Trocava olhares com Kara, porém nunca tinha coragem o suficiente para se aproximar.

(...)
 
 
 
 

1 mês atrás – Nova York
 

Segunda feira havia chegado e com ela um clima de melancolia trazido pelo tempo nublado. Sentindo a agonia da filha do céus, as nuvens choravam gradativamente deixando rastros de gotículas nas janelas de casas e carros.
 

Kara estava de pé em frente ao espelho e encarava seu reflexo com um olhar vago quando sua mãe entrou procurando pela mesma. Relutante, a mais velha chegou perto tocando seu ombro gentilmente, logo retirando a mão ao sentir um pequeno choque.
 

- Desculpe mamãe. – Kara se afastou indo em direção a cama. – Não estou fazendo por querer.
 

- O que está acontecendo? – Perguntou notando o comportamento diferente da filha, além dos fios cinzas rebeldes estarem mais espalhados.
 

- Fui ensinada a confia em meus instintos e eles me dizem que irá acontecer algo. Não sei onde e nem quando. – Bufou frustrada.
 

- Acho que você está com a cabeça cheia pela semana de provas a vir.