Dono do morro

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Mariana narrando

Entro no meu escritório sendo seguida por Victor, o mesmo fecha a porta enquanto eu tiro o meu casaco e me sento na cadeira, Victor estava inquieto conseguia observar isso pelo facto dos seus pés não conseguirem ficar quietos um segundo.

Mariana: O que aconteceu Victor? - coloco as mãos em cima da mesa e o olho dando permissão para o mesmo se sentar

Victor: Pela informação que um dos nossos descobriu o dono da Bratva não gostou da maneira que você falou com ele no último baile, pelo que entendemos ele vai organizar um ataque 

Mariana: Já sabem que tipo de ataque vai ser esse? - mexo em alguns papéis que estavam na mesa

Victor: Ainda não conseguimos descobrir isso, ele andou observando a sua vida nesses dias então provavelmente ele sabe muita coisa, todo o cuidado é pouco

Mariana: O meu tio está sabendo dessa informação? - paro de mexer na papelada e o olho 

Victor: Ainda não menina, você foi a primeira

Mariana: Ótimo. Quero uma reunião ainda hoje com o meu tio, o Rodrigo e o André 

André era um dos que trabalha ao lado de Rodrigo, ambos eram capo. 

Victor: Certo, irei informar, precisa de mais alguma coisa? - pergunta

Mariana: Diga que a reunião é de urgência, já sabe como o André é - dou um sorriso de lado

Ele apenas assente e sai da sala me deixando sozinha, eu sabia que o que tinha rolado no baile não ia passar despercebido especialmente para aquele ogro da Bratva, e o facto de ele me ter observado estes dias pode mudar muita coisa sobre o ataque. 

Passagem de tempo

Eram agora umas 15:36 da tarde, depois de ter tratado de toda a papelada que estava em cima de mesa comecei a pensar nas possibilidades de ataque que a máfia inimiga podia fazer. Coloco as mãos na cabeça numa tentativa de arranjar energia para mais umas horas de trabalho, eu sabia que as coisas não seriam fáceis, ser chefe de uma máfia não é de todo uma coisa fácil mas eu tinha de o fazer, por eles. Levanto a cabeça e olho para o porta retrato que tinha do meu lado, eles ainda tinham tanto para viver, era o meu pai que devia de estar nesta cadeira, não eu ou qualquer outra pessoa mas sim ele.

Tio Arthur: Podemos entrar? - bate na porta e abre um pouco

Mariana: Claro - levanto da cabeça e dou um sorriso cansado - Penso que ainda não sabem o motivo de estarmos aqui - volto a falar depois de todos estarem sentados

Rodrigo: Aconteceu alguma coisa grave? 

Mariana: No baile passado tive o primeiro contacto com o chefe da Bratva, e pelo que sei ele não gostou muito da maneira que eu não tive medo dele - dou um sorriso de lado - Victor me falou hoje que ele está a organizar um ataque, não sabemos para quando nem sabemos onde irá acontecer, o que sabemos é que ele observou a minha vida nos últimos dias e que muito provavelmente o ataque irá ser baseado nisso. 

André: Você acha que ele pode ter descoberto muita coisa? Quer dizer você raramente anda sozinha na rua, os seguranças certamente deviam ter observado algo de estranho

Rodrigo: William sabe muito bem como mandar alguém obter informações sem essa pessoa ser vista, não me admira que os nossos seguranças não tenham reparado nada, aliás eles estão focados na proteção dela e não focados nas pessoas em geral

Tio Arthur: O que acha que ele pode ter descoberto?

Mariana: Não sabemos se é algo relacionado com a máfia ou com a minha vida pessoal - me levanto - o que sabemos é que esse merdas conseguiu alguma informação que não devia