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TONY

Quando chegamos no Hospital, me senti em um desafio tentando atender os pedidos de Pepper.

"Seja normal." "Não faça escândalo." "Lembre-se de que foi educado para respeitar as pessoas." E blábláblá.

"Boa noite, minha namorada está em trabalho de parto e está sentindo muitas dores." Falei gentilmente. "Dr. Jessie já está sob aviso que estamos aqui."

Uma senhora baixinha e com os cabelos já brancos sorriu simpática para nós.

"Tudo bem. Vamos levar ela para dentro e você preenche a papelada enquanto isso, ok?"

Ela falava com toda calma do mundo, provavelmente notando meu nervosismo.

"Mas eu quero ver minha filha nascendo." Falei e ela assentiu.

"E você vai. Mas precisamos fazer alguns exames, arrumar ela para o parto e etc." Ela me explicou.

Me vendo relutante, Pepper beijou meu rosto.

"A gente se vê daqui a pouco." Ela disse baixinho.

Então, eu aceitei ficar.

Assisti Pepper ser colocada em uma cadeira de rodas e se contorcer um pouco, reprimindo qualquer que fosse o gemido de dor. Me senti angustiado por ver Pepper sofrendo daquela forma. Tudo que eu queria era poder tirar aquela dor dela.

Eu nunca havia feito uma letra tão feia igual estava naqueles papéis. Mas a enfermeira havia jurado que estava legível então não me preocupei em refazer.

Liguei para nossos amigos e familiares, avisando que agora sim, Morgan poderia nascer nas próximas horas.

°°°

3 horas e meia haviam se passado, e Natasha, Steve, Rhodes, Scott e Hope já estavam na sala de espera junta à mim.

Eu havia recebido poucas notícias de Pepper neste meio tempo. Mas ela estava bem.

"É normal demorar assim?" Perguntei a Hope.

"Sim. A dilatação pode demorar de 2 até 3 horas, mas depende muito." Ela explicou. "Mas a enfermeira já não veio dizer que já está com mais de 6?"

Assenti.

"Então, vamos continuar na espera."

"Cara, fica frio. Elas estão bem." Steve passou a mão nas minhas costas.

"Assim espero."

"Sr. Stark?" Me levantei imediatamente quando ouvi meu nome.

"Sim?"

"Me acompanhe." Ela pediu e assim eu fiz.

Caminhamos por um corredor que parecia não ter fim até chegarmos num pequeno quarto, onde havia roupas cirúrgicas e uma pia.

A enfermeira me explicou o que eu havia de fazer  e que eu logo veria Pepper.

Quando a mesma enfermeira voltou, ela me levou até o quarto onde eu já podia ouvir gemidos de dor de Pepper.

"Oi.." Falei extremamente baixo quando me aproximei dela.

Pepper apenas segurou minha mão e continuou a se contorcer na cama.

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