— E porquê a senhora casou?

Graças a Deus Antonella, a menina da minha turma, não é assim.

— Porquê as pessoas mudam, pelo menos quando escolhem isso, e o seu pai me mostrou sua pior e melhor versão, e adivinha qual ganhou? Ele faria de tudo por mim, e por você.

— Então, como é estar apaixonado? É tipo dar docinhos?

— Não querido, ah! — ela me olha toda sorridente — Então esses canapés tem uma destinatária?

— Não sei — cruzo os braços.

— Que rapazinho estressado — ela me puxa para o seu colo — Amar alguém Magnus é quando você percebe que não consegue viver mais sem aquela pessoa, quando você ver a pior e a melhor versão dela e mesmo assim decide ficar, quando você sente seu coração transbordar de felicidade só por vê-la feliz, quando você nota que de alguma forma a sua vida se transformaria em um grande mar de cinzas por ver aquela pessoa partir. E por fim, amar é saber que você entregou o seu coração para a pessoa certa.

— Então eu não estou apaixonado? — ela aperta minhas bochechas.

— Não, você está encantado meu pequeno gatinho de olhos oceânicos, agora posso comer? — ela aponta para a bandeja com uma fornada de canapés já assados.

— Pode — Antonella não era a garota que os merecia.

Ri de minhas memórias enquanto subia as escadas ao quarto. Quem compara canapés a sentimentos humanos?

Se bem que mesmo minha mãe me dando detalhes do que seria estar apaixonado, eu nunca havia lhe entendido muito bem... até agora. É bem mais simples fazer um prato surpresa para o crítico mais exigente do estado do que lidar com sentimentos. Você se confunde, deixa de entender o que é certo e errado, ultrapassa seus limites, e ainda assim vai se sentir incrivelmente bem.

Como se fosse aquele tempero especial no seu molho.

— Só eu para pensar nessas coisas — sorri e abri a porta do quarto.

Corine estava sentada próxima a janela com o celular apoiado sobre a coxa. Eu havia lhe entregado, ela poderia querer saber como a família está, por mais que só sejam dois dias, ela é extremamente apegada à família e aos amigos.

Ela entendia o motivo de ser castigada, e não se impõe quando faço. Porém como era de se esperar da mulher a minha frente, odiava ser restringida, que eu negasse o seu prazer, e transformasse sua diversão em dor e tortura.

— Terminou a ligação? — questionei apesar de ser óbvio.

Seus olhos escuros pararam em mim, e seu olhar desceu, me analisando até chegar aos meus olhos. Sua sobrancelha se ergueu e previ tempestade.

— O que está aprontando?

— Desde quando sou homem de aprontar? — umedeci os lábios caminhando em sua direção.

— Seus seguranças foram embora, vi eles saindo, as luzes lá fora estão apagadas. E você está com uma animação suspeita.

— Já pensou em trabalhar com o FBI? — a provoco.

— Seria mandada embora na metade do primeiro dia, quando eles notassem o desastre que sou. Então?

Parei próximo a ela, seu rosto próximo ao meu abdômen. Toquei sua pele macia e acariciei seu queixo, antes de erguê-lo de forma cautelosa, até possuir toda sua atenção em mim.

Clímax - Duologia Donas Do Prazer (Livro |)Where stories live. Discover now