Capítulo - 33 -Ele é meu herói

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"O que você quer dizer com isso, Carol?

"Isso, mesmo. Pra mim chega, eu não faço nada mais que foder com a vida das pessoas que gostam de mim, adeus Rick!

A voz dela era de alguém que estava transtornado e tossiu várias vezes enquanto falava comigo. Tentei segurá-la na linha, porém ela desligou o telefone. Eu tinha que ir até ela, deduzi que deveria procurar na casa dela. Entrei no meu  carro e pra lá fui. Parei diante da residência que havia passado tantos dias ao seu lado. Chamei no portão, mas sem resposta. Porém senti que tinha cheiro de fumaça. A vizinha dona Marcelina ao me ver gritar ao portão, saiu para ter comigo.

"Senhor Rick, o que houve com as gurias? Carol voltou sem Daniele e está agindo tão estranha, eu a vi apenas uma vez depois dela pegar as chaves de minha mão?

Eu disse que não sabia e logo que me aproximei da entrada da casa de Carol, percebi que havia algo de errado acontecendo.

Eu o portão e cheguei na entrada da casa, a porta estava trancada, mas pude sentir o cheiro de fumaça e som de coisas queimando, então gritei para a vizinha:

"Dona Marcelina por favor liga para os bombeiros."

A senhorinha disse que ia ligar do seu telefone, depois entrou em sua casa, mas eu não podia esperar a chegada dos bombeiros. Comecei a chutar a porta com toda minha força até que consegui arrombar. Entrei no recinto, o sofá e as cortinas da sala estavam em chamas, mas, não havia fogo na cozinha, entrei nela e me inspirei para ver se sentia cheiro de gás, não senti. Então abri as janelas para a fumaça sair, mas ainda tinha que chegar até o quarto onde deduzi que ela estava. Eu tinha que passar pelo fogo. No bebedouro na cozinha tinha um galão d'água quase cheio o levantei e deixei a água cair sobre meu corpo encharcado minha roupa. A porta do quarto também estava trancada, mas não era tão resistente quanto a porta principal, julguei que poderia derrubá-la com um único impacto. Então tomei impulso e avancei sobre ela. A porta cedeu com o impacto e vi Carol deitada em sua cama. Ela não havia colocado fogo na cama, mas em um monte de roupas de seu ex-namorado e deixado queimando em volta do leito. Deduzi que ela esperava morrer por asfixia antes de ter o corpo consumido pelas chamas. Ela tossiu e me fez sentir aliviado. Tirei meu sobretudo e envolvi no corpo dela. A peguei nos meus braços e levei para o lado de fora.

Eu tinha noção de primeiros socorros então fiz massagem sobre seu peito e para minha alegria logo ela começou a responder aos estímulos.

Ela tossiu bastante e arregalou os olhos para mim. Senti que estava embriagada. Talvez tivesse ingerido álcool para ter coragem de fazer aquilo ou para perder os sentidos mais rápidos. Porém o que me inspirou foi ver que ela respirava. Logo chegou uma equipe do corpo de bombeiros e também uma ambulância. Os socorristas a examinaram e disseram que ela parecia estar bem, mas precisavam levá-la ao pronto socorro de Curitiba para fazer exames médicos e ficar de observação.

Eu acompanhei a ambulância até o hospital de Curitiba. Ela foi atendida por um médico residente. Ele fez alguns exames, depois mandou levá-la para uma enfermaria da ala de observação. Eu fiquei aguardando em um setor reservado aos acompanhantes, até que ouvi a voz dela. Estava discutindo com uma enfermeira. Eu não resisti e invadi a enfermaria. Ela estava deitada em uma cama, já com um avental do hospital, eu me aproximei para falar com ela. Quando me viu e me disse:

"Como você apareceu tão rápido?"

"Eu estava perto de sua casa."

"Precisava ter ido até lá?"

"Você me ligou!"

"Droga, eu pensei que você já estivesse em São Paulo. Não imaginei que estava me seguindo."

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