Me ama, me beija!

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Os dias foram se passando e cada vez que Zapata falava com Patterson ela sentia algo estranho, algumas vezes elas iam juntas para cirurgias mais depois que acabavam quase não se falavam o resto do dia, Jane sempre alertando e aconselhando Tasha para fazer algo ou tentar encontrar alguém novo. Mais ela sempre voltava a falar da loira.

Tasha Zapata

Saio de uma cirurgia com Torres e tiro a minha touca, ainda bem que deu tudo certo. Vou pro balcão e dou o prontuário para enfermeira alí, coloco a mão na cabeça respirando fundo, vejo a loira se aproximar com o pijama cirúrgico e um prontuário, ela escreve algumas coisas e dá ele para a enfermeira também.

- Cirurgia difícil? - Patterson pergunta.

- Não muito, só cansada. - Dou um sorriso fraco.

- Entendi. Vai descansar nos túneis ou na sala de sobreaviso. - Ela também sorri.

Minha relação com ela desde aquele dia tá um pouco estranha mais tô tentando retomar a normalidade entre a gente, sorrio e me viro para ir para as macas dos túneis. Ouço um barulho e vejo um carro quebrar as portas da emergência e vir pra dentro do hospital, eu não consigo me mexer, só sinto alguém me empurrar pro lado caindo no chão não estando mais na frente do carro. Esses alguém protege a minha cabeça com as mãos e já presumo quem seja.

- Você tá bem?? - Vejo que se trata da Patterson, ela toda preocupada encima de mim no chão.

- Tô... Tô sim, valeu por me salvar! - Falo em choque ainda com as mãos nos bíceps dela.

- Vem, levanta. - Ela me ajuda.

Respiro fundo assustada ainda e vou ajudar o motorista do carro. O cara acabou por quebrar a perna em dois lugares e o braço direito, eu e Torres fomos e fizemos a cirurgia de horas.
Saio exausta da sala e ando pelo corredor, vejo a loira vindo e por algum motivo eu entro no armazém me escondendo dela por algum motivo. Acho que não consigo a olhar senão eu vou acabar soltando. Depois que ela me salvou senti algo e eu não nosso falar pra ela, ela tem namorada! Droga!

Me encosto na prateleira ali e suspiro, eu não posso dizer nada pra ela, mais ainda gosto dela, isso é horrível. Isso é feio, que merda, eu sou uma pessoa horrível. Começo pensar e me culpar por isso e pensar que não posso falar pra ela, isso é errado, a namorada dela não merece isso. Por que eu sou assim?? Por que me apaixono por quem que não me quer mais?

- Que droga, Tasha! Eu me odeio! - Passo as mãos pelo rosto.

Depois de um tempo saio de lá e vou me trocar pra ir embora, vou pra o elevador e fico no fundo com uma bela cara de bunda, vejo a loira entrando e dou um sorriso de leve.

- Já tá com sono? - Patterson pergunta.

- Não. Tô cansada mais vou ir beber um pouco.

- Entendi. Eu iria com você mais vou ter que falar com a Laura. - Fala meio triste.

- Vocês tão bem? - Me arrependo um pouco depois de perguntar.

- Mais ou menos, estamos brigando muito e estamos distantes.

- Sinto muito. Vocês vão se resolver. Eu espero.

- Eu não acho... Estamos brigando e distantes e agora ela tá me ignorando, estou indo pra casa dela. Pra tentar resolver tudo.

- Vai ficar tudo bem. - Coloco a mão no ombro dela.

- Sim. Obrigada. - Vejo a loira sorrir de leve.

Saímos do elevador indo pra diferentes direções. Vou para o bar e sento no banco perto do balcão, peço um copo de whisky com gelo, o bebo com uma golada só.

[...]

Já é de tarde, acho 22:30 da noite e saio cambaleando bêbada, minha visão estando bem tonta e tudo se mexia, ando toda tonta e animada pela bebida. Começo andar pra alguma direção sem lembrar pra onde eu tô indo.

Patterson

Depois de chegar em casa extremamente triste com as palavras que Laura me disse, ela gritou e brigou comigo dizendo que ainda estou apaixonada pela minha ex, Laura gritou e terminou comigo, eu estou realmente triste por que eu realmente gostei dela e estava pensando em chama-la para morar comigo, sento no balcão perto do balcão da cozinha e bebo um copo de whisky, sei que isso não vai fazer a gente voltar mais eu quando acontece uma coisas assim a bebida ajuda.

Depois de um tempo onde eu fico me perguntando mentalmente o que eu fiz para Laura querer e brigar terminar comigo. Ouço a campanhia da minha casa tocar e me levanto estranhando quem é. Abro e me surpreendo.

- Tasha? O que cê tá fazendo aqui? - Observo o estado dela, escorada na porta e sorrindo muito animada pro meu gosto.

- William... William... Eu tenho algo pra te dizer... - Coloca a mão no meu peitoral.

- Entra, você tá bêbada. Eu não vou acreditar no que você dizer, está completamente bêbada. - A puxo pra dentro de casa com a mão na cintura dela.

- Uhh, você já sabe. E sabe que gosta de me ter, pegando desse jeito na minha cintura. Já tá ligada... - Diz ela toda embolada sorrindo boba.

A sento no sofá e vou pra cozinha pegar água e remédio pra dor de cabeça.

- Toma, você precisa de água.

- Você não entende! Eu te amo! Eu ainda tô muito apaixonada pro você! Me ama, me beija. - Ela chega mais perto segurando a gola da minha camisa social.

Fico em choque e sem saber o que fazer muito bem, conforme ela vem se aproximando eu venho pra trás, não posso beijar ela, ela tá bêbada, não quero estragar tudo, eu...

Antes dela realmente me beijar a vejo baixar a cabeça e vomitar na sua perna, fico com nojo mais a ajudo levantar e ir pro banheiro se limpar, deixo ela lá dentro e a ouço vomitar no vaso, prefiro não entrar. Depois de minutos ouço o chuveiro ligando, deixo uma roupa minha na cama e volto pra sala, pego o remédio e a água, deixo do lado da cama e me sento na beirada da mesma esperando ela e pensando muito.

Ela tá bêbada, não dá pra dar ouvidos as palavras de bêbados, que droga! Mais e se ela fingiu pra confessar? Mais ela vomitou, então não tem como ser fingimento. Acabei de terminar um relacionamento, não consigo falar ou fazer algo. Se bem que eu meio que percebi alguns sinais estranhos dela esses dias, e se ela estava querendo mostrar que ainda é mesmo apaixonada por mim?? Ahh, que ódio, ela tá bêbada, Patterson! E para de paranóia!!

Minha mente tá um completo caos, e saio dos meus pensamentos quando ela sai do banheiro ainda cambaleando um pouco. Levanto e vou a ajudar evitando olhar para o seu corpo totalmente nu. Pego as roupas e ajudo ela colocar sem ao menos olhar direito pro seu corpo.

- Você pode dormir aqui, eu durmo no sofá. - Arrumo a minha camiseta no corpo dela.

- Não! Você vai sim dormir aqui comigo! - Ela ainda está meio animada e agora a bêbada brava dando piti.

- Ok... Tá bom. E toma a água e o remédio. - A sento na cama.

- Tá bom. - Ela cruza os braços fazendo bico.

- Aqui. Toma. - Destaco o comprimido e dou pra ela.

Tasha bebe e toma até a metade da garrafa de água. Me sento do seu lado e me cubro. Ela me olha brevemente e se deita debaixo das cobertas.

A vejo pegar no sono rapidamente e fico observando ela dormindo serena até eu dormir também depois de muito tempo pensando.

I fight on my knees to love you!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora