𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟒

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— Cara, você salvou minha vida. — Falou olhando para pelúcia. — Melanie tem cinco meses, mas não consegue dormir sem esse treco. Noite passada foi um inferno.

— Percebi, suas olheiras estão visíveis. — Falei sorrindo.

🦕 quebra de tempo

Estava lavando minhas mãos, tivemos mais um grande avanço hoje com os velociraptors. Quando voltei vi o carro da Lisa estacionado ela ainda estava dentro, bati no vidro.

— Entra aí. — Falou, franzi o cenho. — Preciso de você... da sua a-ajuda.

Pressionei os lábios para conter o riso, dei a volta e entrei no carro. Ela estava tensa, fomos até a floresta ela parou o carro e me entregou um mapa. Ele mostrava o parque, de um jeito diferente, e um laboratório atrás. Merda, eu estava certo.

— Ainda tem chances de ser apenas uma brincadeira, mas achei que você deveria me ajudar a procurar. — Lisa disse tensa, balancei a cabeça.

— Vamos nessa, tem mais alguma descoberta? — Ela mordeu o lábio inferior.

— Temo que o senhor Frederic tenha outros motivos para ter me mandado estudar os velociraptors, porque parando para pensar esse motivo é idiota.

— Isso parece algo que eu falei, que estanho. — Ela bateu no meu joelho.

— Se você estiver certo, investigar isso é perigoso. — Alertou-me, sai do carro.

— Está com medo? — Ela jogou o jaleco no carro e trancou, começou a andar.

— Muito, mas isso é maior que eu. — Falou referindo-se a curiosidade. — Você esta com seu celular, né?

— Estou, por que? — Falei, ela me mostrou seu celular.

— Me passa seu número, preciso te mandar a localização do carro. Aí você desliga seu celular para economizar bateria. — Estendi minha mão, ela entregou seu celular e eu digitei meu número.

Começamos a andar pela mata, ela tentava ler o mapa. O problema era que eu estava começando a achar que estamos andando em círculos a mais de quarenta minutos, até que eu desisti e tomei o mapa da sua mão. Segui um caminho diferente e finalmente começamos a ver lugares novos, o grito agudo da Lisa me fez pular de susto.

— Jungkook ah! — Ela correu e pulou no meu colo, cai no chão com ela.

— Lisa, o que você tá fazendo? — Perguntei incrédulo, ela estava agarrada em mim.

— Levanta, acho que tem uma cobra ali. — Choramigou, coloquei o mapa na boca e segurei ela para levantar. — Toma cuidado.

— Atenciosa da sua parte. — Resmunguei carregando ela, alguns minutos depois coloquei ela no chão e respirei fundo. — Precisava pular do nada no meu colo?

— Foi impulso. — Sussurrou, revirei os olhos e limpei minhas calças. — Desculpa e obrigada.

— Já te disseram que você é péssima em olhar mapa? Estávamos andando em círculo aquele tempo todo. — Ela me deu língua, soltei uma gargalhada. — Droga, eu tenho que voltar para casa. Não avisei que dormiria aqui, quantas horas?

Ela checou o celular.

— Caramba! Já são cinco horas, mil desculpas eu esqueci do horário. — Ela olhou em volta, bati o mapa levemente contra sua cabeça.

— Você não vai parar agora, não é?

— Não posso, ainda mais agora que finalmente acertamos o caminho. — Ela tomou o mapa da minha mão e checou, sentei-me no tronco de árvore. — Pode ir, eu continuo sozinha.

— Mas nem fodendo, você vai se perder sozinha e eu estou curioso também. — Tomei o mapa da sua mão e comecei a caminhar, ela correu para me alcançar.

— Você não tem nenhum compromisso, porque acho que isso vai demorar. Ou tem? — Indagou, encontramos uma placa coberta por mato.

Bom, eu tinha.

— Não, tô livre. Só preciso de um lugar pra dormir. — Tiramos o mato da placa, meu coração acelerou e a Lisa paralisou.

Laboratório de pesquisas B3, era o que estava escrito. O que era mais assustador era a marca de arranhão nele, Lisa apertou meu braço. Olhamos para o lado e conseguimos avistar uma construção abandonada, Lisa estava ainda mais tensa. Peguei na sua mão, ela me olhou com seus olhos grandes.

— Tem certeza? — Perguntou com a voz trêmula.

— Vamos, fique atrás de mim. — Ela revirou os olhos, porém obedeceu. Nós aproximamos cautelosos do edifício destruído, ele estava completamente abandonado e coberto por mato.

As plantas pareciam que engoliram o lugar durante o tempo, mais uma placa. Só que essa estava totalmente destruída e ilegível, continuamos andando. Quando finalmente chegamos no edifício a entrada estava interditada, após rodear o local achamos um fresta e entramos por lá.

O local estava em um completo breu, Lisa me abraçou trêmula. Ela pegou o celular e ligou a lanterna, o local estava uma zona. Tinha papel espalhado para todo lado é como se tivesse dado algo errado e tiveram que evacuar, Lisa foi até a prateleira e começou a procurar documentos.

— Vou ligar meu celular. — Falei baixinho, peguei meu celular e liguei ajudando a procurar. — O que exatamente estamos procurando?

— Não faço ideia. — Respondeu-me, um barulho alto despertou nossa atenção. Lisa correu e me abraçou. — Que merda foi essa?

— Shh! — Escutamos passos, peguei o braço da Lisa e nós escondemos de baixo da mesa. Desligamos a lanterna, os passos se aproximaram junto deles vozes masculinas.

— Esse local é uma completa zona! — Exclamou um deles, Lisa se remexeu. — Coloquei uma das minhas cientistas para estudar aqueles vermes.

— Você acha que ela pode desconfiar das suas intenções? — Indagou o outro, cerrei o punho.

— Não, ela é sonsa. — Falou gargalhando, Lisa apertou minha mão. — Coloquei ela para trabalhar com um idiota, ela vai apenas fazer o que lhe foi mandado e vai acabar nós ajudando sem perceber.

— Seu motivo para transferi-lá foi tão fútil, ela deve ser realmente uma tola. — Concordou o outro, eles se afastaram. Escutei Lisa fungar, puxei seu braço e tirei-a dali.

Quando estávamos longe ela parou e caiu no chão começando a chorar, ajoelhei e a abracei.

— Você não é tola e muito menos sonsa, esses merdas não sabem nada. — Ela passou os braços pelo meu ombros, peguei-a no colo. — Vamos voltar para o carro, depois voltamos aqui.

𝐏𝐚𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐃𝐨𝐬 𝐃𝐢𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚𝐮𝐫𝐨𝐬 | LS + JKOnde histórias criam vida. Descubra agora