Azriel - vinte e seis

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Abro os olhos levemente, piscando algumas vezes tentando me acostumar com a claridade que insistentemente bate em meu rosto, eu havia esquecido de fechar a cortina de novo.

Eu ia me levantar para fechar a bendita da cortina mas paro assim que sinto o peso sobre o meu braço direito, olho para o lado e dou um sorriso no mesmo instante.

Minha linda namorada estava dormindo tranquilamente ao meu lado, meu braço estava metade debaixo dela, acho que inicialmente ela estava dormindo abraçada comigo, e em alguma hora ela rolou para o lado.

Puxo meu braço com cuidado para não acorda-la e me viro ficando de frente para ela, eu fico a olhando dormir. Seus lindos cabelos laranjas avermelhados espalhados pelo lençol da cama, suas sardas se evidenciando em seu rosto.

Eu não desgrudava dela, nem por um segundo, só queria ficar perto dela, eu ficava horas deitado em suas pernas e ela ficava apenas acariciando meus cabelos no sofá da sala.

Fazia uma semana que eu havia recebido alta e tinha voltado para casa, e tanto ela quanto meus irmãos estavam super cuidadosos comigo, e eu entendia completamente todo o cuidado deles, eles ficaram um mês inteiro sem saber se eu estava vivo, então eu apenas deixava eles cuidarem de mim.

Gwyn não havia voltado para seu apartamento, nem eu e nem ela queríamos ficar longe um do outro, e mesmo se ela voltasse pra lá, eu iria junto, e Cass e Rhys provavelmente iriam juntos também, já que eles disseram que ela não iria a lugar algum com nosso bebê, que segundo os dois, também era deles, então decidimos ficar aqui em casa.

As coisas dela já estavam todas aqui em meu quarto, em nosso quarto, Rhys havia providenciado um guarda roupa maior para nós, já que Gwyn possuía muito mais coisas agora.

E mesmo eu dizendo a eles que eu estou bem, eles ainda estão sempre preocupados, de meia em meia hora, Cass ou Rhys me ligam perguntando se eu estou bem, se eu estou precisando de alguma coisa.

E Gwyn, ela não me deixa fazer nada, mesmo eu insistindo para ajuda-la as vezes a fazer o jantar ou lavar a louça, ela não deixa, e eu sempre sorrio de como ela sempre está preocupada e tendo cuidado comigo, eu fico sempre sentado no sofá que tem na cozinha enquanto ela cozinha, as vezes eu toco pra ela, as vezes eu fico apenas a admirando.

Ela está cada dia mais linda, seus lindos cabelos estão um pouco mais compridos, e sua pele está um pouco mais alva, suas bochechas estão levemente mais redondas, seus quadris estão levemente mais largos também.

Eu sempre ficava encantado com ela, sempre fica fascinado com o quanto ela é linda, e eu não fazia a mínima questão de esconder isso dela, eu sempre fazia questão de dizer a ela o quanto ela é linda, o quanto ela é maravilhosa e perfeita.

E ela sempre corava, como se eu nunca tivesse a elogiado antes, e eu achava simplesmente adorável, como ela ainda corava diante de algo que eu falava.

E as vezes, quase sempre, ou talvez toda hora, eu ficava acariciando sua barriga, sua barriga onde estava sendo gerado nosso bebê, meu filho, meu e dela.

As vezes eu ainda não conseguia acreditar que isso era verdade, que ali, dentro da sua barriga, estava crescendo uma vida, que tinha sido feita a partir de nós dois, uma mistura minha e dela.

As vezes quando ela dormia, eu me via conversando com o bebê, mesmo ele sendo ainda tão pequeno, eu já me sentia o cara mais feliz do mundo, eu já amava nosso bebê mais do que a mim mesmo.

E eu ficava imaginando ele ali com a gente, me imaginava com ele em meus braços enquanto eu o ninava para dormir, ou ajudando Gwyn a dar banho nele.

Intense - GwynrielOnde histórias criam vida. Descubra agora