Capítulo 28: O Príncipe

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     Os últimos sinais do anoitecer se esconderam nas montanhas, anunciando a noite que chegara e tomara o lugar em sua escuridão. Poderia se ouvir apenas os galopes dos cavalos, o farfalhar das seis rodas da carruagem negra e o sacolejar das rédeas. O menor arregalou os olhos assim que ouviu o que o cocheiro tinha a dizer - arregalou ainda mais -, assim que viu o Duque agarrar a sua bengala e afastar um pouco a cortina com o indicador, para olhar pelo lado de fora.

– baby, eu quero que você fique perto de mim, ok? – pediu Jeong Kuk lentamente, como se quisesse ter a certeza que o menor lhe ouviria e entenderia – está entendendo? – perguntou novamente para ter certeza e Jimin anuiu, afirmando lentamente.

– mas Kuk, quem são eles? – perguntou Jimin mordendo o lábio e franzindo o cenho ansioso.

– são vampiros descontrolados, eles devem estar fazendo emboscadas para atacar os viajantes... – respondeu o moreno sério e se sentou ao lado de Jimin no banco da frente – preciso que me dê um pouco de precisão agora, são quantos? – perguntou para o cocheiro, ouvindo os movimentos do lado de fora com seus sentidos aguçados.

– são no mínimo uns dezenove... – respondeu o cocheiro soando indeciso e confuso – eles estão se misturando e dificultando o reconhecimento, me perdoe a falta de exatidão, vossa graça. – completou o homem e Jeong Kuk deu duas batidinhas no metal, avisando estar tudo bem.

– vamos parar cerca de nove metros, diminua a velocidade aos poucos... – ordenou o moreno e o cocheiro começou a diminuir a velocidade sutilmente.

– vossa graça, tem um tronco no meio do caminho, vou parar em mais ou menos três metros... – avisou o cocheiro e diminuiu a velocidade consideravelmente.

Quando a carruagem parou, o cocheiro pulou de cima da mesma e caminhou até a frente dos cavalos, observando o tronco enorme no meio do caminho, atravessando de um lado ao outro da estrada. Se não fossem vampiros, iriam precisar no mínimo de seis homens humanos para arrastar aquilo, olhou para um lado e para o outro e suspirou.

Eles poderiam ter ficado sem essa...

Pensou o cocheiro, ao se lembrar do Duque na carruagem, só esperando o ataque para dizimar aquelas criaturas sem tato para a sobrevivência, uma pena...

O menor se aproximou um pouco mais do moreno no banco e abraçou o seu braço, olhando para a janela escondida pela cortina escura, antes de se acomodar ainda mais perto do corpo grande de Jeong Kuk. Escutando os piados das aves noturnas e o farfalhar das folhas das árvores com o vento, esse que soprava o vidro da janela, fazendo um assobio, o único som no completo silêncio e então... Bam!

– Ahh! – Jimin gritou abafado ao enfiar o rosto no pescoço de Jeong Kuk.

Um dos vampiros bateu o rosto contra a janela da carruagem de uma vez, e outro pulou em cima da carruagem a sacudindo levemente. Jimin olhou para o teto da carruagem assustado e Jeong Kuk retirou a espada da bainha, era a hora do show. O moreno abriu a porta da carruagem e se afastou um pouco, apenas para chutar o peito do primeiro que apareceu tentando entrar, saiu para fora em seguida e cortou um outro no meio, na facilidade que se corta a água da chuva. Jimin saiu atrás de si olhando em redor um pouco assutado, se recusava a ficar apenas sobre a proteção de Jeong Kuk, também sabia lutar!

O menor se descobriu um pouco mais rápido que os humanos por ser uma Fada, mas mesmo assim, os vampiros eram ainda mais rápidos. Mas com um pouco de concentração a mais, conseguia sentir as pisadas dos vampiros nas plantas rasteiras, em uma espécie de ligação mágica com elas. Então soube quando um deles se aproximava de si e quando se virou na mesma direção das pisadas, lhe apareceu a criatura em sua frente de repente, o fazendo arregalar os olhos assustado.

The Mysterious DukeWhere stories live. Discover now