Capítulo 34 - narração

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   Quando eu volto do banheiro, Kiara está se levantando do sofá

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Quando eu volto do banheiro, Kiara está se levantando do sofá. Ela alonga o corpo e estala o pescoço antes de notar a minha presença. E então abre um sorriso sonolento para mim.

Apesar de realmente termos acordado um pouco mais perto do que estávamos quando fomos dormir, nós não conversamos muito. Eu me tranquei no banheiro para escovar os dentes e tomar um banho gelado antes de que realmente falássemos algo. Basicamente, nossa primeira conversa de hoje foi no grupo com os meninos.

- Oi. Bom dia.

Seus olhos ainda estão consideravelmente pequenos e sua voz um pouco mais arrastada do que o normal. É quase fofo, e eu me odeio por achar isso. Me faz lembrar todas as vezes que ficamos acordados até tarde sem fazer nada além de aproveitar a companhia um do outro.

Droga. Parece que eu nunca vou me livrar dessa dualidade de sentimentos perto dela. Eu travo a mandíbula, me odiando no exato momento que respondo-a só acenando com a cabeça.

Seus olhos param em mim e uma expressão questionadora envolve seu rosto. Ela dura dois segundos antes de ser substituída por algo mais sem paciência. A menina revira as orbes castanhas e faz uma careta.

- Não vai nos fazer voltar do início, não é?

Eu não respondo de início. Muito porque não estou certo da resposta, na verdade. Não quero voltar para o meu momento 'odeio ela mais que tudo', mas também não sei se consigo só ignorar.

Um pouco dos dois, concluo. Se Kiara vai me fazer esperar pela resposta que eu quero, não vou me sentir culpado em torturá-la um pouco também.

Meu silêncio dura o suficiente para que a menina guarde o celular no bolso e se aproxime com a sobrancelha arqueada. Ela para na minha frente com a cabeça levantada para continuar olhando para mim, graças aos bons vinte centímetros que tem a menos que eu.

- Você parecia gostar de eu ter raiva.

Um pouco da sua carranca desmancha para dar espaço a algo mais relaxado.

- Gosto. Mas estamos tão perto do Natal, acho que você pode abrir mão dela por alguns dias. Dependendo do momento, é claro.

Sua expressão agora é mais travessa. E se sua última frase não tivesse sido clara o bastante, ela me faria ter 100% de certeza de que momentos exatamente Kiara se refere. Eu não respondo ao flerte em sua fala, apesar dele me fazer abrir um sorriso de lado.

Invés disso, eu só relaxo minha postura antes de perguntar.

- Então, depois do Natal, posso voltar a sentir raiva?

Kiara assente.

- Sim. E, até lá, aceito seu humor volúvel. Mas... - não consigo evitar revirar os olhos com a implicância. Isso a faz pausar a frase e abrir um sorriso antes de continuar - Mas sem passos para trás. Pelo menos por agora, não temos tempo para isso.

Christmas wishes and Mistletoe kissesWhere stories live. Discover now