Quem eu sou? - Parte I

Começar do início
                                    

- Hermione... – Harry chamou, novamente.

- Harry, eu não estou afim de conversar sobre...

- Droga, eu só quero saber se você tem certeza disso! – Harry questionou, estressado. – Eu também não quero conversar sobre Hogwarts, ok?! Eu já te expliquei meus motivos, você sabe bem... você sabe por que estamos aqui, eu só quero nos ajudar! Eu sei o que aconteceu lá, você não precisa me olhar com essa cara.

Hermione deu as costas, passando a mão no rosto.

- Aparatações são registradas, sempre. – disse ela. – Eu devia ter pensado nisso, mas... como eu imaginaria que eles tem pessoas dentro do ministério?

- E o rastreador? – Ethan questionou, entrando na conversa. – Foi uma das primeiras coisas que recebi quando entrei no país. O rastreador de magia para menores.

- Hermione é maior de idade. – Harry tratou de responder.

- É, mas eu não sou, você é? – Ethan perguntou.

- Não.

- Não acho que foi isso. – Hermione respondeu, ainda olhando para o interior da floresta e não para os dois garotos. – Eu usei todos os feitiços, eu não tenho mais o rastreador... apesar de que...

- O que? – Harry perguntou.

- Bom, não temos certeza de como exatamente o rastreador funciona. – Hermione disse, mordendo o lábio inferior, pensativa. – É, sim, uma dúvida. Se for realmente isso, acredito que descobriremos quando os feitiços de proteção baixarem.

- Ninguém pode nos achar? – perguntou Ethan, tenso.

- Por um curto período de horas, sim. – respondeu ela. – O suficiente para passar a noite. Mas com atenção. Eu realmente não sei o que esperar mais. Essas pessoas tem informantes no ministério...? Que tipo de pessoas podem ser? O objetivo delas não pode ser apenas pegar o Ethan.

- Eu me preocupo com... James e Lily. – Harry quase falou pais, com dificuldade. Se pegou pensando nisso. Sentia falta deles?

- Agora você se preocupa com as pessoas daqui? – Hermione rebateu. – Algumas atrás você estava completamente certo do que estava fazendo, por alguma razão...

- O que você quer de mim?! – Harry se estressou, tentando se sentar para conta-argumentar.

- Alguma explicação lógica? – Hermione pediu, sincera.

- Hermione, você não vê? – Harry perguntou, exausto. – Tudo está se encaixando como nunca antes aconteceu aqui. Ficamos três anos sem nada, perdidos, e então tudo se apresenta. Desde o diário do Harry até a floresta. Eu sinto que eu fui guiado até lá. Hermione... eu tenho sonhos, sensações... é quase como se fosse a coisa com a cicatriz.

Hermione encarou Harry, parecendo se decidir se acreditaria totalmente naquilo por agora ou não.

Repentinamente, ela se abaixou, apanhando algo de uma bolsa. Era o colar que Bane havia entregado a Harry.

- Me agradeça por ter pegado suas coisas e não deixado lá, no chão. – ela arremessou o colar para ele. Harry mais uma vez sentiu aquela vibração esquisita. – Precisamos disso para chegar até lá, não é?

- Ele me disse que tenho que apresentar. – Harry disse, enquanto girava o colar, examinando-o com os olhos. – Vocês não sentem essa vibração, não é?

Hermione e Ethan olharam Harry sem entender bem, o que respondia a pergunta.

- Pois é. – Harry disse, finalmente envolvendo o colar com a mão. – Algo está me levando para o caminho certo. Sinto que não estamos aqui por acaso.

Ampulheta QuebradaOnde histórias criam vida. Descubra agora