Capítulo 41 - Cachoeira (parte dois).

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Connor

No momento em que vi ela na cachoeira meu desejo aumentou a um ponto que eu não sabia que podia chegar. Não podia continuar tão afastado como estava. Queria sentir o cheiro dela, prendê-la no meu colo e queria sentir o seu gosto na minha boca.

A visão que eu estava tendo daquela loba ao lado do reflexo da lua não era sonho, e eu não ia ficar parado só admirando de longe.

Entrei na água e me aproximei cada vez mais dela. Percebi que se encolheu quando fiz isso, mas eu não podia evitar. O cheiro de lírio logo chegou até meu nariz me deixando anestesiado. Podia sentir seus feromônios me envolvendo e era uma tortura não estar junto ao corpo dela. Lambendo cada centímetro. Sentia meu pau doer com a imagem. Sua pele brilhava com a água e eu não conseguia parar de encarar aquela beleza.

- Oh, está quente. - Ela disse encostada na pedra. Tinha se afastado de mim e nadado até lá me deixando angustiado.

Por favor, não pense em me rejeitar Celine.

Eu pude ver sua defesa ceder naquele momento. Me aproximei e apoiei minha mão ao lado da dela. Já não ia mais conseguir me controlar como disse que faria.

Vai com calma. Era isso que eu repetia na minha cabeça. Principalmente para o meu lobo. Se não, nós dois sucumbiríamos à necessidade de puxá-la e devorá-la ali mesmo.

- Está sim. - Respondi, mal conseguindo pôr força na voz. O cheiro dela estava me tirando os sentidos.

Segurei sua mão pequena e inspirei seu cheiro doce ao me aproximar. Virei ela devagar e olhei em seus olhos dourados. Eu conseguia ver o desejo neles. Eu conseguia ver o jeito que ela encarava meu corpo sempre que eu tentava tirar uma casquinha. E isso me intoxicava cada vez mais.

- Devia aprender a disfarçar um pouco melhor o jeito que olha para mim. - Sorri ao ver seu rosto ficar vermelho.

Meu lobo mandava eu tomar sua boca imediatamente, mas eu queria ir devagar, senti-la plenamente, e explorá-la com calma.

Levei minha mão até seu queixo e levantei seu rosto. Queria sentir o toque quente e o gosto da pele dela, lamber e puxar o lóbulo da sua orelha, morder seu maxilar perfeito e repetir o processo todo nos seus lábios.

As imagens apareciam na minha cabeça enquanto me aproximava devagar, ainda olhando nos olhos dela. Podia ver que Celine não me impediria de se aproximar, então consumei o simples ato tocando meu nariz na sua pele quente, sentindo seus feromônios me instigando, até que o instinto de mordê-la me tomou. Eu queria mordê-la de verdade. Sentir o gosto do seu sangue ardente, deixar minha marca e mostrar que era minha, mas não podia fazer isso ainda. Então meus dentes acabaram por pressionar levemente sua pele, deixando um beijo sutil em seguida.

Eu fiquei tão frustrado que poderia morrer... mas ao mesmo tempo eu estava tão excitado que não conseguia decidir entre os dois sentimentos.

Lambi meus lábios e senti o gosto doce dela. Isso me acendeu mais do que eu imaginava. Queria mais. Queria mais dela. Passei a língua no seu pescoço e senti sua pele macia se arrepiar com o toque. Eu estava me perdendo cada vez mais no desejo e não conseguia sair disso.

Ouvi seu gemido e puxei ela para mais perto até nossos corpos se colarem. Murmurei tão baixo que quase não havia som.

Nós estávamos nos envolvendo cada vez mais e agora seu corpo já não estava mais encolhido debaixo d'água. Me afastei só para olhar pra ela. Seus olhos estavam entreabertos, suas bochechas coradas, e agora, eu podia ver os seus seios.

Ah Celine... Você acabou tão rápido comigo... Vê-la colada ao meu corpo me tirava toda a razão.

Eu queria ela. Queria ela ao meu lado. Acariciei seu rosto e conectei nossos olhos novamente. Tentando ao máximo transmitir isso a ela.

A LUA, O CAOS E A LIBERDADE [+18]Where stories live. Discover now