Parte 7 | Karin Uzumaki

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Sasuke tem uma visão equivocada de mim. Eu não sou corajosa, não sou 100% centrada e insensível. Caminhando para o escritório de Naruto, sentia minhas mãos tremerem de nervoso.

Fazia anos desde olhei para a cara dele, dos meus tios ou de Nagato. A última vez que nos vimos Naruto ainda morava no Japão e eu tive uma briga feia com nossa família.

Penso que meus tios, principalmente Kushina, não vão me perdoar, talvez Naruto ainda pare e me escute, talvez até aceite ir ao meu casamento e finja entender toda a situação de 15 anos atrás. Essa é toda a expectativa que tenho em relação à conversa que vou ter com ele hoje.

Cruzo os braços ao entrar no prédio de sua empresa, escondendo os tremores e o suor as palmas das mãos. No elevador, tento controlar a respiração.

Quando entrei Anne já estava sentada à mesa na frente do escritório de Naruto, concentrada em algo no computador.

— Boa tarde, Anne. — Ela levanta os olhos da tela e sorri para mim.

— Boa tarde, Karin, sinto muito, mas o Sr. Uzumaki ainda não chegou.

— No estado em que o Sasuke apareceu no escritório, é natural que se atrase — Anne tenta conter o risinho, era bem provável que soubesse o que os dois aprontaram na hora que passaram juntos trancados na sala de Naruto.

— Sr. Uzumaki me expulsou da sala quando o Sr. Uchiha chegou, não conte para ele, mas parecia uma esposa ciumenta. — Eu gargalho, imagino que Sasuke tenha rido alto da situação, pelo menos por fora, porque do jeito que o moreno anda emocionalmente, imagino que Naruto sentindo ciúme fez seu dia.

Ficamos um tempo conversando sobre o que sabíamos sobre essa estranha e — não tão nova — relação dos dois, Anne não parecia saber de muita coisa, pelo visto eles conseguiram ficar juntos todos esses anos sem que nem mesmo a secretária de Naruto suspeitasse da relação mais que profissional dos dois homens, a menina só foi juntar todas as peças recentemente, quando percebeu o ciúme descarado do loiro e o fato do moreno não ter estranhado a sua reação.

Rio sozinha, mesmo que eles não se declarem ou se assumam, do jeito que estão cuidadosos atualmente, o país inteiro vai ficar sabendo dos seus encontros até o fim de semana.

Enquanto conversávamos Naruto chegou, pelo que Anne me disse ele saiu para almoçar em casa pela primeira vez em tempos. Apesar de ter um apartamento próprio, Naruto passa mais tempo na casa dos pais, Anne disse que ele prefere a ficar sozinho, que gosta de chegar em casa — mesmo que ele mal faça isso — e ter alguém lá para recebe-lo.

Meu primo tentava esconder as marcas que Sasuke fez em sua pele de manhã com uma blusa de gola alta, mas elas eram tantas e subiam tão alto que seus esforços não valiam de nada.

Sasuke pode planejar tomar a empresa de Naruto, mas amanhã o moreno está ferrado.

Naruto, mesmo depois de 10 anos, parecia o mesmo. Os olhos ainda brilhavam como duas pedras preciosas, o cabelo ainda estranhamente loiro, ele só parecia mais cansado, como se carregasse um peso nas costas que acaba com seu sono.

Quando me olha, sorri.

— Quanto tempo, Karin.

É, tempo demais.

Nos encaramos por poucos segundos, então, com um sorriso cansado, mas aparentemente feliz, ele me convida a sentar. Inconscientemente minha perna começa a tremer.

— Por que está tão nervosa?

— Por conta do que tenho para te falar hoje.

— O que quer que tenha para falar, não explica tamanho nervosismo, parece até que está com medo do seu próprio irmão.

Homens de Negócio [em revisão]Where stories live. Discover now