Olá, aqui está o meu presentinho para uma pessoinha muito especial que tive o enorme prazer de conhecer esse ano.
É ótimo ter você no timeda Embaixada e tenho um grande prazer em trabalhar com você, amo nossos papos e fofocas, você é maravilhosa! E...
Depois de sentir o corpo ser puxado e repuxado para todos os lados e uma forte dor de barriga, eles foram cuspidos por uma estátua de gato de um metro e meio de altura, com o fucinho cumprido e língua molhada demais para uma estatua - ainda que mágica.
O gato era de porcelana, mexeu as orelhas, eriçando o rabo quando Hermione estendeu a mão para fazer carinho. Rony resmungou algo no ouvido de Jorge, que ria, distraído, do jeito que Fred tinha aterrissado.
Hermione encolheu a mão quando os olhos do gato se iluminaram, de repente, ele deixou um miado contente escapar antes de se deitar, as expressões e articulações se petrificado como se fosse uma estátua trouxa qualquer, e não uma enfeitiçada.
— Onde estamos? — Camila olhava ao redor com uma careta enrugada, mas ansiedade corroía suas veias.
Lauren sorriu, como se estivesse esperando por aquela pergunta.
Havia dezenas de prateleiras, todas abarrotadas com itens valiosos e colecionáveis de diversos tamanhos e formatos. Relógios de pulso, brincos e colares expostos em vitrais coloridos e gargantilhas com pedrinhas brilhantes penduradas em pescoços falsos revestidos de veludo preto. Pedrarias enfileiradas e etiquetas de preço com muitos zeros ofuscavam toda a atenção.
Harry e os outros agacharam-se atrás de uma longa estante de madeira. Camila sentiu algo ao redor do pulso e logo uma força a puxou para baixo. Os olhos verdes de Lauren era tudo o que ela via. Eram como esmeraldas, radiantes e hipnotizantes. Camila não quis desviar, poderia ficar admirando aqueles olhos por horas e horas, mas foi preciso.
Passos curtos batendo contra o piso ressoavam alto pelo estabelecimento. Uma corrente de ar fria acompanhou o retinir do sino e vozes substiuiram o silêncio.
Lauren esticou a cabeça para um lado enquanto Harry fiscalizava o outro corredor de prateleiras. Um pontinho verde enrrudago fazia negociações de trás do balcão. Orelhas pontudas balançavam e o duende completou a venda resmungando em alto e bom som "Época maldita! Não tenho um minuto de paz! Só trabalho! Trabalho".
Lauren se esquivou a tempo de não ser vista. Atrás dela, ecolhidos, Fred e Jorge tentavam segurar a risada.
— Esse daí não gosta muito de trabalhar, não é? — disse Fred.
— Talvez devêssemos ajudá-lo a se livrar desse fardo depois — sugeriu o outro, Fred sorriu.
— Que ótima ideia, Jorge.
— Quietos — pediu Hermione, em tom sério. — Não ousem fazer nada que nos meta em mais problemas. Temos um plano! Tentem não estragá-lo.
Ela deu as costas antes que pudesse vê-los revirando os olhos. Mas não tiveram muito mais tempo para discutir. Bastou um sinal de Harry para que Lauren puxasse Camila por uma mão. Os outros se dispersaram, seguindo agachados por todo o percurso até a porta. O sino ecoou pelo Empório de Wuiding, o Duende. Os sete desapareceram na multidão que se formava na calçada, sentindo o sopro nova iorquino beijar-lhes a face.
Caminhavam pelo mar de pessoas de mãos dadas. Às vezes em trio, às vezes em dupla. Se afastaram da joalheria a tempo de ouvir o duende resmungando, gritando a plenos pulmões "Crianças infernais! Não se atrrrevam a voltar aqui!"
Ali, do lado de fora, a fileira de prédios pareciam dentes de um dragão gigante. Açguns pareciam competir qual conseguia tocar as nuvens primeiro enquanto alguns arranha-céus à esquerda até cumrpiam bem sua função. Os letreiros absurdamente grandes cobriam todos os cantos. Em alguns deles, luminosos e sinais atraiam a atenção dos turistas com facilidade.
A Times Square estava lotada, como via de regra para aquela época do ano. Incontáveis fileiras de cabeças cobertas por gorros e pescoços escondidos por grossos cachecóis amontoavam-se por toda avenida sete. Braços erguidos balançavam balões e copos de bebidas, adultos carregavam crianças nas corcundas e casais se beijavam, distraídos.
Lauren segurava a mão de Camila com toda a força, com medo de perdê-la na multidão. Os outros se dispersaram, ela não via nenhum sinal do cabelo ruivo dos Weasleys ou as cabeças de Harry e Hermione. Estavam sozinhas.
O que também fazia parte do plano.
Ela havia sido bem específica.
— Nos encontramos no Empório meia hora depois da virada, nenhum minuto antes disso. — Todos concordaram. Fred e Jorge trocaram olhares cumplices e lançaram um sorriso carregado de segundas intenções que fizeram Lauren querer vomitar. Garotos.
Ela suspirou. Agora, ali na avenida mais famosa do mundo, a contagem regressiva começava. Aquele ano estava prestes a chegar ao fim e suas mãos soavam.
— Fez isso por mim. — Camila precisou gritar, Lauren sorriu. Seus olhos se conectaram em uma linha inquebrável. Não perceberam que se aproximavam, uma força magnética conduziu Lauren para frente. Ela sentiu a onda familiar de sensações a preencher.
Os lábios de Camila eram convites para um beijo.
Mas Lauren hesitou.
Faltava pouco.
A multidão gritava, em uníssono. O tempo estava acabando.
5... 4... 3... 2..
— Feliz ano novo, Camila. — ela desejou. E ao fitar o sorriso brilhante dela, Lauren sentiu-se fervilhar. Camila puxou-a pelo pescoço e depoistou um beijo nos lábios que ela ansisava provar.
— Tortinhas de abóbora. — disse ela, sorrindo, reconhecendo o sabor familiar. — Feliz ano novo.
Os fogos de artifício de várias cores varreram no ar e o céu brilhante de ano novo tomou a atenção de todos, menos de uma. Lauren não se importava com as explosões. Ela só tinha olhos para Camila. Foi uma noite mágica.
E os primeiros trinta minutos daquele novo ano foram os melhores de suas vidas.
FIM.
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