Capitulo 8 - Encontro

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Hinata


No dia seguinte, fui para a escola morrendo de ansiedade. Não sentia nenhum pouco de sono e nem de fome, por mais incrível que pareça. Eu pedalava com minha bike com muita determinação apenas querendo logo chegar ao colégio.

Ao estacionar o veículo no bicicletário da entrada principal, corri para dentro do prédio rumo ao andar do primeiro ano. Quando terminei de subir as escadas, dei de cara com aquele que eu estava doido pra reencontrar. Ele estava no bebedouro, enchendo sua garrafinha d'água. Caminhei até parar há um metro de distância dele e acenei em cumprimento.

- Oi...! – Uau, eu ainda ficava bem nervoso perto dele, mesmo depois de tudo o que conversamos ontem.

- Oi... – Ele cumprimentou de volta, mas não disse mais nada.

Ficamos olhando um para a cara do outro, buscando desesperadamente algo para dizer em seguida, mas nada me vinha à mente. Então começamos a desviar os olhares... Ele coçava a nuca enquanto eu brincava com meus dedos.

- E-então...

- Então...

- C-como é que você está? – Finalmente consegui lembrar da frase clichê que costumava vir depois do "oi".

- Normal... e você? – Ele enfiara as mãos no bolso e fitava o chão agora.

- Tô bem também. – Eu ria em embaraço e também da minha completa falta de assunto. Isso porque eu estava correndo até aqui doido para conversar com Kageyama, mas agora vejo que não tenho nada a dizer. Fiquei matutando diversas coisas na cabeça, mas nada me parecia bom para dizer no momento. Resolvi então falar a primeira coisa que me vier à mente. – A-a gente vai se beijar hoje?

"Que droga de pergunta foi essa?!"

Kageyama logo fitou-me com um olhar mais perplexo e deu um longo suspiro. Ele então caminhou até a parede ao lado do bebedouro e apoiou as costas ali. Fez um gesto com a mão pra que eu fosse até ele.

Sentindo o coração batendo freneticamente, andei até ele, parando à sua frente. Ele fitou-me de cima a baixo com um olhar sério e concentrado.

- Você está tremendo... – Comentou.

- Ah, d-desculpe...!! É que eu ainda... ainda fico muito nervoso perto de você... – Respondi sincero.

- Hum... Se já está assim agora, imagina se eu te tocar... – Ele então passou as pontas dos dedos em meu rosto e os roçou até tirar a franja da minha testa. Isso me fez fechar os olhos com força. Me senti levemente mal por ser o único a ter reações tão exageradas ainda. Kageyama, ao contrario de mim, parecia bastante tranquilo e normal na minha presença. Por um momento fiquei com medo de ele ter refletido melhor em casa ter constatado que não sentia mais nada do que ele disse ontem.

– Você ainda gosta de mim?

- Hu? Por que está perguntando isso? – Ele arqueou uma sobrancelha. Eu ainda completamente sem jeito continuei a fala.

- Você está tão normal agora... q-quero dizer, como em qualquer outro dia. Então me pareceu que não sentia mais aquilo por mim...

Kageyama, ainda com seriedade, olhou para os lados do corredor, vendo que não havia ninguém por perto. Logo agarrou meu pulso e levou minha mão até seu próprio peito.

Foi então que senti o coração dele... Seus batimentos estavam bem rápidos, quase tanto quanto os meus. Olhei para ele com os olhos bem abertos.

You Little DumbassWhere stories live. Discover now