Capítulo 27

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Celeste

2 anos depois

Os meses se passavam rápido, com eles os anos.

E minha gravidez.

Sim, eu estou grávida, de nove meses.

Lembro que Rhysand gritou para toda a corte que teria um filho. Melhor, filhos, gêmeos, trigêmeos.

E além de trigêmeos, são meninos, todos os três.

Eu suspirei, caminhando até o ringue onde meu pai estava lutando.

Ele ao me ver sorriu, para mim e minha gigantesca barriga.

— Pela mãe, querida, subiu até aqui? -ele questionou.

— Estou grávida, mas tenho o pique maior que o de vocês. -saltitei.

— Parece uma bolinha. -Cassian gargalhou.

Bibi saltou, latindo.

— Ainda muitos desejos? -meu pai sorriu.

Eu assenti.

— O último foi sorvete e torta de morango. -falei.

Ele riu.

Eu o abracei, a barriga impedindo do abraço ser completo.

— E meus netos?

— Me fazendo me tornar uma melancia gigante. -respondi.

Ele acariciou minha barriga, então, um chute.

O illyriano sorriu grandemente.

— Saí da frente! Quero sentir! -disse Cassian o empurrando.

Soltei uma risada e Cassian pôs a cabeça em minha barriga, três chutes.

— Vão ser guerreiros. -ele disse me encarando.

Eu bufei uma gargalhada.

— Vão, e vão me deixar louca. -falei.

— O que Madja disse? -questionou meu pai.

Meu sorriso morreu.

— Que os bebês tem asas. -falei.

Cassian uivou um grito de alegria junto do encantador de sombras, os dois pulado por todo o ringue.

— E por que essa cara triste? -Cassian me ergueu no ar.

— Porque ela me disse que... Que eu não vou resistir ao parto. -falei.

Meu pai parou de sorrir, Cassian também, ele me pôs no chão, o rosto pálido.

— O que disse? -meu pai veio até mim com pressa.

— Que eu não vou resistir ao parto. —deixei uma lágrima cair— as asas dos bebês vão.... Vão dificultar muito, e é possível que eu também os perca.

Eles estavam brancos como papel.

— Rhysand...

— Ao inferno o Rhysand! —eu disse atordoada— eu não quero saber dele, quero saber dos meus filhos. -soluçei.

Meu pai me abraçou.

— Calma, vamos dar um jeito..

— Não há, eu vou morrer. —sussurrei, a voz falhando— mas se eu morrer, eu não quero que os meus filhos morram junto, quero que eles saiam vivos. -choraminguei.

Ele me apertou contra si, e eu enterrei meu rosto em seu peito, soluçando baixo.

— Pai, eu quero te pedir uma coisa. -sussurrei.

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