Capítulo 2

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Rhysand

Eu abri os meus olhos, sentindo uma forte dor de cabeça.

Eu fui atingido por uma estrela ou o que?

Eu olhei em volta, eu estava em algo, uma cozinha?

Ouvi um pigarro e girei meu olhar rapidamente para uma fêmea, uma humana.

De cabelos castanhos escuros e olhos azuis.

Não sei o que diabos significava.

Mas ela estava com latas de tinha, sentada em uma cadeira de pernas cruzadas enquanto acariciava o cachorro em seu colo com um olhar maléfico para mim.

Farejei o ar e encarei uma panela de sopa.

Eu vou ser cozinhado?

— Você tem duas escolhas. -ela apontou um pincel para mim.

Eu a encarei.

— Ou fazemos o capítulo 55, ou você morre. -ela disse soltando uma risada maligna.

Pela mãe, o que diabos é capítulo 55? E por que ela vai me matar??

— Você vai tomar sua sopinha, que eu fiz com a Bibi, estou aceitando ser sua para o resto da vida, então você me joga nessa mesa e o resto não digo se não perde a graça. -ela disse.

Ela é louca?

— Desculpe, mas não sei do que está falando. -a encarei.

Ela piscou.

— Como não? Aqui não é um chalé nas montanhas mas dá para fingir, um fundinho verde pra fazer o Chroma Key e afins. -ela disse.

Eu pisquei, duas vezes.

— Olhe, eu não sei como vim parar aqui. —falei— eu estava em minha corte, mas então atravessei e vim parar nesse lugar estranho, uma daquelas coisas enormes de asas brancas e luzes estranhas quase me matou no céu.

— Você foi atropelado por um avião? -ela em encarou boquiaberta.

— Depende, o que seria avião? -pisquei.

— Pelo o que me descreveu, você quase foi atropelado ou atropelou um avião. -ela disse.

Pela mãe, não entendo nada do que este ser de beleza delicada fala. Apesar de parecer doida.

Ela me encarou.

— Você parece jovem. —murmurou— quantos anos você tem? -ela questionou.

— Vinte. -respondi confuso.

O que minha idade tem haver?

— Volte aqui quando tiver quinhentos anos, gosto de velhos illyrianos da lancha. -ela disse.

A única coisa que entendi foi a parte illyrianos, então ela sabe sobre a raça?

— Onde eu estou? -questionei.

— No planeta Terra. -ela disse.

A criatividade para o nome foi longe até, muito longe.

— Eu vi outras coisas também, caixas com luzes que andavam no chão cinza. -falei confuso.

— Você viu os carros. -ela disse.

Eu inclinei a cabeça, decidi parar de tentar entender o que são as coisas aqui.

— Pode me soltar? -questionei.

— Depende, me promete fazer um capítulo 55 comigo depois? -ela quês batendo os cílios para mim.

— Vai me soltar se eu aceitar? -perguntei.

Ela assentiu.

— Está bem, eu prometo fazer um.. capítulo 55 com você, humana. -falei.

Ela bateu palminhas animada, ótimo, deixei a humana alegre, agora ela vai me soltar, será que ela quer que eu escreva algo para ela? Não faz sentido fazer um capítulo 55 como ela pede.

Ela me soltou, e então encarei a bela cachorrinha de olhos brilhantes que me encarava desconfiada, ela me farejou.

Então saltou em meu colo, eu a segurei com as mãos já livres com rapidez.

— Opa, bola de pelos. -sorri de lado.

Ela soltou um latido manhoso, lambendo o meu rosto.

— Assanhada. -A humana disse divertida para a filhote em meu colo.

A mesma desceu e saltitou ao redor de sua dona.

— Como se chama? -questionou.

— Celeste. -ela me respondeu.

— Eu me chamo...

— Rhysand, eu sei. -ela disse.

— Como sabe? -questionei.

— Não faz importância. -um gesto desinteressado com a mão.

Eu me ergui da cadeira, olhando em volta.

— Você conhece algum bruxo? Alguém que possa me ajudar a me mandar de volta. -perguntei.

Ela me encarou, então soltou uma gargalhada.

— Bruxo? —outra gargalhada— olha, a minha vizinha é uma macumbeira de primeira, mas a única coisa que ela vai fazer é te deixar com uma dor de barriga amanhã. -ela gargalhou outra vez.

Outro nome que eu não sabia, o que diabos é uma macumbeira? Um tipo de bruxa?

— Ela me disse uma vez que eu ia cair, e eu caí, quebrei um salto caríssimo, ela me jogou praga. -ela disse.

Eu pisquei de novo.

— Os meus poderes estão fracos, e esgotados, eu não vou conseguir atravessar por alguns dias.

— Então fica aqui! -ela disse de imediato, me assustando com o seu grito.

Ela é maluca, uma maluca muito bonita por sinal.

— Não quero atrapalhar.

— Você está em outro mundo, na minha casa, e eu sou a única que conhece você, não atrapalha, fora que você não sabe nada sobre esse mundo. -ela argumentou.

Ela tem pontos, vários.

— Fora que a lasanha ficou pronta. -ela se agachou diante de algo, me parece um forno.

Então de lá ela retira uma travessa com algo que cheira maravilhosamente bem.

— Então, Peter pan, você sempre invade casas de lindas moças que nem eu? -ela questionou.

— Não foi invasão, eu estava fugindo de um fera.

Ela me encarou boquiaberta.

— Que fera?

— Uma criaturinha de pelagem preta, que rosnava mais do que os próprios demônios. -falei.

— Ah, é só o princeso, o pinscher da minha vizinha, fique longe dele, porque ele é o demônio. -falou semicerrando os olhos.

Tomarei cuidado, muito cuidado com aquela fera se a encontrar de novo.

— Quer lasanha? Não querendo me gabar mas já me gabando, está uma delícia. -ela disse comendo uma fatia em seu prato.

Eu aceitei, receoso, então quando eu provei...

Pela mãe, deveriam ter essas coisas em pythrian.

Depois de três pratos eu cheguei a conclusão de que..

Eu amo lasanha.

*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.

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