PARTE 18

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- Eu quero vê-los... - Falou Ana.
- Em breve você irá amamentalos, mais no momento eles terão que ficar na incubadora. - Falou uma enfermeira que estava colocando o soro nela.
- Eles estão bem amor. Fui lá agora a pouco... E vou ficar sempre de olho. - Respondi enquanto segurava a mão dela.
- Tô com muito sono... - Falou ela.
- É normal. Você teve um parto difícil, terá que descansar bastante e pode tirar um sono tranquilo que nós cuidaremos de tudo. - Falou a enfermeira.
- Quando posso ir pra casa?
- Isso não será possível no momento, mais creio que em breve você estará em casa.

A enfermeira foi embora deixando nós dois a sós.
A mãe de Ana tinha feito as pazes com ela. O pai dela estava eufórico de felicidade, e a minha mãe era a avó mais feliz.
O dia passou rápido, mais pra Ana passava devagar. Ela não se conformava em ficar longe dos bebês, mais eu não podia ajudar quanto a isso. Nós sabiam só que eles estavam fraquinhos ainda, e tínhamos que ter paciência com tudo.

No dia seguinte minha mãe chegou com Amanda. Ela estava muito feliz em visitar Ana, e mais feliz ainda de vê seus irmãos.
- Ela é muito linda, tem os olhos do papai bem azuis, e o Léo tem os seus olhos Ana. Ele parece muito com você. - Falou Amanda enquanto penteava o cabelo de Ana. Ela estava sentada na cama, e eu tinha que ficar em cima ora ela não querer fugir daquele quarto.
- Não vejo a hora de ir pra casa com eles. Nossa, quero muito isso.
- É vai ter meu bem, só mais um pouco de paciência.
- Eu também vi a mamãe quando cheguei, mais acho que ela não me viu.

Merda, eu não queria falar pra Ana que Cíntia estava de plantão naquele mesmo hospital. Mais não me toquei que Amanda poderia vê a mãe e falar tudo pra ela.
Ana olhou pra mim com um olhar de desconfiança, minha mãe viu o clima que havia ficado no quarto e então chamou Amanda pra ir tomar um sorvete.

- Eu ia te falar, mais achei melhor não.
- Você sabia? - Perguntou ela.
- Passei por ela ontem quando estava indo lanchar.
- Quero ir pra outro hospital, não quero ficar aqui.
- Ei... Não vai acontecer nada amor, está tudo bem. Já já vamos embora.
- Não, eu não confio nela e você também não deveria confiar. Você não lembra tudo que ela fez? Só Deus sabe do que ela é capaz de fazer comigo e os bebês, eu não tenho força nem pra me defender.
- Mais eu tô aqui com você. E os nossos bebês estão seguros.
- Não, eles não estão. E eu quero ir embora daqui.
Ana tentou se levantar mais deitou novamente por causa dos pontos.
- Aí...
- Você não vai se levantar Ana, se fizer esforço terá que ficar mais dias aqui.
- Quero eles aqui... - Falou ela enquanto começou a chorar. - Quero meus filhos comigo Fernando.
Segurei sua mão e beijei, tentando acalmá-la. Mais seu choro não parava.
- Já já eles vão está nos nossos braços amor. Você tem que lembrar que eles binheram cedo demais e precisarão de cuidados médicos, até o dia de ir embora daqui.
- Quero que você fique com eles. Sempre por perto por favor...
- Relaxa tá bom? Vou está perto deles e de você.

Às semanas foram passando, até já havia feito um mês que Ana estava internada junto com os bebês.
No último final de semana do mês, o médico deu alta pra ela e pros nossos filhos. Eu respirei de alívio por ocorrer tudo bem e poder ir embora daquele hospital.
O médico estava analisando Ana pela última vez antes de irmos embora. Deixei ela com minha mãe no quarto e fui até o berçário do hospital com a mãe de Ana. Pegar os gêmeos...

- Fico feliz que você e Ana se acertaram. Isso a deixou mais feliz. - Falei enquanto caminhava pelo corredor com ela.
- Me arrependo de tanta coisa. Mais nunca é cedo pra pedir desculpas e voltar atrás... Ana é minha filha única, e quero estar mais perto de vocês agora, e dos meus netos.
- A senhora será sempre bem vinda lá em casa, vamos precisar de muita ajuda no momento. - Falei rindo.

Assim que chegamos no berçário, percebemos um alvoroço de médicos. Gente entrando e saindo, e alguns bebês chorando muito com toda a movimentação.
- Nossa, será que aconteceu algo? - Perguntou a mãe de Ana andando mais na frente.

Fernando ( Livro 2)Where stories live. Discover now