PARTE 17

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- O que estão fazendo aqui? - Perguntou Cíntia quando deu de cara com a gente.
- Vim ter uma conversa com você, não vou ocupar muito o seu tempo, e quero ir embora o mais rápido possível daqui. - Falou Ana enquanto segurava minha mão.
- Você não é bem vinda na minha casa, é muita cara de pau mesmo né? Aparecer aqui depois do que fez.
- Acho que cara de pau é você. Indo atrás de um homem que não dá a mínima pra você. Acha mesmo que me mostrando aquele vídeo iria fazer eu desistir dele?

Cíntia puxou o portão pra fechar, mais Ana colocou o pé impedindo.
- Age como adulta ao menos uma vez Cíntia, eu só quero conversar pra que fique tudo esclarecido.
- Ana... - Falei apertando sua mão e fazendo ela olhar pra mim. - Acho melhor irmos.
- Pretendo não vim mais aqui, e só saio quando tiver uma conversa com ela. - Ela olhou de volta pra Cintia e continuou. - Só quero que você saiba que nada do que fizer, mais me fazer voltar atrás.

Cíntia empurrou o portão novamente e saiu pro lado de fora, ficando mais perto da gente.
- Tenho nojo de você Ana. Eu tentei, tentei deixar tudo pra lá e seguir.. Mais você não faz ideia de como me senti quando peguei você na cama com meu marido, e pior ainda... Na minha cama.
- Sinto muito por isso, e te peço desculpas por ter ido tão longe. Mais o fato é que, as coisas que você vem fazendo com a gente, não justifica nada... Nós erramos e sabemos disso. Mais já passou, está lá atrás...
- Você é tão imatura... Acha mesmo que vai viver um contos de fadas com ele? - Ela olhou pra mim e balançou a cabeça. - Esse é o homem mais canalha que eu já conheci.
- Mais não pensou nisso quando quis transar com ele novamente. E sei que correu atrás dele várias vezes depois que se separaram. Acho que a errada aqui é você Cintia. Que não está se valorizando.
- Quem é você pra falar o que eu devo fazer ou não?
- Não me importa o que vai fazer da sua vida. Só quero que saiba que estamos bem juntos e muito felizes... E só vim até aqui pra te dizer pra não mexer com a gente, e muito menos com meus filhos que estão pra chegar. Sei de tudo que você fez pra que eu perdesse esses bebês, e quero que saiba que eles estão bem e com muita saúde pra vim ao mundo. E se caso você ousar em fazer algo contra mim, não irei pensar duas vezes e te garanto que você vai pra trás das grades. Até logo!

Ana puxou minha mão e fomos até o carro. Ela abriu a porta e entrou enquanto eu ia pro outro lado. A cara de Cintia era de ódio,   eu sabia que sua vontade era avançar pra cima de Ana...
Eu não tinha certeza de nada, mais sabia que no fundo Cíntia estava irada por eu e Ana está ali, juntos... Ela achava que depois do video tudo ia acabar, achava que Ana não ia me querer... Bom, eu também pensava isso. Mais com tudo que aconteceu, eu só tive mais certeza ainda de que nada ia nos separar. Não importa o que fosse, o amor que unia a gente era maior do que tudo!

- Como está se sentindo? - Perguntei enquanto dirigia.
-  Leve... Só acho que eu deveria ter falado mais. Mais também percebi que nunca vou conseguir ter uma conversa civilizada com Cíntia. O seu coração está cheio de ódio... Ela nunca vai aceitar.
- Ela sempre foi uma pessoa difícil, sempre que alguém discordava dela era um motivo pra briga. Mais enfim, acho que devemos fazer algo diferente hoje. Precisamos é merecemos.
- Eu também acho. - Respondeu ela sorrindo.

Os dias, as semanas foram passando. E Ana estava completando sete meses de gravidez... Todos os médicos diziam que era um milagre ela está conseguindo chegar até o fim da gestação. Todos nós sabíamos que era risco pra ela e pros bebês, mais já nessa altura do campeonato estávamos todos alegres e confiantes. Os bebês estavam bem e com a saúde de ferro. Ana sentia muitas contratações uma vez ou outra, e os enjoos estavam cada vez mais forte.
Nessas últimas semanas que haviam passado, Cíntia não havia mais entrado em contato comigo, minha mãe que ficou responsável por trazer as crianças e levar de volta. Era sábado a noite, Ana havia passado o dia com mal estar e enjoos frequentes. Pedi pra que minha mãe ficasse com as crianças nesse final de semana, eu precisava cuidar da casa e de Ana também. E com as crianças aqui tudo ia ficar mais complicado.
Durante o dia, passei a tarde na casa da minha mãe com Ana, ficamos lá pra ficar perto das crianças e assim que anoiteceu fomos embora. Prometemos a Amanda que no dia seguinte íamos pra lá novamente antes dela e Lucas ir embora. Amanda já era graninha e sabia se cuidar, mais pra Lucas não ficar sozinho com a avó, preferi que ela ficasse com ele também.

Fernando ( Livro 2)Where stories live. Discover now