Donghyuck se vê como um adolescente normal, buscando um pouco de aventura e adrenalina em sua vida. Vive com uma mãe controladora e tem um melhor amigo que age como se fosse sua babá.
Prestes a completar dezessete anos, Donghyuck assiste sua vida v...
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Donghyuck acordou com enxaqueca no dia seguinte. Chorou a noite toda, sozinho e agarrado no próprio travesseiro, deitado encima do caderno que machucava a lateral do seu corpo – já que estava deitado de lado.
Suspirou e se sentou na cama, coçando os olhos e tentando se acostumar com a claridade. Seria mais um longo dia, mas desta vez estava com o que tanto lhe cobravam.
A maldita coroa.
Bocejou e espreguiçou-se, ainda sentado na cama. Alguém batendo na porta lhe tirou toda a concentração do ritual que fazia toda vez em que acordava.
"Pode entrar."
O rostinho bonito de Renjun agraciou tudo ao redor. Ele entrou devagar e caminhou até a cama, sentando-se perto do amigo.
"Dormiu bem?" - ele indagou, sorrindo sem graça.
"Como assim? Renjun, você levou um tiro ontem! Como você está? Está com dor?" - segurou as mãos do menor que riu na mesma hora.
"Eu estou bem." - coçou a nuca.
"Sério? Tem certeza?" - o de fios roxos franziu o cenho.
Renjun poderia morrer naquele momento, com toda certeza partiria para outra muito feliz por ter aquele ser divino preocupado consigo.
"Sim." - suspirou, encarando a íris bonita do mais jovem. - "Hae, eu preciso te contar uma coisa."
"O que é?"
Por algum motivo, Haechan sentiu que não queria ouvir o amigo. Apenas queria deitar Renjun ao seu lado e lhe dar muito carinho, pois o mais velho parecia muito abatido.
"É difícil dizer." - o garoto mordeu o lábio inferior e desviou o olhar para a parede branca. - "Muito difícil."
"Fala logo." - Haechan resmungou.
"Eu sou um vampiro."
Haechan ergueu as sobrancelhas, chocado com a revelação. Afastou suas mãos do amigo e olhou ao redor, tentando procurar algo para focar a visão.
"Você...você é o que?"
"Um vampiro. Um Renegado." - suspirou, abaixando a cabeça.
"Nossa..." - Haechan riu, mas não havia graça naquilo, ele só estava muito surpreso. - "Desde quando?"
"Desde que nasci."
"Por que..." - coçou a nuca. - "Por que todos ao meu redor tem a necessidade de mentir para mim?" - aquela pergunta fora mais para ele mesmo do que para Renjun.
"Eu sinto muito, não queria esconder isso, mas eu não podia simplesmente te contar e achar que você levaria numa boa." - Renjun voltou a erguer o olhar.
"Eu sei..." - suspirou, passando a mão pelo rosto. - "Então, você sabia sobre tudo isso?"
"Sabia..." - Renjun balançou a cabeça. - "Quer dizer, sobre a coroa, mas não sobre você ser o filho do Galadriel, isso nunca me passou pela cabeça."
