Capítulo 33- Josh

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350 comentários pq esse novamente é um surto

De nada ansiosas

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Desço as escadas de emergência correndo, sentindo o oxigênio faltar em meus pulmões. Ela ficou para trás, ela não chamou pelo meu nome quando continuei andando, ela concorda com tudo que eu disse.

Eu fui verdadeiro em tudo que disse. Any não pode me escolher, essa ideia não deveria passar em sua cabeça de maneira alguma. Não sou bom, jamais serei o suficiente para ela.

Eu a quero, eu realmente a quero, ela é a primeira pessoa que penso quando acordo e a última quando estou prestes a pegar no sono.

Seu sorriso virou meu novo vício, a droga agora é o brilho nos seus olhos, seu perfume com cheiro doce é o que eu gosto de sentir em todos os momentos em que passa do meu lado.

Eu gostaria de sentir se suas mil escolhas estarão certas.

Me jogo na cama quando fecho a porta com um empurrão. Passo as mãos úmidas pelo rosto por conta da frustração.

A adrenalina corre pelas minhas veias. Lembro-me da época onde somente fumar acalmava meu coração e momentaneamente sinto vontade de fazer isso.

Quero segurar um cigarro, quero poder puxar a fumaça até que meus pulmões peçam para que eu solte.

"Ela nunca te escolheria."

Preciso beber, preciso sentir a queimação descendo por minha garganta até que atinja meu estômago. Quero esquecer as palavras, quero esquecer essa noite que só está piorando.

Abro e fecho minha mão, como se a dor de pressionar as unhas na minha pele fossem maior que a que estou sentindo.

Já não consigo mais respirar facilmente, talvez o ar do mundo tenha acabado de repente em forma de me ajudar. Sinto as gotas de suor descendo pelo meu pescoço, minha costa úmida molhando minha camiseta.

Preciso esquecer.

Preciso esquecer.

Preciso esquecer.

Repito em minha mente que não sou nada daquilo. Não sou mais drogado. Não sou mais drogado. Não sou mais drogado!

Abandonei minha nova droga no terraço, para que a tentação com ela também não fosse mais forte do que a minha mente.

Preciso segurar algo, preciso ter algo para apertar em meus dedos. Preciso... Exatamente dessa mão que acabou de segurar a minha.

- Vai machucar a sua palma desse jeito.- Any sussurra, esticando seu corpo sobre minhas pernas para poder pegar a outra mão.

Ela as une, palma com palma, e posiciona em minha barriga que parece estar tão úmida quanto minha costa. Seu silêncio me incomoda, está pensando de novo e irá novamente voltar para aquela conversa.

- Eu... Podemos fingir que aquela conversa nunca aconteceu?- Any pergunta, olhando para sua perna.

- Sim.

- Você tem razão, não posso perder você, perder sua amizade vai me destruir pouco a pouco. Então realmente acho que se fingirmos que nunca aconteceu vai ser melhor.

- Acho prefeito.- digo- De verdade.

Meu coração não desacelera, o ar ainda não parece alcançar meus pulmões. Começo a balançar meu pé, permaneço de olhos fechados.

Bastardo.

Moleque.

Elas vem e vão.

De repente... Você!Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt