6. Biscoito de Gengibre

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— Temos um quarto vago...

— Exatamente, pode facilmente ser dele.

— Ele já confirmou se aceitaria?

— É claro que ele aceitou. Eu que ofereci o quarto, mas disse que precisava de uma resposta sua também, afinal a casa é nossa.

George sentiu um leve rubor no rosto ao ouvir as duas últimas palavras de Lexie. O porquê? Ele não sabia, mas fingiu casualidade para não deixar transparecer nada.

— É... Se você quer que ele vá, então tudo bem. Eu não me importo de ter mais alguém no nosso apê.

— Obrigado George, o Jackson vai adorar saber que você tá de acordo — disse ela e o abraçou. — Você é demais.

— É eu sou — ele riu entre o abraço e só percebeu depois que ainda não a havia soltado. Desfez o abraço com um sorriso nervoso disfarçado.

Foram interrompidos pela voz de alguém conhecido.

— George! — disse Meredith surgindo no corredor. Lexie tomou distância dele e sorriu para a irmã. — Temos um trabalho com a doutora Yang agora, preciso que nos auxilie junto com a Kepner.

— Ah, claro — George se apressou em acompanhar Meredith.

Antes de irem a mulher virou para trás e olhou para a irmã.

— Está linda hoje Lexie — elogiou ela com um sorriso.

Lexie sorriu sem jeito, pega de surpresa pelo elogio da irmã que ela costumava evitar.

— Obrigada.

George observou Lexie e depois olhou para Meredith. Era nítido que elas não estavam em sincronia. Meredith sempre demonstrava carinho e muito apreço por Lexie, já a a mais nova estava sempre querendo distância da irmã, e quando falava dela sempre citava algo negativo após os elogios. Era uma relação estranha para ele, mas como havia prometido não se meter no assunto "irmãs", achou relevante não pensar mais sobre isso.

— Vamos O'malley, o dever nos chama!

Meredith saiu apressada e o interno a seguiu.

***

Na sala de cirurgia 1, Cristina e April estavam preparando o paciente quando Meredith chega junto de George. Ambos os médicos se juntam às duas na mesa.

— George! — Exclamou April animada.

— Você tá com o gnomo?! — perguntou Cristina para Meredith, que apenas confirmou com a cabeça. — Ouçam bem Tico e Teco, este é um caso sério que deverá ser um sucesso no fim dessa cirurgia.

— O que a Cristina quer dizer — interrompeu Burke, o cardiologista do hospital. — É que hoje é dia de vocês fazerem uma cirurgia sozinhos.

— O quê?! — espantaram-se os dois ao mesmo tempo.

O susto foi tanto que nenhum dos dois se perguntou em que momento o médico havia entrado na sala. Se estava ali o tempo todo nem mesmo foi notado, até soltar aquela bomba.

— O chefe Weber pediu para testarmos vocês em cirurgias simples que facilmente poderiam ser feitas sem ajuda de um residente — explicou Meredith.

— Esse é o motivo para eu não ter deixado você fazer nada biscoitinho, quis que você aprendesse comigo antes de pôr a mão no meu paciente.

— O que foi imprudente, se quer saber minha opinião — comentou o Dr. Burke com sua voz julgadora. Cristina nem mesmo lhe deu atenção. Ele era seu superior, mas desde que havia entrado no Seattle Grace a médica bate de frente com o homem que insiste em criticar todas as suas atividades no hospital, embora sempre estejam juntos.

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